A fragata “Nuno Tristão” vai ser-nos entregue
pelo Almirantado Britânico
pelo Almirantado Britânico
Na segunda quinzena do corrente mês, realizar-se-á, na base naval de Plymouth, a cerimónia do hastear da bandeira portuguesa na fragata “Nuno Tristão”, uma das duas unidades que o Governo adquiriu recentemente ao Almirantado Britânico para reforço da Armada.
Estas fragatas, de cerca de 2.000 toneladas de deslocamento e de linhas semelhantes às dos actuais avisos de 1ª classe, são unidades modernas e muito bem apetrechadas. Chamavam-se, na Armada inglesa “Avon” e “Awe”, passando a denominar-se, na nossa Marinha, “Nuno Tristão” e “Diogo Gomes”.
Trata-se de unidades que se podem considerar como novas, não só porque têm pouco tempo de serviço, mas também pela sua robusta construção, boas qualidades de navegação, bom armamento e outro material de que estão dotadas, pois dispõem de radares, asdic, radiogoniometros e todo um conjunto de modernidades.
O armamento de cada um destes navios é constituído por 2 canhões de 101 mm, 6 de 40 mm, lança-foguetões, sistema de lançamento de cargas de profundidade e de morteiros, etc. A guarnição de cada navio será de 170 homens, entre oficiais, sargentos e praças.
A primeira fragata a ser entregue - a “Nuno Tristão” - cujo comando será confiado ao sr. capitão-tenente Horácio Rebordão, já efectuou as provas de mar, regulou agulhas e procedeu à desmagnetização. As experiências de artilharia deram também os melhores resultados, o mesmo se verificando no restante material de guerra. O navio alcançou a velocidade prevista e todas as outras provas satisfizeram.
A segunda fragata - a “Diogo Gomes” - cujo comando será assumido pelo sr. capitão-de-fragata Newton da Fonseca, deverá ser entregue, cerca de um mês depois. Parte das guarnições destes navios encontra-se já em Inglaterra, para trazer as referidas unidades para Lisboa.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, Domingo, 3 de Abril de 1949
Estas fragatas, de cerca de 2.000 toneladas de deslocamento e de linhas semelhantes às dos actuais avisos de 1ª classe, são unidades modernas e muito bem apetrechadas. Chamavam-se, na Armada inglesa “Avon” e “Awe”, passando a denominar-se, na nossa Marinha, “Nuno Tristão” e “Diogo Gomes”.
Trata-se de unidades que se podem considerar como novas, não só porque têm pouco tempo de serviço, mas também pela sua robusta construção, boas qualidades de navegação, bom armamento e outro material de que estão dotadas, pois dispõem de radares, asdic, radiogoniometros e todo um conjunto de modernidades.
O armamento de cada um destes navios é constituído por 2 canhões de 101 mm, 6 de 40 mm, lança-foguetões, sistema de lançamento de cargas de profundidade e de morteiros, etc. A guarnição de cada navio será de 170 homens, entre oficiais, sargentos e praças.
A primeira fragata a ser entregue - a “Nuno Tristão” - cujo comando será confiado ao sr. capitão-tenente Horácio Rebordão, já efectuou as provas de mar, regulou agulhas e procedeu à desmagnetização. As experiências de artilharia deram também os melhores resultados, o mesmo se verificando no restante material de guerra. O navio alcançou a velocidade prevista e todas as outras provas satisfizeram.
A segunda fragata - a “Diogo Gomes” - cujo comando será assumido pelo sr. capitão-de-fragata Newton da Fonseca, deverá ser entregue, cerca de um mês depois. Parte das guarnições destes navios encontra-se já em Inglaterra, para trazer as referidas unidades para Lisboa.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, Domingo, 3 de Abril de 1949
Foto da fragata "Diogo Gomes"
Novas unidades da Marinha de Guerra
No dia 11 de Maio realiza-se, na base naval de Plymouth, a cerimónia do hastear da bandeira portuguesa nas fragatas de 2.000 toneladas “Diogo Gomes” e “Nuno Tristão”, adquiridas pelo Governo ao Almirantado Britânico para reforço da nossa Marinha de Guerra.
Assistirão à cerimónia o adido naval em Londres, sr. capitão-de-fragata Conceição Rocha, os comandantes dos dois navios srs. capitão-de-fragata Newton da Fonseca e capitão-tenente Horácio Rebordão, um representante do Almirantado Britânico, etc. Os dois navios devem largar para o Tejo, poucos dias depois da sua entrega ao nosso país.
Por via aérea, seguiu ontem, para Londres, um grupo de sete sargentos de Marinha, destinados à guarnição da nova fragata “Diogo Gomes”.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto, terça-feira, 12 de Abril de 1949
Assistirão à cerimónia o adido naval em Londres, sr. capitão-de-fragata Conceição Rocha, os comandantes dos dois navios srs. capitão-de-fragata Newton da Fonseca e capitão-tenente Horácio Rebordão, um representante do Almirantado Britânico, etc. Os dois navios devem largar para o Tejo, poucos dias depois da sua entrega ao nosso país.
Por via aérea, seguiu ontem, para Londres, um grupo de sete sargentos de Marinha, destinados à guarnição da nova fragata “Diogo Gomes”.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto, terça-feira, 12 de Abril de 1949
Marinha de Guerra
A aquisição das novas fragatas em Inglaterra
A aquisição das novas fragatas em Inglaterra
Plymouth, 22 – Estão na fase final os trabalhos de apetrechamento das fragatas “Diogo Gomes” e “Nuno Tristão”, cedidas pelo Almirantado Britânico à Marinha, as quais aprontam nesta base naval para hastearem a bandeira portuguesa, numa cerimónia que se realizará no dia 10 do próximo mês
Falta apenas, na “Nuno Tristão”, completar a instalação do radar e a “Diogo Gomes”, vai ainda realizar as provas de mar, na próxima semana. As guarnições portuguesas, que só passam a viver a bordo depois da entrega dos navios a Portugal, estão instaladas nas «Naval Barracks», de Plymouth, onde mantém a melhor camaradagem com os marinheiros britânicos.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto, Domingo, 24 de Abril de 1949
Falta apenas, na “Nuno Tristão”, completar a instalação do radar e a “Diogo Gomes”, vai ainda realizar as provas de mar, na próxima semana. As guarnições portuguesas, que só passam a viver a bordo depois da entrega dos navios a Portugal, estão instaladas nas «Naval Barracks», de Plymouth, onde mantém a melhor camaradagem com os marinheiros britânicos.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto, Domingo, 24 de Abril de 1949
Postal ilustrado com a imagem da fragata "Nuno Tristão"
Arvorou, ontem, a bandeira portuguesa a fragata “Nuno Tristão”
Plymouth, 11 – Realizou-se hoje, de manhã, nesta base naval, com a maior solenidade, a cerimónia de entrega ao Governo português da fragata “Nuno Tristão”, de 2.000 toneladas, cedida pelo Almirantado Britânico à Marinha do mais velho aliado da Grã-Bretanha. Desejou o Almirantado que essa cerimónia se revestisse de um brilho e aparato militar, que estivesse em harmonia com as relações que unem há mais de cinco séculos as duas Marinhas, e, assim, organizou um programa que se cumpriu inteiramente.
Às 11 e 20 horas, um destacamento da Marinha inglesa, precedido da banda de música da Royal Navy, formou no molhe onde está atracada a “Nuno Tristão”. Quase ao mesmo tempo, vinda das «Naval Barracks», em formatura, chegou a guarnição portuguesa que ia tomar conta do navio. Pouco depois chegaram ao local os oficiais de comando da base naval, e às 11 e 40 horas, apeou-se do seu automóvel, junto do costado daquele navio, o comandante-chefe da base de Plymouth, almirante Burnett, que vinha acompanhado pelo seu estado-maior.
As guarnições prestaram continência e a banda inglesa executou o «Rule Britannia», enquanto as forças apresentavam armas. Momentos depois chegaram, em dois automóveis, os representantes diplomáticos e navais portugueses na cerimónia - o primeiro-secretário da embaixada de Portugal em Londres, sr. dr. Henrique Caldeira Queirós; o cônsul-geral de Portugal em Londres, sr. dr. Miguel de Almeida Pilé, o chefe da Missão Naval Portuguesa, sr. capitão-de-fragata Newton da Fonseca; o adido naval português em Londres, sr. capitão-de fragata Conceição Rocha; o adido militar, sr. tenente-coronel Luís da Câmara Pina e o comandante do novo navio, sr. capitão-tenente Horácio Rebordão, bem como os seus oficiais.
O almirante Burnett, seguido pela oficialidade britânica, foi ao encontro das personalidades portuguesas, às quais saudou, após o que solicitou ao primeiro-secretário da embaixada, que passasse revista aos fuzileiros navais, que faziam a guarda de honra. Em seguida, todas as entidades deram entrada a bordo da “Nuno Tristão”, em cujo convés da popa se realizou a cerimónia da substituição da bandeira.
Antes, porém, o almirante Burnett usou da palavra para dizer que era com uma grande honra que fazia a entrega ao Governo português, em nome do Almirantado Britânico, daquela unidade naval. Fez o elogio da aliança luso-britânica e teve palavras calorosas para a tradição naval dos portugueses e para a sua Marinha de guerra, concluindo por formular votos no sentido de que aquele navio tenha as maiores glórias sob a bandeira que ia, dentro de momentos, ser içada nos seus mastros.
Respondeu em inglês o representante do embaixador de Portugal, que salientou o êxito das negociações, para a cedência de vários navios de guerra ingleses à Marinha portuguesa e as palavras que o almirante Burnett tivera para com a Armada nacional.
Entre os diplomatas e oficiais portugueses e ingleses foram trocados afectuosos apertos de mão e ouviu-se um clarim a tocar a sentido. Todos se perfilaram e fez-se então a bordo, um grande silêncio. Ia ser arriada a bandeira inglesa e içada a portuguesa.
A banda rompeu com o «God save the King», enquanto um marinheiro inglês, à popa, arriava a bandeira do seu país e outro, à proa, fazia descer o «jack» da Armada Real. Momentos depois, a banda tocava o hino português. Um marinheiro da guarnição do navio içava a bandeira de Portugal e outro fazia subir o «jack» da Marinha portuguesa no “Nuno Tristão”. A guarda manteve-se a apresentar armas durante as duas cerimónias, após as quais todos os presentes se dirigiram à câmara dos oficiais, onde foi servido um cálice de vinho do Porto.
Depois do almirante ter saído do navio, a guarnição formou novamente para ouvir a leitura de duas portarias, uma que manda incorporar o navio ao efectivo na Esquadra portuguesa e outra que nomeia para comandante o sr. capitão-tenente Horácio Rebordão. A guarnição desfilou depois em continência perante o comandante e os seus oficiais.
Às 13 horas, o almirante Burnett ofereceu, na «mess» da base naval, um almoço em honra das personalidades portuguesas que assistiram à cerimónia, sendo ali trocadas afectuosas saudações. No próximo dia 16, será procedida a entrega, mas sem qualquer cerimonial, da segunda fragata cedida a Portugal - a “Diogo Gomes” -, cujo comando vai ser assumido pelo sr. capitão-de-fragata Newton da Fonseca.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto, quinta-feira, 12 de Maio de 1949
Às 11 e 20 horas, um destacamento da Marinha inglesa, precedido da banda de música da Royal Navy, formou no molhe onde está atracada a “Nuno Tristão”. Quase ao mesmo tempo, vinda das «Naval Barracks», em formatura, chegou a guarnição portuguesa que ia tomar conta do navio. Pouco depois chegaram ao local os oficiais de comando da base naval, e às 11 e 40 horas, apeou-se do seu automóvel, junto do costado daquele navio, o comandante-chefe da base de Plymouth, almirante Burnett, que vinha acompanhado pelo seu estado-maior.
As guarnições prestaram continência e a banda inglesa executou o «Rule Britannia», enquanto as forças apresentavam armas. Momentos depois chegaram, em dois automóveis, os representantes diplomáticos e navais portugueses na cerimónia - o primeiro-secretário da embaixada de Portugal em Londres, sr. dr. Henrique Caldeira Queirós; o cônsul-geral de Portugal em Londres, sr. dr. Miguel de Almeida Pilé, o chefe da Missão Naval Portuguesa, sr. capitão-de-fragata Newton da Fonseca; o adido naval português em Londres, sr. capitão-de fragata Conceição Rocha; o adido militar, sr. tenente-coronel Luís da Câmara Pina e o comandante do novo navio, sr. capitão-tenente Horácio Rebordão, bem como os seus oficiais.
O almirante Burnett, seguido pela oficialidade britânica, foi ao encontro das personalidades portuguesas, às quais saudou, após o que solicitou ao primeiro-secretário da embaixada, que passasse revista aos fuzileiros navais, que faziam a guarda de honra. Em seguida, todas as entidades deram entrada a bordo da “Nuno Tristão”, em cujo convés da popa se realizou a cerimónia da substituição da bandeira.
Antes, porém, o almirante Burnett usou da palavra para dizer que era com uma grande honra que fazia a entrega ao Governo português, em nome do Almirantado Britânico, daquela unidade naval. Fez o elogio da aliança luso-britânica e teve palavras calorosas para a tradição naval dos portugueses e para a sua Marinha de guerra, concluindo por formular votos no sentido de que aquele navio tenha as maiores glórias sob a bandeira que ia, dentro de momentos, ser içada nos seus mastros.
Respondeu em inglês o representante do embaixador de Portugal, que salientou o êxito das negociações, para a cedência de vários navios de guerra ingleses à Marinha portuguesa e as palavras que o almirante Burnett tivera para com a Armada nacional.
Entre os diplomatas e oficiais portugueses e ingleses foram trocados afectuosos apertos de mão e ouviu-se um clarim a tocar a sentido. Todos se perfilaram e fez-se então a bordo, um grande silêncio. Ia ser arriada a bandeira inglesa e içada a portuguesa.
A banda rompeu com o «God save the King», enquanto um marinheiro inglês, à popa, arriava a bandeira do seu país e outro, à proa, fazia descer o «jack» da Armada Real. Momentos depois, a banda tocava o hino português. Um marinheiro da guarnição do navio içava a bandeira de Portugal e outro fazia subir o «jack» da Marinha portuguesa no “Nuno Tristão”. A guarda manteve-se a apresentar armas durante as duas cerimónias, após as quais todos os presentes se dirigiram à câmara dos oficiais, onde foi servido um cálice de vinho do Porto.
Depois do almirante ter saído do navio, a guarnição formou novamente para ouvir a leitura de duas portarias, uma que manda incorporar o navio ao efectivo na Esquadra portuguesa e outra que nomeia para comandante o sr. capitão-tenente Horácio Rebordão. A guarnição desfilou depois em continência perante o comandante e os seus oficiais.
Às 13 horas, o almirante Burnett ofereceu, na «mess» da base naval, um almoço em honra das personalidades portuguesas que assistiram à cerimónia, sendo ali trocadas afectuosas saudações. No próximo dia 16, será procedida a entrega, mas sem qualquer cerimonial, da segunda fragata cedida a Portugal - a “Diogo Gomes” -, cujo comando vai ser assumido pelo sr. capitão-de-fragata Newton da Fonseca.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto, quinta-feira, 12 de Maio de 1949
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