O lançamento à água do aviso de 2ª classe "João de Lisboa"
ex aviso de 2ª classe "Infante D. Henrique"
O novo aviso “Infante D. Henrique”
Foi entregue à casa construtora a 3ª prestação do armamento
Foi entregue à casa Vicker’s Armstrong um cheque na importância de £13.777,10 correspondente à terceira prestação do armamento do aviso de 2ª classe “Infante D. Henrique”
(In jornal “Comércio do Porto”, sexta, 31 de Janeiro de 1936)
Ressurgimento da Armada Portuguesa
O lançamento ao mar do aviso “Infante D. Henrique”
(In jornal “Comércio do Porto”, sexta, 31 de Janeiro de 1936)
Ressurgimento da Armada Portuguesa
O lançamento ao mar do aviso “Infante D. Henrique”
O aviso “Infante D. Henrique” em construção no Arsenal de Marinha, será lançado ao mar no dia 21 de Maio, pelas 10 horas e meia.
O sr. ministro da Marinha vai convidar para assistir a essa cerimónia os srs. Presidente da República, chefe do Governo, ministros e autoridades civis e militares.
(In jornal “Comércio do Porto”, quinta,16 de Abril de 1936)
As provas das unidades navais
(In jornal “Comércio do Porto”, quinta,16 de Abril de 1936)
As provas das unidades navais
Pelo Ministério da Marinha vai ser publicada uma portaria determinando que ao aviso de 2ª classe, em construção no Arsenal de Marinha, até agora designado “Infante D. Henrique”, receba o nome de “João de Lisboa”, recordando deste modo o ilustre e notável piloto que, no começo do século XVI escreveu o ”Livro de Marinharia com o «tratado da agulha de marear»” e foi contemporâneo de Pedro Nunes, que por sua vez deu o nome ao aviso gémeo, também construído no Arsenal de Marinha.
Deu motivo à escolha deste nome o relatório do capitão de mar-e-guerra Quirino da Fonseca.
(In jornal “Comércio do Porto”, Domingo, 26 de Abril de 1936)
Deu motivo à escolha deste nome o relatório do capitão de mar-e-guerra Quirino da Fonseca.
(In jornal “Comércio do Porto”, Domingo, 26 de Abril de 1936)
Imagem do aviso de 2ª classe "João de Lisboa"
Foto previamente publicada no blogue NRP Alvares Cabral F336
O ressurgimento da Armada Portuguesa
O lançamento ao mar do aviso “João de Lisboa”
Foto previamente publicada no blogue NRP Alvares Cabral F336
O ressurgimento da Armada Portuguesa
O lançamento ao mar do aviso “João de Lisboa”
Foi determinado que para o lançamento ao mar do aviso de 2ª classe “João de Lisboa”, que se realiza no dia 21 do corrente, só será nesse dia permitida a entrada no Arsenal de Marinha, das 13 às 17 horas, exclusivamente às pessoas munidas de bilhetes. Os oficiais do exército e da marinha que pretendam assistir a essa cerimónia deverão requisitar os respectivos bilhetes na intendência do Arsenal para si e pessoas de família.
(In jornal “Comércio do Porto”, quarta, 13 de Maio de 1936)
(In jornal “Comércio do Porto”, quarta, 13 de Maio de 1936)
O ressurgimento da Marinha de Guerra
O lançamento à água do aviso “João de Lisboa”
O lançamento à água do aviso “João de Lisboa”
O sr. ministro da Marinha vai convidar o sr. Presidente do Ministério e restantes membros do Governo, bem como o governador civil, governador militar, major-general do Exército, presidentes da Câmara Municipal e da Assembleia Nacional e outras autoridades civis e militares a assistir ao lançamento do novo aviso “João de Lisboa”.
A madrinha do novo navio será a neta do sr. Presidente da República, que será acompanhada pela esposa do Chefe de estado.
(In jornal “Comércio do Porto”, quinta, 14 de Maio de 1936)
A madrinha do novo navio será a neta do sr. Presidente da República, que será acompanhada pela esposa do Chefe de estado.
(In jornal “Comércio do Porto”, quinta, 14 de Maio de 1936)
O lançamento ao mar do aviso “João de Lisboa”
Foi determinado que para o lançamento ao mar do aviso de 2ª classe “João de Lisboa”, que se realiza no dia 21 do corrente, só será nesse dia permitida a entrada no Arsenal de Marinha, das 13 às 17 horas, exclusivamente, às pessoas munidas de bilhetes. Os oficiais do exército e da marinha que pretendam assistir a essa cerimónia, deverão requisitar os respectivos bilhetes na Intendência do Arsenal para si e pessoas de família.
(In jornal “Comércio do Porto”, sábado, 16 de Maio de 1936)
(In jornal “Comércio do Porto”, sábado, 16 de Maio de 1936)
A nova esquadra
O lançamento ao mar do “João de Lisboa”
O lançamento ao mar do “João de Lisboa”
O sr. ministro da Marinha foi hoje convidar o sr. presidente do Ministério e ministros a assistir ao lançamento do navio “João de Lisboa”.
Foi publicado pelo Ministério da Marinha um folheto com as características do referido navio.
O pessoal dirigente do Arsenal que colaborou na sua construção foi o seguinte: Capitão-de-fragata engenheiro construtor naval Sousa Mendes, autor dos planos do navio; 1º tenente do mesmo quadro Valente de Almeida, que dirigiu a sua construção; agente-técnico Manuel Simões dos Santos, operário chefe das oficinas de construções navais de ferro; Manuel da Silva Reinaldo, operário chefe das oficinas de máquinas; Silvestre da Silva Tavares, operário chefe da carpintaria de banco; José Dias, operário chefe das oficinas de instalações eléctricas e Teodoro Marques Muller.
(In jornal “Comércio do Porto”, terça, 19 de Maio de 1936)
Foi publicado pelo Ministério da Marinha um folheto com as características do referido navio.
O pessoal dirigente do Arsenal que colaborou na sua construção foi o seguinte: Capitão-de-fragata engenheiro construtor naval Sousa Mendes, autor dos planos do navio; 1º tenente do mesmo quadro Valente de Almeida, que dirigiu a sua construção; agente-técnico Manuel Simões dos Santos, operário chefe das oficinas de construções navais de ferro; Manuel da Silva Reinaldo, operário chefe das oficinas de máquinas; Silvestre da Silva Tavares, operário chefe da carpintaria de banco; José Dias, operário chefe das oficinas de instalações eléctricas e Teodoro Marques Muller.
(In jornal “Comércio do Porto”, terça, 19 de Maio de 1936)
Aviso “João de Lisboa”
O aviso “João de Lisboa”, que vai ser em breve lançado à água tem as seguintes características:
1.048,350 toneladas; comprimento entre perpendiculares 71,42; boca na flutuação 10 metros; imersão em 84; aparelho motor, 2 motores de 1.200 cavalos; velocidade 16,5 milhas; armamento 2 peças Vicker’s Armstrong T.R.150/50; 4 metralhadoras Vicker’s Armstrong anti-aéreas 40/20.
(In jornal “Comércio do Porto”, quarta, 20 de Maio de 1936)
1.048,350 toneladas; comprimento entre perpendiculares 71,42; boca na flutuação 10 metros; imersão em 84; aparelho motor, 2 motores de 1.200 cavalos; velocidade 16,5 milhas; armamento 2 peças Vicker’s Armstrong T.R.150/50; 4 metralhadoras Vicker’s Armstrong anti-aéreas 40/20.
(In jornal “Comércio do Porto”, quarta, 20 de Maio de 1936)
A recepção ao sr. Presidente da República
a bordo do aviso colonial “João Lisboa”
a bordo do aviso colonial “João Lisboa”
Realiza-se na próxima quinta-feira o lançamento à água do aviso de 2ª classe “João de Lisboa”. Os oficiais generais da Armada comparecerão às 15,45 horas de grande uniforme na sala de visitas do sr. ministro da Marinha, a fim de acompanharem o sr. comandante Ortins de Bettencourt na recepção do sr. Presidente da República, que entrará no Arsenal pela porta do Ministério da Marinha.
As oficinas do Arsenal fecham ao meio dia ficando o pessoal dispensado do ponto da tarde. A guarda de honra ao sr. Presidente da República formará às 15,30 horas, no Arsenal de Marinha.
(In jornal “Comércio do Porto”, quarta, 20 de Maio de 1936)
O lançamento ao mar do aviso “João de Lisboa”
As oficinas do Arsenal fecham ao meio dia ficando o pessoal dispensado do ponto da tarde. A guarda de honra ao sr. Presidente da República formará às 15,30 horas, no Arsenal de Marinha.
(In jornal “Comércio do Porto”, quarta, 20 de Maio de 1936)
O lançamento ao mar do aviso “João de Lisboa”
O sr. ministro da Marinha foi hoje convidar o seu colega das Colónias a assistir ao lançamento ao mar do aviso “João de Lisboa”.
No momento em que este navio entrar na água todos os navios embandeirarão nos topes, conservando o embandeiramento até ao pôr do sol e salvando, os que o possam fazer, com 21 tiros.
A construção deste navio desde o seu início tem sido dirigida pelo engenheiro construtor naval sr. Vicente Almeida.
(In jornal “Comércio do Porto”, quinta, 21 de Maio de 1936)
No momento em que este navio entrar na água todos os navios embandeirarão nos topes, conservando o embandeiramento até ao pôr do sol e salvando, os que o possam fazer, com 21 tiros.
A construção deste navio desde o seu início tem sido dirigida pelo engenheiro construtor naval sr. Vicente Almeida.
(In jornal “Comércio do Porto”, quinta, 21 de Maio de 1936)
Imagem do aviso de 2ª classe "João de Lisboa"
Desenho previamente publicado no blogue dos navios e do mar
Desenho previamente publicado no blogue dos navios e do mar
O aviso “João de Lisboa” foi hoje lançado à água com
a assistência do Chefe de Estado e do Governo
a assistência do Chefe de Estado e do Governo
O Arsenal regurgita. Estão milhares de pessoas arrumadas por toda a parte. Há bandeiras a flutuar, vasos e festões de verdura. Por sobre um mar de cabeças eleva-se o casco do aviso “João de Lisboa”, que vai ser solenemente lançado à água. As tribunas, forradas de bandeiras e galhardetes estão cheias: muitas senhoras, oficialidade, centenas de convidados. Cá em baixo, ao nível das carreiras, mal se pode andar. O director das construções navais, capitão-de-fragata engenheiro Sousa Mendes, autor dos planos do navio e o seu camarada Valente de Almeida, que dirigiu a construção, recebem cumprimentos afectuosos.
Às 15 horas e 55 minutos, o sr. Presidente da República, seguido pelo Chefe do Governo, e por quase todos os ministros, e pelos almirantes, entra no Arsenal, pela porta de dá acesso ao Ministério da Marinha, sendo recebido e saudado pelo intendente do estabelecimento, sr. almirante Castro Ferreira e por toda a oficialidade.
Às 15 horas e 55 minutos, o sr. Presidente da República, seguido pelo Chefe do Governo, e por quase todos os ministros, e pelos almirantes, entra no Arsenal, pela porta de dá acesso ao Ministério da Marinha, sendo recebido e saudado pelo intendente do estabelecimento, sr. almirante Castro Ferreira e por toda a oficialidade.
O navio deslizou inesperadamente pela carreira,
antes do Chefe de Estado chegar à tribuna
antes do Chefe de Estado chegar à tribuna
Entretanto, um funcionário das Construções Navais vinha a correr avisar de que era conveniente chegar depressa à tribuna, pois o navio, ao retirarem-se as primeiras escoras começava a dar de si, ameaçando deslizar de um momento para o outro.
Todos apressaram a marcha a caminho da tribuna, mas já era tarde: o “João de Lisboa”, às 15 horas e 58 minutos descia velozmente pela carreira, arrastando algumas escoras e ameaçando apanhar um operário, que se salvou por milagre. Houve um momento de emoção.
A guarda apresenta armas e a banda rompe com a «Portuguesa». Os clarins soam estridentemente com a marcha de continência. Estrugem as manifestações populares e o novo navio de guerra entra elegantemente nas águas. A meio do rio, divisa-se o fumo das salvas: as unidades da esquadra saúdam com 21 tiros o novo navio.
Quando as pessoas já saíam do Arsenal, o Chefe do Estado dirigia-se para a intendência do estabelecimento, a fim de observar os planos do navio. Ao largo, dois rebocadores pegam no “João de Lisboa” e levam-no para uma bóia. E a multidão começou a debandar…
(In jornal “Comércio do Porto”, sexta, 22 de Maio de 1936)
A guarda apresenta armas e a banda rompe com a «Portuguesa». Os clarins soam estridentemente com a marcha de continência. Estrugem as manifestações populares e o novo navio de guerra entra elegantemente nas águas. A meio do rio, divisa-se o fumo das salvas: as unidades da esquadra saúdam com 21 tiros o novo navio.
Quando as pessoas já saíam do Arsenal, o Chefe do Estado dirigia-se para a intendência do estabelecimento, a fim de observar os planos do navio. Ao largo, dois rebocadores pegam no “João de Lisboa” e levam-no para uma bóia. E a multidão começou a debandar…
(In jornal “Comércio do Porto”, sexta, 22 de Maio de 1936)
Características do aviso “João de Lisboa”
Nº Oficial: F477 - Iic.: C.T.B.V. - Registo: Lisboa
Construtor: Arsenal de Marinha, Lisboa, 1936
Arqueação: Tab 990,49 tons - Tal 232,41 tons
Deslocamento: St 1.107,00 t - Mx 1.238,10 t - Nm 1.217,90 t
Dimensões: Pp 71,42 mts - Boca 10,00 mts - Pontal 5,00 mts
Propulsão: Man, Alemanha - 2:Di - 8:Ci - 2x1200 Bhp - 16 m/h
Guarnição: 139 tripulantes
Construtor: Arsenal de Marinha, Lisboa, 1936
Arqueação: Tab 990,49 tons - Tal 232,41 tons
Deslocamento: St 1.107,00 t - Mx 1.238,10 t - Nm 1.217,90 t
Dimensões: Pp 71,42 mts - Boca 10,00 mts - Pontal 5,00 mts
Propulsão: Man, Alemanha - 2:Di - 8:Ci - 2x1200 Bhp - 16 m/h
Guarnição: 139 tripulantes
A nova esquadra
Estão a decorrer trabalhos em curso no Arsenal, no acabamento do novo aviso de 2ª classe “João de Lisboa”, ali lançado à água há meses. O navio entrou agora em doca seca, a fim de meter as hélices.
Interior e exteriormente todos os trabalhos de conclusão se encontram muito adiantados. Dentro de dois a três meses ser-lhe-ão instalados os motores e a artilharia.
O aviso “João de Lisboa” deverá ser incorporado no efectivo da esquadra em princípios do próximo ano.
(In jornal “Comércio do Porto”, terça, 25 de Agosto de 1936)
O navio “João de Lisboa” foi classificado como aviso colonial de 2ª classe, e integrado como a segunda e última unidade da classe “Pedro Nunes”. Entrou ao serviço da Marinha Portuguesa em 1936, tendo navegado com as características de origem até 1961. A partir deste ano e até 1966, alterou o Nº Oficial para A2000, passando à classe auxiliar para continuar a navegar como navio hidrográfico.
Em 1966 foi abatido às unidades da Marinha e posteriormente, após completa transformação, foi-lhe aproveitado o casco para operar como batelão no porto de Lisboa.
Interior e exteriormente todos os trabalhos de conclusão se encontram muito adiantados. Dentro de dois a três meses ser-lhe-ão instalados os motores e a artilharia.
O aviso “João de Lisboa” deverá ser incorporado no efectivo da esquadra em princípios do próximo ano.
(In jornal “Comércio do Porto”, terça, 25 de Agosto de 1936)
O navio “João de Lisboa” foi classificado como aviso colonial de 2ª classe, e integrado como a segunda e última unidade da classe “Pedro Nunes”. Entrou ao serviço da Marinha Portuguesa em 1936, tendo navegado com as características de origem até 1961. A partir deste ano e até 1966, alterou o Nº Oficial para A2000, passando à classe auxiliar para continuar a navegar como navio hidrográfico.
Em 1966 foi abatido às unidades da Marinha e posteriormente, após completa transformação, foi-lhe aproveitado o casco para operar como batelão no porto de Lisboa.
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