O vapor construído em ferro “ Vidago “
1911 - 1912
Glama & Marinho, Porto
1911 - 1912
Glama & Marinho, Porto
Nº Oficial: Iic.: Porto de registo: Porto
Construtor: Murdoch & Murray, Port Glasgow, 1883
ex “Cassia”, Stephens Mawson, Newport, 1883-1911
Arqueação: Tab 1.088,00 tons - Tal 676,00 tons
Dimensões: -?-
Maquina: -?-
Equipagem: -?-
Capitão embarcado: José dos Santos Marnoto
Construtor: Murdoch & Murray, Port Glasgow, 1883
ex “Cassia”, Stephens Mawson, Newport, 1883-1911
Arqueação: Tab 1.088,00 tons - Tal 676,00 tons
Dimensões: -?-
Maquina: -?-
Equipagem: -?-
Capitão embarcado: José dos Santos Marnoto
O naufrágio do vapor “Vidago“
Foi por motivo de forte cerração que envolveu totalmente o navio, quando pelas 3 horas e meia da tarde, do dia 21 de Setembro de 1912, no final da viagem que ia ligar Cardiff ao Porto, a tripulação do vapor deu conta dum brusco e violento estremeção, rapidamente seguido por um ruído fragoroso de madeiras e ferragens a desagregar, despedaçando-se. O costado do vapor caíra em cheio sobre as fatídicas pedras denominadas “Cavalos de Fão”, abrindo um enorme rombo, por onde, desde logo, irrompeu em correntes tempestuosas, uma avassaladora quantidade de água.
Apesar dos sinais de pânico, o capitão José Marnoto, ordenou serenamente que fossem arreados os escaleres de bordo, neles mandando embarcar a tripulação. Mal teve tempo a marinhagem de munir-se de alguma roupa, saltar para os escaleres e remar para o largo, evitando os efeitos do redemoinho, que a submersão do vapor determinaria, para apenas 10 minutos depois o navio naufragar, desaparecendo por completo. A tripulação que se manteve afastada da costa nos escaleres, ainda por algumas horas, foi encontrada por alturas de Vila do Conde, pelo rebocador “Rio Leça”, conduzindo-os para Leixões.
Durante as sondagens efectuadas no local do sinistro, pela Guarda-Fiscal, piloto da barra e cabo de mar, foram encontrados fragmentos de madeira e o diário de bordo.
O “Vidago” tinha sido avistado pela Estação Semafórica do Porto, pela 2 horas e 20 minutos da tarde, navegando de norte para sul, com terra à vista. Na ocasião da passagem pelo porto de Viana do Castelo, entrou num manto de neblina, que ocasionou o sinistro, presenciado por um encarregado do porto de Fão. Indivíduos conhecedores do local, afirmam que o navio está mergulhado numa profundidade de 20 braças. A tripulação chegou a terra sem relato de qualquer acidente.
(In jornal “O Comércio do Porto”, de 23 de Setembro de 1912)
Apesar dos sinais de pânico, o capitão José Marnoto, ordenou serenamente que fossem arreados os escaleres de bordo, neles mandando embarcar a tripulação. Mal teve tempo a marinhagem de munir-se de alguma roupa, saltar para os escaleres e remar para o largo, evitando os efeitos do redemoinho, que a submersão do vapor determinaria, para apenas 10 minutos depois o navio naufragar, desaparecendo por completo. A tripulação que se manteve afastada da costa nos escaleres, ainda por algumas horas, foi encontrada por alturas de Vila do Conde, pelo rebocador “Rio Leça”, conduzindo-os para Leixões.
Durante as sondagens efectuadas no local do sinistro, pela Guarda-Fiscal, piloto da barra e cabo de mar, foram encontrados fragmentos de madeira e o diário de bordo.
O “Vidago” tinha sido avistado pela Estação Semafórica do Porto, pela 2 horas e 20 minutos da tarde, navegando de norte para sul, com terra à vista. Na ocasião da passagem pelo porto de Viana do Castelo, entrou num manto de neblina, que ocasionou o sinistro, presenciado por um encarregado do porto de Fão. Indivíduos conhecedores do local, afirmam que o navio está mergulhado numa profundidade de 20 braças. A tripulação chegou a terra sem relato de qualquer acidente.
(In jornal “O Comércio do Porto”, de 23 de Setembro de 1912)
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