O antes e depois dos “Cruzeiros”, nas ilhas do Triângulo
Uma das questões que vem sendo defendida com maior regularidade, prende-se ao facto de saber, até que ponto, podem ser conservadas em terra, as embarcações que a cada 25 ou 30 anos, vão sendo retiradas de serviço.
Muito sinceramente, sou de opinião que ambos os “Cruzeiros”, quando forem substituídos por novas lanchas ou ferrys, no serviço de transportes inter-ilhas, podem perfeitamente ver prolongada a sua utilidade, tanto nos transportes como noutra área da actividade marítima.
Defendo igualmente, que a salvaguarda da nossa memória colectiva, terá de começar de alguma forma! Por esse motivo, julgo revelar-se fundamental preservar os meios disponíveis, na firme convicção de que não existe futuro sem passado. A meu ver, haveria justificação bastante para dar local de destaque às lanchas de outros tempos, que de forma exaustiva, participaram no transporte de milhares de pessoas, locais e turistas, pelos bons serviços prestados à comunidade insular.
Como parte fundamental dum quotidiano de múltiplas gerações, deixo no blog um apelo aos amigos Picarotos e Faialenses, no sentido de encabeçarem uma lista, para propor às Câmaras Municipais da Horta e da Madalena, a recuperação e colocação em local de destaque, as lanchas “Calheta” e “Espalamaca”, que se encontram abandonadas e em avançado estado de degradação, no estaleiro da Madalena, na ilha do Pico.
Ambas as lanchas tem uma história comercial de grande relevo, que lhes devia merecer melhor cuidado, pelos excelentes serviços prestados durante décadas e serviria para prestar uma justíssima homenagem aos seus construtores, supostamente ambos oriundos da ilha do Pico, bem como àqueles que as foram renovando e transformando.
Muito sinceramente, sou de opinião que ambos os “Cruzeiros”, quando forem substituídos por novas lanchas ou ferrys, no serviço de transportes inter-ilhas, podem perfeitamente ver prolongada a sua utilidade, tanto nos transportes como noutra área da actividade marítima.
Defendo igualmente, que a salvaguarda da nossa memória colectiva, terá de começar de alguma forma! Por esse motivo, julgo revelar-se fundamental preservar os meios disponíveis, na firme convicção de que não existe futuro sem passado. A meu ver, haveria justificação bastante para dar local de destaque às lanchas de outros tempos, que de forma exaustiva, participaram no transporte de milhares de pessoas, locais e turistas, pelos bons serviços prestados à comunidade insular.
Como parte fundamental dum quotidiano de múltiplas gerações, deixo no blog um apelo aos amigos Picarotos e Faialenses, no sentido de encabeçarem uma lista, para propor às Câmaras Municipais da Horta e da Madalena, a recuperação e colocação em local de destaque, as lanchas “Calheta” e “Espalamaca”, que se encontram abandonadas e em avançado estado de degradação, no estaleiro da Madalena, na ilha do Pico.
Ambas as lanchas tem uma história comercial de grande relevo, que lhes devia merecer melhor cuidado, pelos excelentes serviços prestados durante décadas e serviria para prestar uma justíssima homenagem aos seus construtores, supostamente ambos oriundos da ilha do Pico, bem como àqueles que as foram renovando e transformando.
A lancha " Espalamaca "
O estado actual da "Espalamaca" no estaleiro da Madalena, Pico
Desconheço a data e o construtor da “Espalamaca”, que inicialmente se chamou “Maria Utília”, pelo menos até à sua aquisição pela Empresa de Lanchas do Pico, a E.L.P., que programou a sua adaptação ao serviço de transportes, trabalho esse efectuado no cais do Pico, pelo mestre construtor Manuel José da Silveira (o mestre Janeiro), em Abril de 1949. Novamente remodelada pelo mestre Janeiro, em Outubro de 1959, recebeu igualmente melhoramentos, em 1966, desta feita sob a responsabilidade do mestre Júlio de Matos, no estaleiro de Santo Amaro, onde voltou em 1976, apenas para troca do motor e para ser equipada com radar.
Quaresma, A. Goulart, Maresias (III Volume), Edição do jornal “O Dever”, 2001
Quaresma, A. Goulart, Maresias (III Volume), Edição do jornal “O Dever”, 2001
A lancha " Calheta "
O estado actual da "Calheta" no estaleiro da Madalena, Pico
Quanto à lancha “Calheta”, construída por Manuel António Furtado Simas (mais conhecido por mestre Manuel Bento), no lugar do Caisinho, em Santo Amaro do Pico, foi registada na Capitania do porto da Horta a 8 de Junho de 1925. Depois de ter exercido uma actividade notável, manteve-se firme face à violência de fortes temporais, tendo inclusive colaborado no apoio às tripulações de navios encalhados. Ao longo do tempo, foi usufruto de diversos proprietários, até que em 1986 foi integrada na frota de lanchas da Transmaçor, Transportes Marítimos Açorianos. Encontra-se no estaleiro da Madalena, conforme referido, desde 23 de Julho de 1996.
Quaresma, A. Goulart, Maresias (III Volume), Edição do jornal “O Dever”, 2001
Quaresma, A. Goulart, Maresias (III Volume), Edição do jornal “O Dever”, 2001
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