O lugre “ Estrela 2º “
1922 - 1933
Empresa de Pesca «Estrela de Portugal», Lda.
Viana do Castelo
1922 - 1933
Empresa de Pesca «Estrela de Portugal», Lda.
Viana do Castelo
Nº Oficial : 76 > Iic.: H.E.S.L. > Registo : Viana do Castelo
Construtor : António Dias dos Santos Linhares, Fão, 05.06.1921
Arqueação : Tab 213,03 to > Tal 171,18 to
Cpmts.: Pp 37,20 mt > Boca 8,73 mt > Pontal 3,53 mt
Máquina : Não tinha motor auxiliar
Equipagem : 8 tripulantes
Construtor : António Dias dos Santos Linhares, Fão, 05.06.1921
Arqueação : Tab 213,03 to > Tal 171,18 to
Cpmts.: Pp 37,20 mt > Boca 8,73 mt > Pontal 3,53 mt
Máquina : Não tinha motor auxiliar
Equipagem : 8 tripulantes
Capitães embarcados : Manuel Pereira Ramalheira (1922 e 1923), F. Grilo (1924) e Manuel Pereira Ramalheira (1925 a 1928). Informação indisponível desde 1929 até 1933.
ex lugre “Águas Celenas “ (a)
1921 - 1922
Sociedade Fãozense, Lda., Porto
1921 - 1922
Sociedade Fãozense, Lda., Porto
O "Águas Celenas" em Esposende a aguardar saída para o Porto
Foto de autor desconhecido - Colecção de José Felgueiras
Foto de autor desconhecido - Colecção de José Felgueiras
Nº Oficial : -?- > Iic.: -?- > Registo : Capitania do Douro, Porto
Arqueação : Tab 213,03 to > Tal 171,18 to
Cpmts.: Pp 37,20 mt > Boca 8,73 mt > Pontal 3,53 mt
Máquina : Não tinha motor auxiliar
Arqueação : Tab 213,03 to > Tal 171,18 to
Cpmts.: Pp 37,20 mt > Boca 8,73 mt > Pontal 3,53 mt
Máquina : Não tinha motor auxiliar
(a) Achei muito interessante a palavra “Celenas”. Apesar de ter procurado um sinónimo, nada encontrei nos dicionários, pelo que admito que a palavra seja fruto dum regionalismo nortenho antigo, a designar águas calmas, tranquilas.
O amigo José Felgueiras, no seu excelente trabalho «Sete séculos no mar (XIV a XX) - A construção de embarcações - Esposende e Fão, 2010», adianta neste seu livro que: «O navio foi construído por conta e ordem do Dr. Henrique de Barros Lima, pelo valor de 2.500$00 (escudos)». Refere ainda a notícia na edição Nº 86 do jornal “O Grulha”, de 16 de Junho de 1921, onde se lê: «Foi lançado à água no dia 22 de Maio e teve uma descida feliz». Nesta conformidade, faço fé no registo que possuo, que informa ter o bota-abaixo ocorrido a 5 de Junho, do mesmo mês e ano.
Mais elucida que: «Em 1922, foi vendido ao Banco Industrial Português por 125.000$00 (escudos), que lhe manteve o nome e o registou no Porto. Nesse mesmo ano foi vendido à Empresa de Pesca “Estrela de Portugal”, de Lisboa (?), por 428.000$00 (escudos), que lhe mudou o nome para “Estrela 2º”».
Acrescenta também que: «na edição Nº 728 do jornal “O Esposendense”, de 18 de Março de 1922, sob o titulo “Barra fora”», a notícia participa a largada do lugre desse porto para Viana, rebocado pelo vapor “Águia d’Ouro”.
Em nossa opinião, o navio foi a Esposende para ser adaptado à pesca do bacalhau, por força da construção ter preparado o lugre para o serviço comercial. Igualmente, o mencionado vapor “Águia d’Ouro”, por não existir nos registos nacionais vapor com tal nome, seria provavelmente o rebocador “Águia”, da firma J.H. Andresen, registado no Douro, do qual existem imagens a prestar serviço no porto de Viana do Castelo.
Por sua vez o ilustre sr. Capitão Bento Leite confirma a presença do navio nos Grandes Bancos, durante os anos de 1922 a 1925 (é possível que tenha participado numa ou outra campanha na pesca até 1927, considerando que após 1928, por não constar da lista oficial dos navios na pesca longínqua, o lugre garantidamente foi transferido para o serviço comercial).
Para terminar, o amigo Manuel de Oliveira Martins, (blog “Mar de Viana”), através dos seus apontamentos, permitiu-me concluir este histórico comercial do lugre, informando que «o navio foi mandado desmanchar em Viana, para lenha, a 11 de Dezembro de 1933».
O amigo José Felgueiras, no seu excelente trabalho «Sete séculos no mar (XIV a XX) - A construção de embarcações - Esposende e Fão, 2010», adianta neste seu livro que: «O navio foi construído por conta e ordem do Dr. Henrique de Barros Lima, pelo valor de 2.500$00 (escudos)». Refere ainda a notícia na edição Nº 86 do jornal “O Grulha”, de 16 de Junho de 1921, onde se lê: «Foi lançado à água no dia 22 de Maio e teve uma descida feliz». Nesta conformidade, faço fé no registo que possuo, que informa ter o bota-abaixo ocorrido a 5 de Junho, do mesmo mês e ano.
Mais elucida que: «Em 1922, foi vendido ao Banco Industrial Português por 125.000$00 (escudos), que lhe manteve o nome e o registou no Porto. Nesse mesmo ano foi vendido à Empresa de Pesca “Estrela de Portugal”, de Lisboa (?), por 428.000$00 (escudos), que lhe mudou o nome para “Estrela 2º”».
Acrescenta também que: «na edição Nº 728 do jornal “O Esposendense”, de 18 de Março de 1922, sob o titulo “Barra fora”», a notícia participa a largada do lugre desse porto para Viana, rebocado pelo vapor “Águia d’Ouro”.
Em nossa opinião, o navio foi a Esposende para ser adaptado à pesca do bacalhau, por força da construção ter preparado o lugre para o serviço comercial. Igualmente, o mencionado vapor “Águia d’Ouro”, por não existir nos registos nacionais vapor com tal nome, seria provavelmente o rebocador “Águia”, da firma J.H. Andresen, registado no Douro, do qual existem imagens a prestar serviço no porto de Viana do Castelo.
Por sua vez o ilustre sr. Capitão Bento Leite confirma a presença do navio nos Grandes Bancos, durante os anos de 1922 a 1925 (é possível que tenha participado numa ou outra campanha na pesca até 1927, considerando que após 1928, por não constar da lista oficial dos navios na pesca longínqua, o lugre garantidamente foi transferido para o serviço comercial).
Para terminar, o amigo Manuel de Oliveira Martins, (blog “Mar de Viana”), através dos seus apontamentos, permitiu-me concluir este histórico comercial do lugre, informando que «o navio foi mandado desmanchar em Viana, para lenha, a 11 de Dezembro de 1933».