sábado, 10 de maio de 2008

Rebocadores

Rebocadores (3)
Empresa de Embarcações, Lda.
Lisboa
" Boa Nova "

O rebocador "Boa Nova" - foto colecção fsc
Construtor: ??, Faro
ex "Boa Nova" - Helena E.T. Pires, Tavira
Tonelagens: Tab 19,11 to > Tal 4,21 to
Cpmts.: Pp 14,30 mt > Boca 3,00 mt > Pontal 1,65 mt
Máquina: ??
Empresa Funchalense de Cabotagem
Rua da Alfândega, 22, Funchal
Empresa Funchalense de Cabotagem
Rua da Alfândega, 22, Funchal
" Lobo "
Nº Oficial: A-603 > Iic.: ?? > Registo: Funchal, 15.03.1903
Construtor: João Aniceto Martins, Funchal, 1886
Tonelagens: Tab 35,05 to > Tal 17,52 to
Cpmts.: Pp 17,50 mt > Boca 3,85 mt > Pontal 2,25 mt
Máq.: Mathew & Paul Co., 1885 > 1:Cd > 25 Ihp > 8 m/h
" S. Filipe "
Nº Oficial: 890 > Iic.: ?? > Registo: Funchal, 20.06.1948
Construtor: ??, Inglaterra, 1910
Tonelagens: Tab 43,78 to > Tal 13,78 to
Cpmts.: Pp 20,35 mt > Boca 4,14 mt > Pontal 2,14 mt
Máq.: A.G. Nunford, 1910 > 1:Cd > 801 Ihp > Veloc. 7 m/h
Francisco Mourão
Rua Nova da Alfândega, 108, Porto
" Manolito "
Nº Oficial: G-136 > Iic.: ?? > Registo: Porto, 12.02.1947
Cttor.: Tomaz Francisco Lapa, Vila Nova de Gaia, 1947
Tonelagens: Tab 28,06 to > Tal 7,80 to
Cpmts.: Ff 16,62 mt > Pp 15,60 mt > Bc 3,96 mt > Ptl 1,90 mt
Maq.: La Industriosa, Esp., 1911 > 1:Cd > 800 Ihp > 8 m/h


J.H. Andresen Sucrs.
Porto

" Águia "
O rebocador de pás "Águia" - detalhe de postal do Porto
Nº Oficial: 379-A > Iic.: H.B.G.S. > Registo: Lisboa
Cttor.: ??, Northumberland, Inglaterra, 1862
Tonelagens: Tab 194,42 to > Tal 53,45 to
Cpmts.: Pp 37,20 mt > Boca 6,25 mt > Pontal 3,38 mt
Máquina: Inglaterra > 400 Ihp
Naufragou na barra do rio Douro, quando conduzia a reboque a fragata "Atlântica", em 07.02.1920

José Joaquim Gouveia, Lda.
Rua Nova da Alfândega, 80, Porto
" Bragança "

O rebocador "Bragança" - foto colecção fsc

Nº Oficial: A-129 > Iic.: C.S.K.N. > Registo: Porto
Construtor: ??, Boston, E.U.A., 1897
ex "Luzitânia Quarto" - Abel Martins Pinto & Cª., Porto
Tonelagens: Tab 86,97 > Tal 42,22 to
Cpmts.: Pp 25,34 mt > Boca 5,50 mt > Pontal 2,89 mt
Máquina: 1:Cd > 280 Ihp
Afundou-se com água aberta próximo ao Cabo Mondego, por se encontrar com a hélice partida, em 25.04.1944

" Neiva "

Nº Oficial: 203 > Iic.: C.S.N.W. > Reg.: Porto, 04.11.1943
Construtor: Estaleiro de Gomes Martins, Porto, 1933
Tonelagens: Tab 82,12 to > Tal 18,78 to
Cpmts.: Pp 22,15 mt > Boca 5,50 mt > Pontal 2,68 mt
Máq.: ??, Porto, 1933 > 1:Cd > 200 Ihp > Veloc. 9 m/h
Afundou-se ao largo da Nazaré, em viagem de Setúbal para o Porto, levando a reboque a fragata "Figueira da Foz", provávelmente a 21 ou 22.03.1954. 13 vitímas mortais.


Júdice Fialho & Cª.
Faro
" Galgo "

O rebocador "Galgo" - foto colecção fsc

Nº Oficial: 616 > Iic.: C.S.C.B. > Reg.: Portimão, 20.09.1938
Cttor.: Ross & Duncan, Glasgow (reconst. em Lisboa, 1911)
ex "Galgo" - João António Júdice Fialho, Faro, 1911-1938
Tonelagens: Tab 75,26 to > Tal 20,86 to
Cpmts.: Ff 27,10 mt > Pp 25,65 mt > Bc 5,18 mt > Ptl 2,60 mt
Máq.: Ross & Duncan > 1:Cd > 235 Ihp > Veloc. 10 m/h

6 comentários:

Luis Filipe Morazzo disse...

Caro Reimar

Tão belas como raras as suas fotografias continuam a deslumbrar.
Contudo, gostaria de esclarecer um detalhe sobre o rebocador “Neiva”: A informação que eu tenho deste navio é a seguinte: Deslocava 82 toneladas, pertencia à firma Joaquim Gouveia Lda, construído em 1933 (aqui reside a minha dúvida, ao contrário do que disse, 1943), perdendo-se num naufrágio em 24.3.54 em Mira.

Vá lá o diabo escolher

Saudações marinheiras

Luis Filipe Morazzo

reimar disse...

Caro amigo,
Tem razão a construção é efectivamente de 1933. Vou corrigir em conformidade. Pesquisei recentemente o naufrágio deste rebocador. Verifiquei que a viagem de Setúbal para o Porto teve início em 21 de Março, mas sómente no dia 26 foram iniciadas as buscas para encontrar destroços (patrulha Santiago), por força de ser encontrado à deriva um bote do rebocador (por um arrastão Espanbhol), com 1 tripulante da fragata, encontrado nesse mesmo bote já cadáver. Alguns destroços deram a costa próximo aos palheiros de Mira, logo induzindo em erro relativamente ao local do acidente.
1º Face à distância percorrida pelo rebocador desde Setúbal o naufrágio seguramente teve lugar a 22 de Março.
2º Quanto à localização onde foi inicialmente avistado o bote do rebocador, o local do naufrágio só pode ter acontecido ao largo da Nazaré.
O bote e o corpo do tripulante vieram para o Porto no rebocador Marialva. Não encontrei notícia sobre os restantes 12 tripulantes, pelo que os considerei desaparecidos.
Um abraço, Reimar

Rui Amaro disse...

Caro Reimar e Luis Morazzo
O Neiva (2) de 1933 substituiu o Neiva (1) ex Burnay 2º, que entre molhes de Leixões foi abalroado pelo vapor Corretora Primeiro em 22/05/1930, o qual seguia em força toda avante, possivelmente para não perder a maré na barra do Douro. Incúria completa do piloto, que naquele lugar de pouca visibilidade deveria ir devagar ou mais pelo norte. Resultado, o rebocador aparece-lhe a apitar estridentemente, por trás do molhe sul e já não houve hipótese, caiu-lhe em cheio e lá se foi uma vida e feridos para o hospital e o rebocador a deitar jactos de água quente por todos os lados, com a caldeira prestes a explodir, lá foi a reboque de três lanchas varar na praia da Sardinha, para não se afundar de todo. Entretanto o armador José Joaquim Gouveia, Lda. (Casa Gouveia) adquiriu o salvado à Seguradora e reconstruiu-o, dando-lhe o nome de Neiva (1), tendo sido cancelado o seu registo em 1932. Em 1933 aquele armador encomendou ao estaleiro de José Gomes Martins, Porto, um novo rebocador, tendo sido aproveitada a máquina e vários apetrechos do anterior e recebeu o nome de Neiva (2), o qual juntamente com fragata Figueira da Foz, também de seu armamento, naufragaram ao largo da costa, com a perda de 13 vidas. Esse rebocador era muito lento.
Aquando do naufrágio, lembro-me do meu pai pela fonia dos pilotos, estar fazer chamadas consecutivas pelo Neiva e a pedir ajuda a outras embarcações, porque os familiares estavam à porta da corporação de pilotos, aguardando boas novas, o que, infelizmente não se concretizaram e até porque um dos tripulantes, o Henrique da Costa era irmão de dois pilotos da barra do Douro e Leixões, Bento da Costa e Alberto da Costa. Também eu aqui em minha casa estava de escuta na frequência de onda marítima, à espera de qualquer comunicação. À data do naufrágio as duas embarcações pertenciam à firma Lemos, Gomes & Cia., R. do Montebelo, Foz do Douro, Porto
Mal sabia mestre Júlio Parracho do rebocador Marialva, que colaborou nas buscas e trouxe para o Douro a baleeira e o corpo do desditoso moço da fragata, que passado alguns anos, mais propriamente a 07/12/1959, iria ter a mesma sorte dos seus camaradas do Neiva, juntamente com os tripulantes das fragatas Cantanhede e Micaelense, aqui diante da barra do Douro, acerca de 2 milhas a oeste, já a chegar a bom porto. Perderam-se 17 vidas das três embarcações.
Um amigo meu amador do mergulho, já esteve dentro da Cantanhede, que se encontra alquebrada e com fortes amolgadelas no costado.
Saudações navegadoras
Rui Amaro

Rui Amaro disse...

Amigos Reimar
O rebocador Manolito, foi construído em 1914 em Vigo, como traineira das artes de cerco e parece que foi apresado na costa Portuguesa por pesca ilegal em águas territoriais ou mesmo adquirido pelo armador de vapores de pesca, importador de carvão e agente de navegação Guilherme Machado & Cia.Lda., Porto, que foi armador do vapor de pesca Machado, continuando na actividade pesqueira. Em 1936 já desandava vapores no rio Douro, alternando com as pescas e em 1937 foi e reconstruído e convertido como rebocador portuário, fazendo também rebocagens com laitas entre o Douro e Leixões. Por volta de 1960 foi comprado pelo Agente de Tráfego Albertino Gomes de Carvalho & Cia., Lda., Porto, que o reconstruiu, tendo sido equipado com motor diesel, recebendo o nome de Júlio Luis e na década de 70??, devido à falta de navegação no rio Douro foi vendido, julgo que para Lisboa.
Nuns apontamentos meus, aparece o nome de António da Costa Mano, possivelmente será o seu armador galego ou gestor da firma Guilherme Machado & Cia., Lda.
Subsequente historial é desconhecido.
Saudações navegadoras
Rui Amaro

julio disse...

Chamo-me Júlio Parracho Sou bisneto de Júlio Fernandes Parracho comandante do Marialva queria informar que ninguem da tripulação sobreviveu exepto um individo que não foi na viagem e que ainda hoje é vivo.Peço-lhe que me envie todas as fotos que tiver referentes ao marialva.

Bernardino Sena disse...

Chamo-me Bernardino Sena, natural de Portimão, sou neto de Bernardino Sena, marinheiro do "GAlGO" que em 1923 fez a viagem de Portimão para a Madeira rebocando outras embarcações que transportavam uma armação para a pesca do atum.Infelizmente, por factores adversos o grande industrial algarvio,João Júdice Fialho, não teve sucesso com o investimento. Saudações Bernardino R.do N.Sena