O encalhe do lugre “Nossa Senhora da Agonia”, na barra do Douro
À entrada da barra um lugre embateu com uma pedra
Ontem, ao meio da tarde, ao demandar a barra o lugre-motor “Nossa Senhora da Agonia”, próximo da pedra da «Forcada», o leme não obedeceu ao comando, resultando o navio ir embater com a referida pedra, abrindo um rombo no casco, por altura onde se encontra a casa da máquina auxiliar do navio.
Como este possivelmente não aguentasse a distância entre a barra e o ancoradouro na Ribeira, para onde se destinava, em virtude de meter bastante água, fazendo correr o risco do motor ficar inundado, impossibilitando o navio de navegar, resolveram encalhá-lo na praia da Afurada, para ser averiguada a gravidade da avaria, para depois descarregar a carga e procederem à necessária reparação.
O lugre-motor “Nossa Senhora da Agonia” é da praça de Viana do Castelo, tendo chegado ao Douro procedente de Setúbal, com um carregamento de sal, consignado a Artur José Rebelo de Lima, com escritório na rua Infante D. Henrique, no Porto. O navio havia chegado ante-ontem, tendo permanecido em frente da barra, por não poder entrar devido à agitação do mar, pelo que arribou a Leixões, onde aguardou a oportunidade de vir para o Douro.
Este acidente não teve a gravidade que a princípio lhe atribuíram, pois, chegaram a propalar um naufrágio à entrada da barra, pois conseguiu safar-se sem qualquer auxílio. O capitão do lugre, sr. João José Ferreira, vai apresentar o respectivo protesto-de-mar na capitania do Douro, sobre o sinistro em causa.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, sábado, 6 de Novembro de 1937
Como este possivelmente não aguentasse a distância entre a barra e o ancoradouro na Ribeira, para onde se destinava, em virtude de meter bastante água, fazendo correr o risco do motor ficar inundado, impossibilitando o navio de navegar, resolveram encalhá-lo na praia da Afurada, para ser averiguada a gravidade da avaria, para depois descarregar a carga e procederem à necessária reparação.
O lugre-motor “Nossa Senhora da Agonia” é da praça de Viana do Castelo, tendo chegado ao Douro procedente de Setúbal, com um carregamento de sal, consignado a Artur José Rebelo de Lima, com escritório na rua Infante D. Henrique, no Porto. O navio havia chegado ante-ontem, tendo permanecido em frente da barra, por não poder entrar devido à agitação do mar, pelo que arribou a Leixões, onde aguardou a oportunidade de vir para o Douro.
Este acidente não teve a gravidade que a princípio lhe atribuíram, pois, chegaram a propalar um naufrágio à entrada da barra, pois conseguiu safar-se sem qualquer auxílio. O capitão do lugre, sr. João José Ferreira, vai apresentar o respectivo protesto-de-mar na capitania do Douro, sobre o sinistro em causa.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, sábado, 6 de Novembro de 1937
Foto do lugre "Nossa Senhora da Agonia"
Colecção de João José Teixeira Passos
Características do lugre “Nossa senhora da Agonia” (1º)
1936 - 1940
Colecção de João José Teixeira Passos
Características do lugre “Nossa senhora da Agonia” (1º)
1936 - 1940
Armador: Soc. de Navegação Costeira Nª. Srª. da Agonia, Lda.
Construtor: José Maria de Lemos, Aveiro, Maio de 1921
ex “Orion”, Bagão, Nunes & Machado, Aveiro, 1921-1934
ex “Silva Lau”, Amândio Mathias Lau, Aveiro, 1934-1936
Arqueação: Tab 184,40 tons - Tal 118,29 tons
Dimensões: Ff 36.04 mt - Pp 31,74 mt - Bc 8,34 mts - Ptl 3,40 mts
Propulsão: Volund, Dinamarca, 1:V - 2:Ci - 150 Bhp - 9 nós
Construtor: José Maria de Lemos, Aveiro, Maio de 1921
ex “Orion”, Bagão, Nunes & Machado, Aveiro, 1921-1934
ex “Silva Lau”, Amândio Mathias Lau, Aveiro, 1934-1936
Arqueação: Tab 184,40 tons - Tal 118,29 tons
Dimensões: Ff 36.04 mt - Pp 31,74 mt - Bc 8,34 mts - Ptl 3,40 mts
Propulsão: Volund, Dinamarca, 1:V - 2:Ci - 150 Bhp - 9 nós
O naufrágio do lugre nos «Cavalos de Fão»
Naufragou por motivo de encalhe nos «Cavalos de Fão», sob denso nevoeiro, no dia 23 de Agosto de 1940, afundando-se no local com água aberta. Transportava 3.600 sacos de cimento, carregados em Setúbal, consignados a Manuel Martins Branco, de Viana do Castelo.
Os sete tripulantes foram salvos com o auxílio dos serviços de Socorros a Náufragos. Compunham a equipagem, César Martins, mestre, 45 anos; Manuel S. João, contra-mestre, 46 anos; Américo A. Santos, 1º motorista, 26 anos: José Pimenta, 2º motorista, 52 anos; António F. Sousa, 33 anos, e José Pinheiro, 50 anos, marinheiros, todos residentes em Viana do Castelo; e Manuel Graixeiro, de 39 anos, marinheiro, residente em Vila do Conde. O navio era propriedade do Vidal Lourenço Carvalho, sócio da empresa armadora acima referida, mas neste caso em nome individual.
Os sete tripulantes foram salvos com o auxílio dos serviços de Socorros a Náufragos. Compunham a equipagem, César Martins, mestre, 45 anos; Manuel S. João, contra-mestre, 46 anos; Américo A. Santos, 1º motorista, 26 anos: José Pimenta, 2º motorista, 52 anos; António F. Sousa, 33 anos, e José Pinheiro, 50 anos, marinheiros, todos residentes em Viana do Castelo; e Manuel Graixeiro, de 39 anos, marinheiro, residente em Vila do Conde. O navio era propriedade do Vidal Lourenço Carvalho, sócio da empresa armadora acima referida, mas neste caso em nome individual.
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