O afundamento do submarino alemão U-566
Um fragmento da história da IIª Grande Guerra,
ignorado ou desconhecido?
À 1 hora e vinte e sete minutos, do dia 24 de Outubro de 1943, a Oeste de Leixões, o bombardeiro Wellington HF132 do esquadrão 179/A, da Força Aérea Britânica, pilotado pelo sargento piloto-aviador Donald Mervin Conrish, da Força Aérea Canadiana, aproximou-se cuidadosamente para sobrevoar o submarino U-566, unidade do tipo “VII-C”, depois de tê-lo localizado através do radar. Apesar de apresentar uma ligeira avaria no leme, o avião lançou seis cargas de profundidade que detonaram em ambos os lados próximo da ré do submarino, destruindo-lhe o leme e entortando-lhe um dos veios, deixando o U-566 à deriva e incapaz de submergir. O avião manteve-se a voar em círculos sobre o submarino durante 3 horas, até ficar limitado de combustível obrigando ao seu imediato regresso a Inglaterra.
O comandante Hans Hornkohl do U-566, face às circunstâncias ordenou à tripulação o abandono do navio nos botes pneumáticos, abrindo-lhe as válvulas para promover o seu afundamento pelas 4 horas e trinta minutos.
Toda a guarnição do submarino, composta por 49 tripulantes, foi resgatada após 5 horas à deriva pelo arrastão espanhol “Fina” a cerca de 30 milhas náuticas i.e. mais ou menos 56 Km da costa portuguesa, desembarcando-os na Corunha (A) horas mais tarde, nesse mesmo dia.
A guarnição do submarino foi autorizada a sair de Espanha, tendo viajado de comboio trajados com roupas civis no dia 28 de Outubro, tendo chegado a Brest três dias depois. De regresso à Alemanha a tripulação do U-566 embarcou no submarino U-1007, tendo conseguido sobreviver muitos anos após ter terminado o conflito.
Fontes: Franks, Ritchel, uboat.net
Uma outra notícia refere-se à 15ª patrulha do U-566 desde a sua partida do porto francês de Brest, em 18 de Outubro de 1943, com destino ao mar Mediterrâneo. Durante o trajeto o U-566 foi avistado à primeira hora do dia 24 de Outubro, a Oeste do Porto, praticamente a confirmar a notícia retratada acima. Sugere ainda que o mesmo avião teria regressado à posição onde levou a cabo o ataque efectuado contra o submarino, já nada tendo encontrando. A posição onde o submarino naufragou é latitude 41º12’N e longitude 09º31’W (B).
O comandante Hans Hornkohl do U-566, face às circunstâncias ordenou à tripulação o abandono do navio nos botes pneumáticos, abrindo-lhe as válvulas para promover o seu afundamento pelas 4 horas e trinta minutos.
Toda a guarnição do submarino, composta por 49 tripulantes, foi resgatada após 5 horas à deriva pelo arrastão espanhol “Fina” a cerca de 30 milhas náuticas i.e. mais ou menos 56 Km da costa portuguesa, desembarcando-os na Corunha (A) horas mais tarde, nesse mesmo dia.
A guarnição do submarino foi autorizada a sair de Espanha, tendo viajado de comboio trajados com roupas civis no dia 28 de Outubro, tendo chegado a Brest três dias depois. De regresso à Alemanha a tripulação do U-566 embarcou no submarino U-1007, tendo conseguido sobreviver muitos anos após ter terminado o conflito.
Fontes: Franks, Ritchel, uboat.net
Uma outra notícia refere-se à 15ª patrulha do U-566 desde a sua partida do porto francês de Brest, em 18 de Outubro de 1943, com destino ao mar Mediterrâneo. Durante o trajeto o U-566 foi avistado à primeira hora do dia 24 de Outubro, a Oeste do Porto, praticamente a confirmar a notícia retratada acima. Sugere ainda que o mesmo avião teria regressado à posição onde levou a cabo o ataque efectuado contra o submarino, já nada tendo encontrando. A posição onde o submarino naufragou é latitude 41º12’N e longitude 09º31’W (B).
Mapa do local onde o submarino deve ter sido afundado
Informação conforme explicado no sítio «uboat.net»
Informação conforme explicado no sítio «uboat.net»
É feita também referência ao livro “Lobos acossados”, do escritor espanhol José António Tojo Ramallo, relacionado com o resgate da guarnição do U-566, onde consta que José Chas Rodriguez, mestre do arrastão “Fina”, encontrava-se a pescar a uns 50 km a Sudoeste de Leixões, quando pelas 8 horas e meia da manhã divisou no horizonte uma luz, seguindo-se outras e outras mais. Eram archotes. Daí que, suspeitando que alguém carecia de ajuda, fez rumo até ao local das sinalizações.
Hora e meia mais tarde, encontrava na água quatro balsas pneumáticas grandes e dez pequenas com gente a bordo que lhe acenavam com os braços, pedindo auxílio num idioma que não era nem espanhol nem português. Subidos a bordo do pesqueiro com grande dificuldade devido ao meu tempo e estado do mar, concluíram ser oficiais e marinheiros, todos eles náufragos de um submarino alemão afundado pelos aliados, nas proximidades. No total foram contabilizados quarenta e nove homens, ou seja a tripulação completa do submersível, que se encontrava sob o comando do capitão Hans Hornkohl.
Mal acondicionados no convés e no interior do arrastão “Fina”, por serem muitos, foram aconchegados da melhor forma possível, recebendo agasalhos e alimentos, tendo o arrastão seguido com rumo a Vigo.
Uma vez chegados ao porto, coisa que sucedeu por volta das sete da tarde, o mestre do arrastão informou imediatamente as autoridades militares sobre o sucedido. Por ordem de D. Luís Piñero, Comandante de Marinha, a guarnição do submarino ficou detida sob a custódia do destacamento local da Marinha até ao dia 26, data em que passaram a ficar sob a responsabilidade do cônsul alemão em Vigo, que providenciou ao seu repatriamento para França.
(A) Existem duas referências distintas quanto ao local de desembarque dos tripulantes alemães do U-566; Corunha e Vigo! Face à possibilidade de existir em Vigo um posto de abastecimento aos navios da Marinha Alemã, conforme estudos conhecidos, centralizados a partir da Escola Alemã instalada na cidade, é de supor que o destino do arrastão tenha mesmo sido Vigo.
(B) De acordo com as coordenadas onde o submarino se afundou, o U-566 deverá estar muito próximo dum fundo rochoso denominado “Maria Arminda”, que está na ordem dos 185 metros, limitando uma barreira onde logo a seguir se entra em águas profundas, na ordem dos 2.000 metros.
Hora e meia mais tarde, encontrava na água quatro balsas pneumáticas grandes e dez pequenas com gente a bordo que lhe acenavam com os braços, pedindo auxílio num idioma que não era nem espanhol nem português. Subidos a bordo do pesqueiro com grande dificuldade devido ao meu tempo e estado do mar, concluíram ser oficiais e marinheiros, todos eles náufragos de um submarino alemão afundado pelos aliados, nas proximidades. No total foram contabilizados quarenta e nove homens, ou seja a tripulação completa do submersível, que se encontrava sob o comando do capitão Hans Hornkohl.
Mal acondicionados no convés e no interior do arrastão “Fina”, por serem muitos, foram aconchegados da melhor forma possível, recebendo agasalhos e alimentos, tendo o arrastão seguido com rumo a Vigo.
Uma vez chegados ao porto, coisa que sucedeu por volta das sete da tarde, o mestre do arrastão informou imediatamente as autoridades militares sobre o sucedido. Por ordem de D. Luís Piñero, Comandante de Marinha, a guarnição do submarino ficou detida sob a custódia do destacamento local da Marinha até ao dia 26, data em que passaram a ficar sob a responsabilidade do cônsul alemão em Vigo, que providenciou ao seu repatriamento para França.
(A) Existem duas referências distintas quanto ao local de desembarque dos tripulantes alemães do U-566; Corunha e Vigo! Face à possibilidade de existir em Vigo um posto de abastecimento aos navios da Marinha Alemã, conforme estudos conhecidos, centralizados a partir da Escola Alemã instalada na cidade, é de supor que o destino do arrastão tenha mesmo sido Vigo.
(B) De acordo com as coordenadas onde o submarino se afundou, o U-566 deverá estar muito próximo dum fundo rochoso denominado “Maria Arminda”, que está na ordem dos 185 metros, limitando uma barreira onde logo a seguir se entra em águas profundas, na ordem dos 2.000 metros.
Sem comentários:
Enviar um comentário