O naufrágio ao largo da costa em Inglaterra
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Lugre "Mentor 2º"
Iic.: H.D.J.L. – Reg.: Viana do Castelo – Arqueação: 227,235 m3
O naufrágio
Lugre "Mentor 2º"
Iic.: H.D.J.L. – Reg.: Viana do Castelo – Arqueação: 227,235 m3
O naufrágio
No dia 7 de Janeiro de 1877, foi a pique na costa inglesa o lugre “Mentor 2º”, pertencente à praça de Viana do Castelo. Salvou-se a tripulação a bordo de outro navio que a encontrou. Este barco tinha saído do Porto em viagem para Nova-York, no dia 1 de Outubro de 1876.
(In jornal “Comércio do Porto”, sexta-feira, 12 de Janeiro 1877)
Náufragos
(In jornal “Comércio do Porto”, sexta-feira, 12 de Janeiro 1877)
Náufragos
Consta no Lloyds List de 9 de Janeiro, a seguinte notícia datada do dia 7 do corrente mês, com origem em Falmouth:
A barca alemã “Hoffnung” desembarcou a tripulação da escuna portuguesa de três mastros “Mentor 2º”, procedente do Porto para Nova-York. O navio saiu do Porto no 1º de Outubro e tendo encontrado ventos fortes, perdeu todo o pano ficando desgovernado. Foi abandonado no dia 21 de Dezembro na lat. 33ºN e long. 37ºW.
(In jornal “Comércio do Porto”, terça-feira, 16 de Janeiro 1877)
Viana do Castelo, 17 de Fevereiro
(In jornal “Comércio do Porto”, terça-feira, 16 de Janeiro 1877)
Viana do Castelo, 17 de Fevereiro
Através de uma comunicação feita ultimamente, são já do conhecimento alguns dos detalhes relativos ao naufrágio do lugre “Mentor 2º”, pertencente à praça de Viana.
Este navio havia saído do Porto para Nova-York no 1º de Outubro último, sofrendo desde a saída do rio Douro temporais de oeste e de sudoeste, de que resultou faltarem cabos, panos e ferragens, abrindo finalmente água. Ainda assim puderam chegar à latitude 35º norte e longitude 71º a oeste de Greenwich, mas em 8 de Dezembro foram obrigados a correr à discrição do tempo, aumentando a água a cada dia, a ponto de não ser já possível retirá-la de bordo por falta de forças.
Em 21 de Dezembro, nos 33º de latitude e numa longitude ainda a oeste de Greenwich, encontraram a barca alemã “Hoffnung”, que tinha saído do Rio de Janeiro com destino a Falmouth, à qual pediram socorro às 8 horas da manhã, e feitos todos os esforços para os salvar, só o conseguiram às 2 horas da tarde. Nesta ocasião já o “Mentor 2º” estava muito afundado e a sua tripulação, composta de 10 pessoas, já com as forças gastas no incessante esgoto do navio. O mar estava muito picado e do navio nada foi possível salvar.
A “Hoffnung” conduziu a tripulação do “Mentor 2º” a Falmouth, onde foi desembarcada.
(In jornal “Comércio do Porto”, seg.-feira, 19 de Fevereiro 1877)
Voto
(In jornal “Comércio do Porto”, seg.-feira, 19 de Fevereiro 1877)
Voto
Celebrou-se anteontem em Aveiro, na capela do Senhor das Barrocas, uma missa cantada a instrumental, em cumprimento de um voto feito pela tripulação do lugre “Mentor 2º”, por ter sido salva nas costas de Inglaterra. Foi orador o sr. João da Rocha Lemos, de Ílhavo.
O piloto e alguns marinheiros, andaram no Domingo pelas ruas daquela cidade com a vela do navio, pedindo esmola, para o cumprimento do voto, que, num momento supremo de angustia e desespero, invocando o Senhor Jesus das Barrocas, lhe prometeram fervorosos!
(In jornal “Comércio do Porto”, qta.-feira, 22 de Fevereiro 1877)
(In jornal “Comércio do Porto”, qta.-feira, 22 de Fevereiro 1877)
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