O afundamento do “Portugal”
O vapor "Portugal" - Gravura da Companhia
Construído em França, nos estaleiros da Messageries Maritimes, em Ciotat, durante o ano de 1886, para a companhia do mesmo nome, com sede em Paris, o paquete “Portugal” participou nas carreiras da emigração, com partidas de França para portos na América latina, no serviço identificado por linha do Brasil e do Rio da Prata. Depois de uma inúmera quantidade de vezes a cruzar a atlântico, dispondo dum registo bruto de 5.358 toneladas, o navio efectuou viagens ao redor da Europa, até ser aprisionado por tropas turcas no Mar Morto. Devolvido aos armadores franceses, o “Portugal” foi fretado ao governo Russo, tendo sido transformado e preparado para operar como navio-hospital.
A 30 de Março de 1916, quando se encontrava ancorado em Phatie, na área subjacente ao porto de Batum, situado no litoral a sudoeste do Mar Negro, pertencendo à República Autónoma da Geórgia, na posição 41º01’N 41º19’E, foi torpedeado pelo submarino alemão U-33, sob o comando do capitão Konrad Gansser.
À distância de quase 100 anos, dificilmente entenderemos se este foi mais um caso de erro ou crime de guerra, tratando-se de um navio hospital devidamente identificado. Agrava-se a circunstancia pela antecipada percepção, de que um ataque deste tipo iria causar um considerável número de vítimas, quer entre as equipas sanitárias, nos doentes, feridos e até mesmo na tripulação, porque foi exactamente o que se passou. Até à data não consegui entender, até que ponto estas situações foram ou não catalogadas como crimes de ódio, por se tratar de um ataque efectuado sem aviso prévio a uma unidade naval indefesa. Enfim, mais uma história do tempo da guerra, cuja triste lembrança talvez ajude a evitar que volte a acontecer.
Construído em França, nos estaleiros da Messageries Maritimes, em Ciotat, durante o ano de 1886, para a companhia do mesmo nome, com sede em Paris, o paquete “Portugal” participou nas carreiras da emigração, com partidas de França para portos na América latina, no serviço identificado por linha do Brasil e do Rio da Prata. Depois de uma inúmera quantidade de vezes a cruzar a atlântico, dispondo dum registo bruto de 5.358 toneladas, o navio efectuou viagens ao redor da Europa, até ser aprisionado por tropas turcas no Mar Morto. Devolvido aos armadores franceses, o “Portugal” foi fretado ao governo Russo, tendo sido transformado e preparado para operar como navio-hospital.
A 30 de Março de 1916, quando se encontrava ancorado em Phatie, na área subjacente ao porto de Batum, situado no litoral a sudoeste do Mar Negro, pertencendo à República Autónoma da Geórgia, na posição 41º01’N 41º19’E, foi torpedeado pelo submarino alemão U-33, sob o comando do capitão Konrad Gansser.
À distância de quase 100 anos, dificilmente entenderemos se este foi mais um caso de erro ou crime de guerra, tratando-se de um navio hospital devidamente identificado. Agrava-se a circunstancia pela antecipada percepção, de que um ataque deste tipo iria causar um considerável número de vítimas, quer entre as equipas sanitárias, nos doentes, feridos e até mesmo na tripulação, porque foi exactamente o que se passou. Até à data não consegui entender, até que ponto estas situações foram ou não catalogadas como crimes de ódio, por se tratar de um ataque efectuado sem aviso prévio a uma unidade naval indefesa. Enfim, mais uma história do tempo da guerra, cuja triste lembrança talvez ajude a evitar que volte a acontecer.