Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades!
O nm " S. Gabriel "
O nm " S. Gabriel "
O "S. Gabriel" em Leixões - imagem (c) Fotomar
Não passaram muitos anos desde o tempo em que o encalhe de um navio era lamentado, colocando-se logo a questão de se poderia ser salvo, que é como quem diz, recuperá-lo, aproveitando-o até ao limite da sua resistência. Agora, nesta nova sociedade tecnológica e de consumo, essa pergunta é posta de parte, optando-se por averiguar a quantidade de combustível a bordo e, se através do derrame, vai ou não acontecer um terrível desastre ecológico.
Noutras circunstâncias, já me apercebi da pergunta ter acontecido, inclusive quando do encalhe ou destruição de pequenos veleiros de recreio, em que a quantidade de poluentes a bordo pode ser considerada insignificante (!!!). Se é verdade que as situações diferem, o encalhe ou naufrágio de navios tanques, em função dos produtos transportados, logicamente merecem um tratamento rápido e adequado, pelo perigo calamitoso que pode advir duma maré negra descontrolada. Quanto aos outros navios, de comércio, de pesca, ou de recreio, devido às suas menores dimensões e necessidades de consumo, permitem que o combustível seja retirado do navio, com relativa facilidade ou, pelo menos, sabe-se que são menores os riscos e danos que poderão vir a causar.
Que é como quem diz, a legislação que visa a protecção do ambiente tem agora um peso que ultrapassa largamente os interesses do comércio e da indústria, geradores de emprego e de progresso. O proprietário do navio, por seu lado, é, certamente, ressarcido pela seguradora e se quiser comprar outro, se for esse o caso, a nova construção será feita no exterior do nosso País, sem que se tire qualquer vantagem. Ao contrário, uma reparação, pequena que fosse, mesmo transitória, obrigaria sempre à utilização de mão-de-obra nacional.
Daí que observar um acidente merece uma perspectiva de análise geral, sobre os interesses a defender - os tripulantes, o navio, os oceanos, onde se inclui a fauna e flora e as mercadorias transportadas. Isto porque se existe o transporte de bens, em algum ponto de descarga ser-lhes-á sentida a falta ou o atraso na entrega, independentemente do valor que lhes é atribuído.
Relativamente à situação específica do “S. Gabriel”, como muitas vezes acontece com navios próximos à barra dos portos, a aguardar a manobra de entrada, dá-se um relaxar da tripulação, por sentir estar concluída mais uma viagem. Apesar de não possuir mais elementos, além das informações vinculadas na imprensa e alguns pareceres de colegas bloguistas, o encalhe do navio por esse motivo sugere, eventualmente, erro humano, certamente peripécia ou infortúnio daquela gente que o destino colocou a trabalhar no mar.
Resta-me, portanto, desejar mais sorte, durante o desencalhe e recuperação do navio, daquele que “mereceu” o antecessor “CP Valour”, também vitimado por encalhe na ilha do Faial.
Porque conheci elementos da tripulação destes navios, que operam para a Sonae/ Boxlines, acrescento serem pessoas capazes e competentes nos trabalhos que desempenham a bordo. Alguns deles são marítimos residentes na área do Grande Porto, entre os quais incluo os oficiais alemães; são, pelo menos desde os últimos dez anos, o elo solidário que liga o Continente aos Açores e vice-versa, navegando habitualmente em condições adversas de tempo e mar, principalmente no Outono e Inverno. Sobre eles recai o enorme contributo de, com o seu esforço e dedicação, melhorarem as condições de vida das populações insulares, física e materialmente.
Noutras circunstâncias, já me apercebi da pergunta ter acontecido, inclusive quando do encalhe ou destruição de pequenos veleiros de recreio, em que a quantidade de poluentes a bordo pode ser considerada insignificante (!!!). Se é verdade que as situações diferem, o encalhe ou naufrágio de navios tanques, em função dos produtos transportados, logicamente merecem um tratamento rápido e adequado, pelo perigo calamitoso que pode advir duma maré negra descontrolada. Quanto aos outros navios, de comércio, de pesca, ou de recreio, devido às suas menores dimensões e necessidades de consumo, permitem que o combustível seja retirado do navio, com relativa facilidade ou, pelo menos, sabe-se que são menores os riscos e danos que poderão vir a causar.
Que é como quem diz, a legislação que visa a protecção do ambiente tem agora um peso que ultrapassa largamente os interesses do comércio e da indústria, geradores de emprego e de progresso. O proprietário do navio, por seu lado, é, certamente, ressarcido pela seguradora e se quiser comprar outro, se for esse o caso, a nova construção será feita no exterior do nosso País, sem que se tire qualquer vantagem. Ao contrário, uma reparação, pequena que fosse, mesmo transitória, obrigaria sempre à utilização de mão-de-obra nacional.
Daí que observar um acidente merece uma perspectiva de análise geral, sobre os interesses a defender - os tripulantes, o navio, os oceanos, onde se inclui a fauna e flora e as mercadorias transportadas. Isto porque se existe o transporte de bens, em algum ponto de descarga ser-lhes-á sentida a falta ou o atraso na entrega, independentemente do valor que lhes é atribuído.
Relativamente à situação específica do “S. Gabriel”, como muitas vezes acontece com navios próximos à barra dos portos, a aguardar a manobra de entrada, dá-se um relaxar da tripulação, por sentir estar concluída mais uma viagem. Apesar de não possuir mais elementos, além das informações vinculadas na imprensa e alguns pareceres de colegas bloguistas, o encalhe do navio por esse motivo sugere, eventualmente, erro humano, certamente peripécia ou infortúnio daquela gente que o destino colocou a trabalhar no mar.
Resta-me, portanto, desejar mais sorte, durante o desencalhe e recuperação do navio, daquele que “mereceu” o antecessor “CP Valour”, também vitimado por encalhe na ilha do Faial.
Porque conheci elementos da tripulação destes navios, que operam para a Sonae/ Boxlines, acrescento serem pessoas capazes e competentes nos trabalhos que desempenham a bordo. Alguns deles são marítimos residentes na área do Grande Porto, entre os quais incluo os oficiais alemães; são, pelo menos desde os últimos dez anos, o elo solidário que liga o Continente aos Açores e vice-versa, navegando habitualmente em condições adversas de tempo e mar, principalmente no Outono e Inverno. Sobre eles recai o enorme contributo de, com o seu esforço e dedicação, melhorarem as condições de vida das populações insulares, física e materialmente.
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