Dia Nacional do Mar
Ontem, 16 de Novembro, foi relembrado o “Dia Nacional do Mar”. Poucas comemorações ilustraram a importância do dia, excepção aos raros mas atentos organismos na capital, que merecem a nossa vénia e o nosso respeito. Creio até que nos noticiários do dia, foi omitida a inquestionável realidade, que é o facto de poder celebrar o mar, como a nossa maior fronteira, a porta de saída em direcção aos restantes continentes. Num momento, em que se devia analisar o que podia ser feito e não se faz, tanto pelo mar, pela nossa Marinha, pela pesca, pela navegação de comércio e transporte marítimo, continuamente a ser entregue a interesses estrangeiros, com efeito, tanto faz estar calado, como não ter nada para dizer.
A lancha piloteira “P10”, também denominada “Longas”
A lancha "P10" na Gafanha da Nazaré
Imagem de autor desconhecido - colecção F.S. Cabral
Imagem de autor desconhecido - colecção F.S. Cabral
Porque se torna obrigatório lembrar os trabalhos bem feitos, executados no país, regresso ao tema “P10”, ou seja a lancha encomendada pela Corporação de Pilotos do Douro e Leixões, ao construtor naval Alberto de Matos Mónica, na Gafanha da Nazaré. Volto ao assunto, por dois motivos :
O primeiro prende-se a ter recebido a informação fidedigna, que a lancha tem toda a documentação actualizada, permanecendo em excelentes condições para navegar, apesar de contar 57 anos de operação portuária, no Douro e em Leixões. Daí que retirá-la de serviço, para ser preservada em terra, sem estarem reunidas as condições mínimas, tais como um eficaz tratamento da madeira e estar pensado um cavalete apropriado, pode ainda neste momento ser considerado prematuro.
O segundo motivo está forçosamente relacionado com a fotografia, que encontramos na semana passada, com data, mas infelizmente sem assinatura. Através da imagem, acredito ver a lancha próximo ao estaleiro do construtor, na Gafanha, no dia 5 de Janeiro de 1953, exactamente 10 dias depois de celebrado a rigor, o respectivo bota-abaixo (26.12.1952). Consigo imaginar, que a foto foi tirada na correspondente manhã, ou durante a hora de almoço, porque durante a tarde desse mesmo dia, encetou a sua primeira aventura marítima, rumando até às águas do rio Douro, onde chegou por volta das 18 horas e 40 minutos, para fundear no quadro das embarcações de pilotagem, em frente à Cantareira.
Por conseguinte, a ter entrado ao serviço no dia 6 de Janeiro, em pleno dia de Reis, foi provavelmente um presente abençoado dos Magos, que a Corporação, pilotagem e respectivos auxiliares, devem ter apreciado.
O primeiro prende-se a ter recebido a informação fidedigna, que a lancha tem toda a documentação actualizada, permanecendo em excelentes condições para navegar, apesar de contar 57 anos de operação portuária, no Douro e em Leixões. Daí que retirá-la de serviço, para ser preservada em terra, sem estarem reunidas as condições mínimas, tais como um eficaz tratamento da madeira e estar pensado um cavalete apropriado, pode ainda neste momento ser considerado prematuro.
O segundo motivo está forçosamente relacionado com a fotografia, que encontramos na semana passada, com data, mas infelizmente sem assinatura. Através da imagem, acredito ver a lancha próximo ao estaleiro do construtor, na Gafanha, no dia 5 de Janeiro de 1953, exactamente 10 dias depois de celebrado a rigor, o respectivo bota-abaixo (26.12.1952). Consigo imaginar, que a foto foi tirada na correspondente manhã, ou durante a hora de almoço, porque durante a tarde desse mesmo dia, encetou a sua primeira aventura marítima, rumando até às águas do rio Douro, onde chegou por volta das 18 horas e 40 minutos, para fundear no quadro das embarcações de pilotagem, em frente à Cantareira.
Por conseguinte, a ter entrado ao serviço no dia 6 de Janeiro, em pleno dia de Reis, foi provavelmente um presente abençoado dos Magos, que a Corporação, pilotagem e respectivos auxiliares, devem ter apreciado.
2 comentários:
Caro Reinaldo, estás de parabéns por trazeres de novo à cena a P10/Longas. que ainda tenho na memória a sua acostagem às escadas do cais do Marégrafo/Pilotos, ancoradouro da Cantareira, no estuário do Douro, vai psra 57 snos.
Na actual foto, très das pessoas a bordo parecem-me o piloto Eduardo Melo e mais dois elementos dos Pilotos, que a foram buscar à Gafanha da Nazaré.
O gasóleo para o percurso até à Cantareira, acabou-se mesmo ao atracar, porque já perto de Lavadores, de bordo comunicaram desse facto.
Era bom que ficasse preservada como motivo museológico fosse onde fosse, mas nunma das duas marinas de Leixões, não ficava nada mal, e pintada com as cores primitivas!
Saudações maritimo-entusiásticas
Rui Amaro - Foz do Douro
Caro Reimar:
A história da lancha está-lhe muito bem entregue a si e ao seu Amigo Rui Amaro.
Quanto à fotografia, é, de certeza, ali, na Gafanha da Nazaré, na Cale da Vila, pois a embarcação que está em segundo plano, é, sem dúvida, um pujante mercantel da Ria de Aveiro. Parece que está a ser deslocado "à vara".
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