segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Leixões na rota do turismo!


Escalas em meados de Setembro
Mais dois navios de passageiros estiveram de visita ao porto, sendo que o “Spirit of Discovery”, depois de ter anunciada uma primeira escala em 2019, só agora, no passado dia 21, foi possível concretizá-la. Um outro navio, o “Viking Jupiter”, já conhecido de viagens anteriores, esteve em porto no dia seguinte, vindo procedente da Corunha.
Gostaria de dizer que é sempre muito agradável ver estes navios em Leixões, e ter a grata possibilidade de fotografá-los em porto. Quanto a tentar conseguir imagens dos navios em mar aberto, é bem mais complicado, porque a falta de luz de manhã bem cedo, é sempre um inultrapassável obstáculo. Mas vamos tentando...
As imagens publicadas seguidamente são disso exemplo.
Leixões, 6 horas e 30 da manhã
Leixões, 6 horas e 45 da manhã
Navio de passageiros "Spirit of Discovery"
Características
Armador: Saga Cruises Ltd., Folkestone, Inglaterra
Nº Oficial: 923924 - Iic: M.E.Y.E.7. - Registo: Londres, Inglaterra
Construtor: Meyer Werft GmbH & Co. KG., Papenburg, RFA, 2019
Arqueação: Tab 58.119,00 tons - Tal 23.503,00 tons
Dimensões: Ff 236,70 mt - Pp 211,90 mt - Bc 34,43 mt - Ptl 10,40 mt
Propulsão: 29.368 hp - 2 hélices Azimutais - 20 nós
Equipagem: 506 tripulantes
Chegou procedente de Lisboa, saiu com destino à Corunha

Navio de passageiros "Viking Jupiter"
Características
Armador: Viking River Cruises Inc., Woodland Hills, CA, EUA
Operadores: Viking Ocean Cruises Ltd., Hamilton, Bermudas
Nº Oficial: N/d - Iic: L.A.Y.U.7. - Registo: Bergen, Noruega
Construtor: Fincantieri S.P., Ancona, Itália, 2019
Arqueação: Tab 47.861,00 tons - Tal 18.865,00 tons
Dimensões: Ff 228,26 mt - Pp 193,50 mt - Bc 28,89 mt - Ptl 8,85 mt
Propulsão: 31.978 hp - 720 rpm - 2 caldeiras - 2 hélices FP - 20 nós
Equipagem: 444 tripulantes
Chegou procedente da Corunha, saiu com destino a Lisboa

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Rebocadores dos pilotos - O "Pedro Rodrigues"


Um novo barco vai ser lançado ao Tejo mandado construir
pelos pilotos da barra em homenagem ao contra-almirante
Pedro Rodrigues
Os estaleiros da Administração Geral do porto de Lisboa estão a preparar para lançar ao Tejo, no dia 14, o rebocador “Comandante Pedro Rodrigues”, mandado construir pela Corporação dos Pilotos da barra, em homenagem ao sr. contra-almirante reformado Pedro Rodrigues, que ainda há pouco exerceu os cargos de comandante do Departamento Marítimo do Centro e capitão do porto de Lisboa. Para a cerimónia vão ser convidadas várias entidades oficiais e particulares.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, terça-feira, 5 de Abril de 1938

Pilotos do rio e barra de Lisboa
Lançamento à água do “Pedro Rodrigues”
No estaleiro naval da Administração Geral do porto de Lisboa, actualmente explorado pela Companhia União Fabril, realiza-se quinta-feira, pelas 15 e 45 horas, a cerimónia do lançamento do rebocador “Pedro Rodrigues”, destinado à Corporação dos Pilotos do rio e barra de Lisboa. A cerimónia será presidida pelo sr. engº. Salvador Sá Nogueira, administrador-geral do porto de Lisboa.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, quarta-feira, 13 de Abril de 1938
Foto do rebocador "Pedro Rodrigues"

Características do “Pedro Rodrigues”
Armador: Corporação dos Pilotos do rio e barra de Lisboa
Nº. Oficial: G-385 - Iic: C.S.H.J. - Porto de registo: Lisboa
Arqueação: Tab 441,66 tons - Tal 76,01 tons
Dimensões: Ff 43,48 mt - Pp 40,78 mt - Bc 7,74 mt - Ptl 3,99 mts
Propulsão: Holanda, 1:Te - 3:Ci - 66º Ihp

Pilotos da barra do Douro e Leixões
A convite da Corporação dos Pilotos de Lisboa partiram, ontem, no rápido da manhã, para a capital, os srs. Francisco Brandão, piloto-mor, e José Fernandes Tato, cabo-de-pilotos, como representantes da Corporação de Pilotos da barra do Douro e Leixões, no lançamento à água do novo rebocador “Pedro Rodrigues”, que se destina aos serviços daquela corporação. A cerimónia daquele lançamento, deve efectuar-se, hoje, pelas 16 horas.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, quinta-feira, 14 de Abril de 1938

O “Pedro Rodrigues”, novo rebocador dos pilotos de Lisboa,
foi hoje lançado à água
Nos estaleiros da Administração Geral do porto de Lisboa, actualmente confiados à Companhia União Fabril, efectuou-se esta tarde a cerimónia do lançamento à água do novo rebocador dos pilotos “Pedro Rodrigues”, que ali foi construído em 43 dias úteis de trabalho, o que representa uma actividade interessante, apesar de se tratar de uma pequena embarcação de 40 metros de comprimento e 651 toneladas de deslocamento.
Compareceram, além de muitas senhoras, os srs. engº. Sá Nogueira, administrador-geral do porto de Lisboa; capitão de mar-e-guerra Carlos de Sousa Coutinho, chefe do Departamento Marítimo do Centro, e Peres Murinelo, chefe dos Serviços Marítimos; Jaime Thompson e Bernardino Correia, representando respectivamente as Companhias Nacional e Colonial de Navegação; muitos outros oficiais da Armada; o piloto-mor aposentado Eduardo Florêncio; deputações de pilotos de Lisboa, Leixões e Setúbal; e muitos outros convidados, os quais eram aguardados pelo sr. Manuel de Melo, administrador da C.U.F., e pelos engenheiros que ali prestam serviço.
Pouco depois das 15 e 45 horas, procedeu-se à cerimónia. O sr. engº. Sá Nogueira quebrou uma garrafa de champanhe na proa do “Pedro Rodrigues”, o qual, pintado de zarcão, começou a descer lentamente pela carreira, por entre salvas de palmas de toda a assistência. No rio, diversos barcos embandeirados e cheios de gente, silvaram festivamente produzindo novas e alegres manifestações.
O “Pedro Rodrigues” entrou elegantemente nas águas do Tejo demonstrando tratar-se de uma construção segura e cuidada. A assistência, antes de se retirar, felicitou os dirigentes da C.U.F. e o sr. capitão-de-fragata engenheiro construtor naval Sousa Mendes, que dirigiu técnicamente a construção do novo rebocador.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, sexta-feira, 15 de Abril de 1938

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Leixões na rota do turismo!


O regresso dos navios de passageiros
Os navios de passageiros estão finalmente de regresso ao país, depois dum longo período em que se revelou necessário interromper uma actividade, cuja importância e aumento das escalas de navios nos portos, iam permitindo ao país, a nível turístico, uma notória visibilidade internacional.
Nesse sentido, tudo parece indicar que ainda há tempo, durante este mesmo ano, para mais visitas de navios já conhecidos, e até eventuais primeiras escalas, com passageiros que esperamos partam felizes com a descoberta de alguns lugares do nosso território, e das diversas maravilhas que podemos continuar a dar-lhes a conhecer.
Navio de passageiros “Viking Sky”
Características
Armador: Viking River Cruises A.G., Basileia, Suíça
Operadores: Viking Ocean Cruises Ltd., Hamilton, Bermudas
Nº Oficial: N/d - Iic: L.A.Y.U.7. - Registo: Bergen, Noruega
Construtor: Fincantieri S.P., Ancona, Itália, 2017
Arqueação: Tab 47.842,00 tons - Tal 18.858,00 tons
Dimensões: Ff 228,28 mt - Pp 195,50 mt - Bc 28,69 mt - Ptl 14,73 mt
Propulsão: 31.978 hp - 720 rpm - 2 caldeiras - 2 hélices FP - 20 nós
Equipagem: 444 tripulantes

Neste caso, como já perceberam, o primeiro navio a marcar esta agradável visita foi o “Viking Sky”, que se encontra a realizar uma viagem de cruzeiro, durante 14 dias, com início no porto de Reykjavik, na Islândia, para terminar no próximo dia 18 do corrente, em Barcelona. Passou por Leixões no passado dia 12, procedente da Corunha, tendo passado várias horas em porto, de onde saiu para continuar a viagem com destino a Lisboa.

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Navios portugueses: Os paquetes "India" e "Timor"


Marinha Mercante
Construção de novas unidades em Inglaterra
De avião seguiram ontem para Inglaterra os srs. dr. José Gonçalves e comandante Luís Noronha de Andrade, administradores da Companhia Nacional de Navegação, que vão assistir à nova fase de construção dos navios “India” e “Timor”, de 7.000 toneladas, cada um, mandados construir naquele país e que devem chegar ao Tejo entre Novembro deste ano e Janeiro de 1951.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, seg.-feira, 27 de Novembro de 1950
Foto do navio "India, em Leixões

O novo paquete “India”, entrou, ontem, em Leixões,
vindo do porto de Antuérpia
O “India” - nova unidade da frota da Companhia Nacional de Navegação – entrou, ontem, ao início da manhã, festivamente embandeirado, no porto de Leixões. De linhas modernas, o novo navio, que vem procedente de Antuérpia, foi saudado pelo “Rovuma” e pelo “S. Tomé”, da mesma empresa, que, também embandeiraram.
Para verem o moderno navio, que desloca cerca de 7.600 toneladas e se destina ao transporte de passageiros e carga, acorreram ao interior da doca Nº 1, onde amarrou, pouco depois, algumas centenas de pessoas. O “India”, que vem carregado, demorar-se-á dois ou três dias em porto, seguindo, depois, para Lisboa. A bordo e desde Antuérpia, viaja um dos administradores da empresa armadora.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, qta.-feira, 28 de Fevereiro de 1951

O novo paquete “India” entra hoje no Tejo e será visitado
por membros do Governo
Entra hoje no Tejo o novo paquete “India”, da Companhia Nacional de Navegação. A magnífica unidade, que vem enriquecer a frota mercante, será visitada por alguns membros do Governo, que embarcarão às 11 horas no rebocador “Aveiro”, no cais da Alfândega, e entrarão a bordo do “India”, quando estiver fundeado em frente a Belém.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, sexta-feira, 2 de Março de 1951
Foto do vapor "India"

Características do paquete “India”
Armador: Companhia Nacional de Navegação, Lisboa
Nº Oficial: H-396 - Iic: C.S.K.K. - Porto de registo: Lisboa
Construtor: Bartram & Sons, Ltd., Sunderland, Inglaterra, 1950
Arqueação: Tab 7.619,82 tons - Tal 4.145,84 tons
Dimensões: Ff 131,78 mt - Pp 125,26 mt - Bc 17,98 mt - Ptl 10,33 mt
Propulsão: Richardson & Westgarth - 2:Di - 8:Ci - 5.000 Bhp

O novo paquete “India” foi ontem visitado pelos ministros da
Marinha e das Colónias
Chegou, ontem, a Lisboa, o paquete “India”, da Companhia Nacional de Navegação, que se destina ao serviço de passageiros e carga, até aos portos daquela longínqua possessão. Para ir ao encontro do navio os srs. ministro da Marinha e das Colónias embarcaram, às 11 horas, na ponte da Alfândega, a bordo do rebocador “Aveiro”, que os conduziu até próximo da Torre do Bugio, onde o navio “India” os aguardava. No rebocador seguiam, também, várias individualidades.
A bordo do “India” receberam-nos os srs. comandante Luís Noronha de Andrade e engº Vasco Taborda Ferreira, da Companhia Nacional de Navegação, a quem o navio foi entregue em Sunderland, Inglaterra, local da sua construção; e o comandante do navio, sr. capitão José de Sousa Contreiras, que antes comandava o “Cubango”.
A visita a todas as dependências foi demorada, enquanto o navio navegava Tejo acima, até ao cais da companhia. O “India”, construído para viajar em regiões quentes, oferece excelentes comodidades; tem 131 metros de comprimento, comporta 6.600 toneladas de carga, tendo quatro porões frigoríficos e acomoda 56 passageiros em 1ª classe e 16 em 3ª, podendo, em caso de necessidade, transportar 300 nas cobertas. A sua velocidade é de 14,5 milhas horárias.
No final da visita foi oferecida uma merenda aos visitantes. O sr. comandante Jaime Thompson pronunciou palavras de agradecimento pela comparência a bordo dos membros do Governo, dizendo que ela constituía uma compensação à frota que a companhia vem fazendo.
O sr. ministro da Marinha agradeceu os cumprimentos e felicitou a Companhia pela aquisição de mais uma unidade, que tivera o prazer de visitar e formulou votos para que ela não fosse desviada do serviço a que se destina.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, sábado, 3 de Março de 1951
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Vindo directamente da Inglaterra, onde acaba de ser
construído, entrou em Leixões o novo paquete “Timor”
Matosinhos, 24 - Pelas 20 horas de ontem, entrou no porto de Leixões, o paquete “Timor”, da Companhia Nacional de Navegação, procedente de Sundeland, na Inglaterra, em cujos estaleiros navais foi construído.
Esta nova unidade, idêntica ao paquete “India”, era aguardado por inúmeras pessoas e à sua chegada provocou grande entusiasmo. Ao seu encontro, foram os rebocadores da Administração dos portos do Douro e Leixões, que lhe deram as boas vindas.
Após a chegada o “Timor” entrou directamente na doca Nº 1, atracando do lado Sul, tendo sido, durante o dia de hoje muito visitado.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, segunda-feira, 25 de Junho de 1951
Foto do navio "Timor", em Leixões

Características do paquete “Timor”
Armador: Companhia Nacional de Navegação, Lisboa Nº Oficial: H-399 - Iic: C.S.K.N. - Porto de registo: Lisboa Construtor: Bartram & Sons, Ltd., Sunderland, Inglaterra, 1950
Arqueação: Tab 7.649,99 tons - Tal 4.193,06 tons
Dimensões: Ff 131,42 mt - Pp 124,91 mt - Bc 17,98 mt - Ptl 10,33 mt
Propulsão: Richardson & Westgarth - 2:Di - 8:Ci - 5.000 Bhp
Foto do navio "Timor"

O ministro da Marinha visitou o paquete “Timor”
Na sua primeira viagem, fundeou ontem no Tejo vindo de Leixões, o paquete “Timor”, destinado à Companhia Nacional de Navegação. Cerca das 8 e 30, no cais da Rocha do Conde de Óbidos embarcou a bordo do rebocador “Aveiro”, daquela companhia, o sr. ministro da Marinha, que foi ali recebido pelos directores daquela empresa e pelos srs. almirante Pereira da Fonseca, Director-geral da Marinha; comandante Pereira Viana, presidente da Junta Nacional da Marinha Mercante; comandante João Fialho, capitão do porto de Lisboa; Melo e Silva, em representação do sr. D. Manuel José de Melo, administrador da Sociedade Geral, etc.
O rebocador foi ao encontro do “Timor” até Belém, onde ambos os navios trocaram saudações. O sr. comandante Américo Tomás e as entidades que o acompanhavam subiram, então, a bordo da nova unidade, onde foram recebidos pelos srs. comandante Noronha de Andrade e engº. Vasco Taborda Ferreira, respectivamente, administrador e consultor técnico da companhia, e pelo comandante do “Timor”, sr. capitão Filipe freire.
Aquele membro do Governo com os demais visitantes, percorreu demoradamente o novo navio, admirando as suas excelentes instalações e tendo manifestado a mais viva satisfação por a nossa Marinha Mercante ser enriquecida com esta magnífica unidade. Entretanto, o “Timor” subia o Tejo indo atracar ao cais da Fundição, onde o sr. ministro da Marinha e a comitiva que o acompanhava abandonaram o navio.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, sábado, 30 de Junho de 1951

Companhia Nacional de Navegação
Outras unidades previstas construir para a empresa
Em Setembro próximo será entregue à companhia outro navio, que está a ser construído em Inglaterra, e que vai ser denominado “Save”, de 1.800 toneladas, destinado ao serviço de cabotagem na África Oriental, para substituir o “Inharrime”, que entretanto se afundou.
Ainda, dentro do programa de renovação da Marinha Mercante, o sr. ministro da Marinha autorizou a companhia a construir mais um navio misto, para o transporte de carga e passageiros, com um peso morto na ordem das 10.000 toneladas, e 16 nós de velocidade, que irá ser denominado “Niassa”.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, sábado, 30 de Junho de 1951

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Navios de visita ao porto de Leixões


Os palhabotes “Avontuur” e “De Gallant”
Os dois palhabotes motorizados estiveram recentemente de visita a Leixões, sendo que o “Avontuur” chegou procedente de Ijmuiden, regressando à Holanda, continuando a viagem com destino a Roterdão. Já o “De Gallant” veio do porto de Paimpol, na França, para seguir viagem com destino a Bristol, na Inglaterra.
Enquanto que o “Avontuur” tem sido utilizado como navio de treino de mar, o “De Gallant” ainda que igualmente receba passageiros a bordo, está também preparado para transportar pequenas parcelas de carga. Abaixo, as características de ambos os navios:
“AVONTUUR”
Tipo: Navio de treino-de-mar
Nacionalidade: Alemã
IMO: 5336600 - MMSI: 218863000 - Classe: Registro Italiano Navale
Nº Oficial: 1942 - Iic: D.G.D.L.2. - Porto de registo: Elsfleth
Armador: Timbercoast Pty., Ltd., Cairns, Austrália
Operadores: Avontuur Shipping Co., Ltd., Elsfleth, Alemanha
Construtor: Otto Schmidt, Stadskanaal, Holanda, 1920
Arqueação: Tab 124,00 tons - Porte 114,00 tons
Dimensões: Ff 43,50 mts - Boca 5,88 mts - Calado: 2,49 mts
Número de Tripulantes: 6 - Número de passageiros: 10
Capacidade de carga granulada: 198,00 tons
Propulsão: 224.00 kW (300.00 hp), 1.800 rpm - 1 hélice FP - 6 nós
Área velica: 495,00 m2/ 612,00 m2
Nomes anteriores: Avontuur (1920-1923), Catharina (1923-1932), Spes (1932-1977). Transformado de navio de carga geral em navio de treino-de-mar em Fevereiro de 2010. Reaparelhado entre 2014 e 2015 em Elsfleth, Alemanha.

“DE GALLANT”
Tipo: Navio de treino-de-mar
Nacionalidade: Vanuatu
IMO: 5190252 - MMSI: 577402000 - Classe: Bureau Veritas
Nº Oficial: 2476 - Iic: Y.J.W.J.6.- Porto de registo: Port Vila
Armador: Jean François LeBleu, Saint-Pol-de-Leon, França
Construtor: Figee Brothers, Vlaardingen, Holanda, 1916
Arqueação: Tab 88,00 tons - Tal 33,00 tons - Porte 160,00 tons
Dimensões: Ff 36,20 mt - Boca 6,56 mt - Ptl 2,93 mt - Calado 2,70 mt
Número de tripulantes: 6 - Número de passageiros: 16
Capacidade de carga a granel: 170,00 tons - 1 grua x 1,00 tons
Propulsão: 1x DAF DK1160, 143kW (194hp), 2.200 rpm - 1 hélice CP
Área vélica: 415,00 m2
Nomes anteriores: Jannetje Margaretha (1916-1926), Tine (1926-1930), Knape (1930-1965), Gertrud (1965-1993). Transformado de navio de pesca em navio de carga geral em 1936. Transformado de navio de carga geral em navio de treino-de-mar em 1993.

terça-feira, 7 de setembro de 2021

História trágico-marítima (CCCXXVII)


O navio português “Sete Cidades” abalroou na doca de
Southampton com o paquete “América”
Southampton, 24 - O navio de carga português “Sete Cidades”, da Companhia de Navegação Carregadores Açoreanos, colidiu nesta data, na doca de Southampton, com o paquete “América”, da United States Lines, de 26 mil toneladas. As chapas numa das alhetas da popa do navio mercante português, de 2.954 toneladas, ficaram amolgadas.
Imagens dos navios envolvidos no sinistro

O paquete americano, cuja pintura estalou, partiu com atraso de regresso a Nova Iorque. A colisão deu-se quando o navio português manobrava para atracar. A ponte deste navio colidiu com o “America”, pelo lado de bombordo, sensívelmente a meio do paquete.
O navio “Sete Cidades” havia chegado poucas horas antes a Southampton, procedente dos Açores, com um carregamento de mil caixas de ananases para o mercado londrino.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, terça-feira, 25 de Setembro de 1951

segunda-feira, 6 de setembro de 2021

História trágico-marítima (CCCXXVI)


O encalhe do lanchão “Eduardo Xisto” nas Berlengas

Um lanchão da praça do Porto embateu nuns rochedos nas
Berlengas, tendo sofrido um rombo de grandes dimensões
Peniche, 7 - Entrou esta madrugada, neste porto, com um rombo na proa, o lanchão “Eduardo Xisto”, da praça do Porto, que, devido ao nevoeiro, embateu nuns rochedos nas Berlengas.
O navio que seguia de Setúbal para o Porto com um carregamento de 160 toneladas de cimento, dirigiu-se imediatamente para este porto pelos seus próprios meios, enquanto a tripulação tentava estancar a água, chegando a Peniche ligeiramente afundado de proa, pelo que procederam desde logo à descarga de parte da carga.
Foto do lanchão em Peniche

Características do lanchão “Eduardo Xisto”
Armador: Eduardo Beltrão, Lda., Porto
Nº Oficial: C-137 - Iic.: C.S.N.Q. - Registo: Porto, 6.6.1947
Construtor: Tomaz Francisco Lapa, V. Nova de Gaia, 1947
dp “Carlos Augusto”, Casimiro Augusto Tavares, Setúbal
Arqueação: Tab 107,49 tons - Tal 67,65 tons - Pm 176 tons
Dimensões: Ff 29,67 mt - Pp 26,40 mt - Bc 6,75 mt - Ptl 2,62 mt
Propulsão: M.A.N., 1936 - 1:Di - 3:Ci - 150 Bhp - 6 nós

O mestre José Cadilha, já em Outubro de 1947 tinha encalhado junto ao farol do Cabo Carvoeiro, também devido ao nevoeiro, a bordo do lugre “Santa Madalena”, que se perdeu, pelo que considera fatídica a sua passagem pelo canal das Berlengas, sempre que o faz com nevoeiro.
A situação do “Eduardo Xisto”, que é propriedade da firma Eduardo Beltrão, Lda., é melindrosa, porque o rombo é de grandes dimensões, tornando difícil a sua reparação neste porto.
A carga não se considera perdida, aguardando-se a vinda de peritos da companhia de seguros e de representantes do armador.
Fonte: Jornal “Comércio do Porto”, quinta-feira, 9 de Outubro de 1952