O encalhe – naufrágio do navio “Amethyst”, na Foz do Douro
1ª Parte
Cargueiro grego amarrado às rochas
Após cerca de quatro horas de angústia e intenso dramatismo, conseguiram ser salvas as 24 pessoas que se encontravam no cargueiro grego “Amethyst”, que ao fim da invernosa madrugada de ontem encalhou nas rochas da praia do Molhe, na Foz do Douro.
Casario e ponte do navio "Amethyst"
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“Amethyst”: ao sabor das ondas com três mil toneladas de milho
Horas dramáticas antecederam o salvamento de toda a tripulação
Horas dramáticas antecederam o salvamento de toda a tripulação
Essa ansiedade dramática, qual expectativa trágica presente em toda a tripulação do navio e nas centenas de pessoas que, apesar das acicatadas bátegas, contemplavam o cargueiro, foi, sem duvida, a nota mais dominante, mais aflitivamente sentida.
Pensou-se, na verdade, que para além do navio, se perderiam as duas dúzias de vidas, ali palpitantes, tal era a fúria e braveza do mar. Fortemente encapelado com alterosíssimas ondas a varrerem agrestemente a costa e a provocarem grandes balanços no navio, de tal ordem que, com a proa assente sobre o rochedo chegou a rodar cerca de 100 graus para Sueste.
Como é natural o trágico acontecimento suscitou a atenção de milhares de curiosos que, durante todo o dia de ontem não deixavam de contemplar demoradamente os acicates do navio. E em muitos deles não deixou, até, de vir à lembrança o caso de outros navios naufragados ainda há pouco tempo. Casos do “Varna” e do “Silver Valley” e, ainda, recentemente, em Francelos, do “Maura”.
Pensou-se, na verdade, que para além do navio, se perderiam as duas dúzias de vidas, ali palpitantes, tal era a fúria e braveza do mar. Fortemente encapelado com alterosíssimas ondas a varrerem agrestemente a costa e a provocarem grandes balanços no navio, de tal ordem que, com a proa assente sobre o rochedo chegou a rodar cerca de 100 graus para Sueste.
Como é natural o trágico acontecimento suscitou a atenção de milhares de curiosos que, durante todo o dia de ontem não deixavam de contemplar demoradamente os acicates do navio. E em muitos deles não deixou, até, de vir à lembrança o caso de outros navios naufragados ainda há pouco tempo. Casos do “Varna” e do “Silver Valley” e, ainda, recentemente, em Francelos, do “Maura”.
O primeiro alarme
O “Amethyst” era um dos muitos cargueiros que se encontravam ao largo de Leixões, na longa e penosa espera de lugar. Chegara na quinta-feira às 0,30 horas, tendo saído do Tejo no dia anterior.
Eram cerca das 6,30 horas de ontem, quando o barqueiro-fragateiro sr. João Jesus Oliveira seguia frente à praia do Molhe, juntamente com quatro colegas, e se aperceberam da proximidade da costa em que se encontrava o cargueiro grego.
Suspeitando de encalhe logo estabeleceu comunicação com o «115». O comissário de serviço mandou sair imediatamente um carro-patrulha e uma ambulância, sendo a informação prontamente comunicada às corporações de bombeiros.
Entretanto, e bem próximo das 7 horas, ter-se-à consumado o encalhe. O barqueiro disse que chegou mesmo a ouvir um estrondo, assistindo pouco depois a uma rotação do navio da ordem dos 100 graus.
Passava já das 8 horas, quando começaram a chegar os Bombeiros Portuenses, de Matosinhos-Leça e de Leixões, e o Batalhão de Sapadores, estes com os seus homens-rã. E logo a falta de organização, a falta de um orientador de trabalhos tornou-se evidente. É que a boa vontade não basta. E a confusão ficou uma vez mais patente.
Depois de demoradas tentativas para estabelecer a ligação terra-navio, os foguetões de lançamento não eram bem-sucedidos, finalmente, às 9 horas, um cabo havia ficado firme. Estava assim estabelecida a ligação com o navio e com ela esmorecia a angústia que atrozmente crepitava nos tripulantes, tal a investida constante das ondas.
O cabo era sinal de salvação. De facto, após o devido apetrechamento, finda a colocação de todo o material necessário à operação de salvamento, deram início ao transporte dos tripulantes que já haviam deixado o castelo da proa, aguardando sobre um dos porões da popa.
Eram cerca das 6,30 horas de ontem, quando o barqueiro-fragateiro sr. João Jesus Oliveira seguia frente à praia do Molhe, juntamente com quatro colegas, e se aperceberam da proximidade da costa em que se encontrava o cargueiro grego.
Suspeitando de encalhe logo estabeleceu comunicação com o «115». O comissário de serviço mandou sair imediatamente um carro-patrulha e uma ambulância, sendo a informação prontamente comunicada às corporações de bombeiros.
Entretanto, e bem próximo das 7 horas, ter-se-à consumado o encalhe. O barqueiro disse que chegou mesmo a ouvir um estrondo, assistindo pouco depois a uma rotação do navio da ordem dos 100 graus.
Passava já das 8 horas, quando começaram a chegar os Bombeiros Portuenses, de Matosinhos-Leça e de Leixões, e o Batalhão de Sapadores, estes com os seus homens-rã. E logo a falta de organização, a falta de um orientador de trabalhos tornou-se evidente. É que a boa vontade não basta. E a confusão ficou uma vez mais patente.
Depois de demoradas tentativas para estabelecer a ligação terra-navio, os foguetões de lançamento não eram bem-sucedidos, finalmente, às 9 horas, um cabo havia ficado firme. Estava assim estabelecida a ligação com o navio e com ela esmorecia a angústia que atrozmente crepitava nos tripulantes, tal a investida constante das ondas.
O cabo era sinal de salvação. De facto, após o devido apetrechamento, finda a colocação de todo o material necessário à operação de salvamento, deram início ao transporte dos tripulantes que já haviam deixado o castelo da proa, aguardando sobre um dos porões da popa.
Finalmente a operação de salvamento
Cerca das 10,45 horas foi dado início, efectivamente, à operação de salvamento, altura em que na praia era vasta a multidão que se acotovelava com ansiedade e notória expectativa. Registe-se o valioso auxílio de muitos dos populares que tiveram também uma missão a desempenhar. Foram prestimosa ajuda nos trabalhos de salvamento, se bem que o amontoamento tivesse originado a intervenção da Polícia de Segurança com algumas cacetadas.
Primeiramente seguiu para o navio o homem-rã do Batalhão de Sapadores, Joaquim Campos da Silva, que de bordo passou a coordenar o desenrolar das operações de salvamento.
Foi o 3º maquinista quem primeiro veio para terra, acompanhado de uma menina de 4 anos, Royla Sigala, filha do 1º maquinista Panagiotis Sigala, ante os olhares expectantes dos presentes que ansiosamente aguardavam a chegada de toda a tripulação.
No olhar da criança o concomitante com a estranheza do que se lhe deparava, havia uma singular indiferença. A ingenuidade pueril. Logo conduzida a uma ambulância foram transportados para um hotel das imediações, onde ficaria hospedada toda a tripulação.
A seguir foi a vez da mãe de Royla, srª Efy Sigala, que na bóia-calção foi puxada para a praia. Olhar carregado, profundo e estupefacto, mal tocou a areia interrogou-se sobre a filha e lá foi, também, transportada para o hotel.
Depois, de cinco em cinco minutos, foram sendo salvos os restantes elementos da tripulação, trazidos pela bóia-calção presa a uma roldana que deslizava sobre o cabo de ligação mar-terra. Aqui, exactamente, na operação de salvamento, na força necessária ao deslizar da bóia, é que foi preciosa a ajuda dos populares, que com os bombeiros puxavam pelas guias.
Primeiramente seguiu para o navio o homem-rã do Batalhão de Sapadores, Joaquim Campos da Silva, que de bordo passou a coordenar o desenrolar das operações de salvamento.
Foi o 3º maquinista quem primeiro veio para terra, acompanhado de uma menina de 4 anos, Royla Sigala, filha do 1º maquinista Panagiotis Sigala, ante os olhares expectantes dos presentes que ansiosamente aguardavam a chegada de toda a tripulação.
No olhar da criança o concomitante com a estranheza do que se lhe deparava, havia uma singular indiferença. A ingenuidade pueril. Logo conduzida a uma ambulância foram transportados para um hotel das imediações, onde ficaria hospedada toda a tripulação.
A seguir foi a vez da mãe de Royla, srª Efy Sigala, que na bóia-calção foi puxada para a praia. Olhar carregado, profundo e estupefacto, mal tocou a areia interrogou-se sobre a filha e lá foi, também, transportada para o hotel.
Depois, de cinco em cinco minutos, foram sendo salvos os restantes elementos da tripulação, trazidos pela bóia-calção presa a uma roldana que deslizava sobre o cabo de ligação mar-terra. Aqui, exactamente, na operação de salvamento, na força necessária ao deslizar da bóia, é que foi preciosa a ajuda dos populares, que com os bombeiros puxavam pelas guias.
Helicóptero – Para quê?
Entretanto, quando ainda se encontravam a bordo quatro tripulantes, chegou um helicóptero pedido pelas autoridades marítimas, ao Serviço de Busca e Salvamento do Ministério da Marinha. Eram 11,50 horas, quando helicóptero pilotado pelo 2º sargento António Galinha Dias, secundado pelo 2º cabo Jacob Maia, tocava o solo da praia.
Embora viessem preparados com todo o material necessário ao salvamento da tripulação é evidente que a sua acção era já dispensada. Saíra da Base de Tancos às 10,40 horas, quando afinal, já decorria o transporte dos tripulantes em direcção a terra.
Convenhamos, entretanto, que mesmo atrasada a presença da gigantesca «abelha», não deixou de ser grande motivo de espanto para a multidão presente. Só que de espanto… e se as condições do mar tivessem piorado, perigando mais intensamente a vida dos tripulantes, seria tragicamente comprometedor o atraso verificado.
Embora viessem preparados com todo o material necessário ao salvamento da tripulação é evidente que a sua acção era já dispensada. Saíra da Base de Tancos às 10,40 horas, quando afinal, já decorria o transporte dos tripulantes em direcção a terra.
Convenhamos, entretanto, que mesmo atrasada a presença da gigantesca «abelha», não deixou de ser grande motivo de espanto para a multidão presente. Só que de espanto… e se as condições do mar tivessem piorado, perigando mais intensamente a vida dos tripulantes, seria tragicamente comprometedor o atraso verificado.
Foto do "Amethyst" no local do encalhe
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O último tripulante a abandonar o navio
O último tripulante a abandonar o navio foi o comandante, Demokritus Kronydas, que sob o olhar da multidão manifestava perfeitamente o seu desespero, no rosto manchado e salpicado de água.
Rodeado pelas autoridades e representantes das firmas consignatárias, quis esperar pelo homem-rã que ainda se encontrava no navio, mas depois cedeu e foi encaminhado também para o hotel onde pouco depois falou telefonicamente com o representante do armador. Pouco passava das 13 horas. Por fim, regressou a terra o homem-rã que foi, afinal, o orientador da operação. A partir daqui a maioria das pessoas dissipou-se, não deixando no entanto de ser volumoso e constante o número de curiosos.
«Dentro de 24 horas o navio fica partido»
Rodeado pelas autoridades e representantes das firmas consignatárias, quis esperar pelo homem-rã que ainda se encontrava no navio, mas depois cedeu e foi encaminhado também para o hotel onde pouco depois falou telefonicamente com o representante do armador. Pouco passava das 13 horas. Por fim, regressou a terra o homem-rã que foi, afinal, o orientador da operação. A partir daqui a maioria das pessoas dissipou-se, não deixando no entanto de ser volumoso e constante o número de curiosos.
«Dentro de 24 horas o navio fica partido»
Em conversa estabelecida com o sr. Eduardo Augusto, representante da Navex, que bastante se empenhou no desenrolar dos trabalhos de salvamento, deu conta de alguns pormenores sobre as últimas comunicações estabelecidas com o navio.
- «Entre as 6,30 e as 7 horas, o comandante pediu socorro através do rádio V.H.F., mas depois ficou logo sem comunicação por falta de energia. Utilizaram só a sirene e depois a comunicação foi estabelecida por morse luminoso. Às 7 horas foi quando fui avisado e logo que cheguei fiz todos os possíveis para comunicar com o navio, por intermédio do megafone, mas não obtive qualquer resposta.».
Mais adiantou:
- «O rebocador “Monte S. Brás” ainda saiu em direcção ao navio, mas revelou-se impossível tentar a aproximação devido à vaga estar a partir a milha e meia da costa.»
Quanto às hipóteses de salvamento do navio deverão são nulas, porque tendo em conta estar muito cravado nas rochas, tem um rombo por estibordo e, até, as próprias escotilhas dos quatro porões estarem destruídas. Disseram, inclusivamente, que «dentro de 24 horas o navio fica partido».
Quanto à carga, 3.000 toneladas de milho (das 10 que o “Amethyst” trouxe de Nova Orleães), pode adiantar-se que as hipóteses de recuperação são, também, bastante negativas. No entanto, tal como acontece com o combustível existente no navio, as condições do mar têm grande influência no andamento das tentativas de recuperação.
- «Entre as 6,30 e as 7 horas, o comandante pediu socorro através do rádio V.H.F., mas depois ficou logo sem comunicação por falta de energia. Utilizaram só a sirene e depois a comunicação foi estabelecida por morse luminoso. Às 7 horas foi quando fui avisado e logo que cheguei fiz todos os possíveis para comunicar com o navio, por intermédio do megafone, mas não obtive qualquer resposta.».
Mais adiantou:
- «O rebocador “Monte S. Brás” ainda saiu em direcção ao navio, mas revelou-se impossível tentar a aproximação devido à vaga estar a partir a milha e meia da costa.»
Quanto às hipóteses de salvamento do navio deverão são nulas, porque tendo em conta estar muito cravado nas rochas, tem um rombo por estibordo e, até, as próprias escotilhas dos quatro porões estarem destruídas. Disseram, inclusivamente, que «dentro de 24 horas o navio fica partido».
Quanto à carga, 3.000 toneladas de milho (das 10 que o “Amethyst” trouxe de Nova Orleães), pode adiantar-se que as hipóteses de recuperação são, também, bastante negativas. No entanto, tal como acontece com o combustível existente no navio, as condições do mar têm grande influência no andamento das tentativas de recuperação.
A deficiência dos serviços de socorro
Mais um encalhe na Foz, Na costa portuguesa. E com ele avultam, de novo, as insuficiências e deficiência de um serviço devidamente apetrechado e desburocratizado a tal ponto de se conseguir aplicar os melhores meios para a imediata intervenção em acidentes desta gravidade.
Para além da falta de interacção tão necessária entre os elementos das várias corporações de bombeiros, o que mais saliente se tornou foi o grande atraso e consequente inutilidade (para além do dar nas vistas!...) do helicóptero pedido logo pela manhã, quando as autoridades marítimas ao tomarem conhecimento do sinistro logo atenderam à evidente gravidade da situação. As ondas chegaram a varrer intrepidamente as tampas dos porões, passando por cima da tripulação que, encoletada, aguardava o início da operação de salvamento. Terão sido, na verdade, horas de inusitada angústia e desespero, para toda a tripulação.
Por parte do trabalho dos bombeiros não poderá passar em claro o foguetão de lançamento atirado, de sudeste, por elementos dos bombeiros de Matosinhos-Leça e que, não fôra o facto de ter embatido contra o mastro, causaria, certamente, a morte de alguns tripulantes que nessa altura ainda se encontravam no castelo da proa.
Por outro lado, alguns dos homens-rã que colaboraram nos trabalhos, foram a certa altura arrastados por uma enorme vaga, criando-se um certo pânico entre os presentes – pânico esse que só desapareceu, quando outra vaga os atirou, de novo, à praia, com alguns ferimentos.
Um dos tripulantes chegou também a ser transportado ao hospital, por se ter ferido ligeiramente nas rochas, quando era transportado para terra. Depois de assistido foi para o hotel.
«Nasceu» no Japão há quatro anos
142 metros de comprimento
Para além da falta de interacção tão necessária entre os elementos das várias corporações de bombeiros, o que mais saliente se tornou foi o grande atraso e consequente inutilidade (para além do dar nas vistas!...) do helicóptero pedido logo pela manhã, quando as autoridades marítimas ao tomarem conhecimento do sinistro logo atenderam à evidente gravidade da situação. As ondas chegaram a varrer intrepidamente as tampas dos porões, passando por cima da tripulação que, encoletada, aguardava o início da operação de salvamento. Terão sido, na verdade, horas de inusitada angústia e desespero, para toda a tripulação.
Por parte do trabalho dos bombeiros não poderá passar em claro o foguetão de lançamento atirado, de sudeste, por elementos dos bombeiros de Matosinhos-Leça e que, não fôra o facto de ter embatido contra o mastro, causaria, certamente, a morte de alguns tripulantes que nessa altura ainda se encontravam no castelo da proa.
Por outro lado, alguns dos homens-rã que colaboraram nos trabalhos, foram a certa altura arrastados por uma enorme vaga, criando-se um certo pânico entre os presentes – pânico esse que só desapareceu, quando outra vaga os atirou, de novo, à praia, com alguns ferimentos.
Um dos tripulantes chegou também a ser transportado ao hospital, por se ter ferido ligeiramente nas rochas, quando era transportado para terra. Depois de assistido foi para o hotel.
«Nasceu» no Japão há quatro anos
142 metros de comprimento
O “Amethyst”, de nacionalidade grega, foi construído em 1970, no Japão. Tem 10.006 toneladas de registo bruto e 142 metros de comprimento.
A empresa armadora do navio é a Pentelikan Shipping Co,, com sede no Panamá, sendo o representante, a Faraos Shipping Ltd., de Londres, para onde o comandante do “Amethyst” estabeleceu contacto telefónico a fim de receber instruções.
Registe-se, entretanto, que anteriormente, tinha sido recebido um telegrama de Londres para o comandante não abandonar o navio juntamente com alguns outros elementos da tripulação. É claro que o estado do mar e a inclinação do navio não permitia qualquer permanência a bordo.
A «Navex» é o agente do navio, sendo a Kendall, Pinto Basto, agente da companhia seguradora, funcionando ambas como representantes da companhia armadora.
A tripulação é composta por indivíduos de várias nacionalidades, embora a maioria seja grega. De facto, enquanto o capitão, o imediato, o 1º engenheiro e mais 14 marinheiros são da Grécia, o fogueiro é chileno, o radio-telegrafista inglês e outros três marinheiros são filipinos.
(Jornal “Comércio do Porto”, sexta-feira, 2 de Fevereiro de 1974)
A empresa armadora do navio é a Pentelikan Shipping Co,, com sede no Panamá, sendo o representante, a Faraos Shipping Ltd., de Londres, para onde o comandante do “Amethyst” estabeleceu contacto telefónico a fim de receber instruções.
Registe-se, entretanto, que anteriormente, tinha sido recebido um telegrama de Londres para o comandante não abandonar o navio juntamente com alguns outros elementos da tripulação. É claro que o estado do mar e a inclinação do navio não permitia qualquer permanência a bordo.
A «Navex» é o agente do navio, sendo a Kendall, Pinto Basto, agente da companhia seguradora, funcionando ambas como representantes da companhia armadora.
A tripulação é composta por indivíduos de várias nacionalidades, embora a maioria seja grega. De facto, enquanto o capitão, o imediato, o 1º engenheiro e mais 14 marinheiros são da Grécia, o fogueiro é chileno, o radio-telegrafista inglês e outros três marinheiros são filipinos.
(Jornal “Comércio do Porto”, sexta-feira, 2 de Fevereiro de 1974)
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