Com a presença do ministro Oliveira Martins
Estaleiros Navais entregaram navio à Portline
Na doca dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, realizou-se ontem a cerimónia de baptismo e entrega do navio “Port Lima”, da Portline, presidida pelo ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, engº Oliveira Martins, que se fazia acompanhar dos secretários de Estado das Vias de Comunicação e dos Transportes Exteriores e Comunicações, respectivamente engº Falcão e Cunha e dr. Correia de Matos.
Foto do navio "Port Lima", em Leixões
Imagem da Fotomar, Matosinhos
Imagem da Fotomar, Matosinhos
Foi madrinha do “Port Lima” a esposa do ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Dª. Maria Amélia Oliveira Martins.
Trata-se do primeiro navio de uma encomenda de cinco, cujo contrato foi assinado em 15 de Dezembro de 1987, elevando-se o preço de cada construção a mais de seiscentos mil contos.
O início da construção teve lugar em Maio do ano findo, e em Julho do mesmo ano ocorreu o assentamento do primeiro bloco. Está prevista a entrega de outro navio da referida encomenda para o mês de Maio.
Usando da palavra, o ministro Oliveira Martins salientou a necessidade de os armadores nacionais renovarem as suas frotas em estaleiros igualmente nacionais, apelando ainda para o uso das «bandeiras de conveniência» com conta, peso e medida.
Oliveira Martins anunciou também que dentro em breve irá entrar em funcionamento um centro internacional de registo de navios na cidade do Funchal, alvitrando ao conselho de administração da Portline o registo do “Port Lima” naquela cidade.
Usaria também da palavra o presidente do conselho de administração dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, engº Duarte Silva, o qual, manifestando o seu regozijo, e referindo-se ao acto, afirmou: «Trata-se de uma unidade para uma empresa de um armador nacional, que foi integralmente projectada e concebida nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo e entregue dentro do prazo contratual».
Logo de seguida, afirmaria o engº Duarte Silva; «Com a construção deste navio e dos outros em carteira, foi possível uma boa taxa de ocupação da mão-de-obra do estaleiro, no exercício de 1988, cerca de 70 por cento, ocupação essa que em 1989 está praticamente preenchida com a entrega de nove navios até Dezembro, dos quais mais dois são também para a Portline».
Acrescentou que este programa de entregas é um grande desafio que se põe ao estaleiro e a todo o seu pessoal, constituindo um facto inédito na história dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo.
O presidente do conselho de administração dos Estaleiros Navais agradeceria ainda ao ministro Oliveira Martins os esforços do Governo para conseguir a aprovação do decreto-lei Nº 11/89, que determina o novo regime da concessão dos terrenos do Estado utilizados pelo estaleiro, problema que tanto preocupava esta empresa e as autoridades portuárias locais.
Com este novo regime, os Estaleiros Navais de Viana do Castelo passam a poder utilizar uma área de terrenos públicos, com a extensão de 270 mil metros quadrados, até ao ano de 2031, o que permitirá instalar algumas infra-estruturas e redimensionar outras, que, sem aumentarem a capacidade do estaleiro, a tornam, no entanto, mais viável e melhor preparada para a concorrência que cada vez mais terá de enfrentar.
Entretanto, durante a parte da tarde, e prosseguindo a sua visita de trabalho, o ministro das Obras Públicas deslocou-se ao local da nova doca de recreio de Viana do Castelo, situada na margem direita do rio Lima, cujo concurso será lançado pela Direcção-Geral de Portos até final de Maio.
O custo desta obra está estimado em cerca de 300 mil contos e o prazo de execução previsto é de cerca de dois anos. O projecto prevê a capacidade de estacionamento para 250 barcos e ainda um núcleo de apoio com restaurante e outras infra-estruturas.
Aquele representante do Governo fez ainda o ponto da situação sobre o núcleo portuário de pesca, cuja definição e projecto estão a ser desenvolvidos pela Direcção-Geral de Portos, em colaboração com o Serviço de Lotas e Vendagens, esperando-se que o concurso seja lançado até finais de Julho do corrente ano. Está igualmente prevista a construção do edifício da lota, de armazéns de comerciantes e de aprestos. O custo desta obra é de cerca de 110 mil contos e o prazo previsto para a sua entrada em funcionamento é finais de 1990.
Mais tarde, e a culminar a sua visita de trabalho, o ministro Oliveira Martins assistiu à betonagem da primeira estaca para a construção da nova ponte sobre o rio Lima, que se insere no lanço variante à EN-13, entre Anha e Vila Praia de Âncora. A nova ponte, que se situa a três quilómetros a montante a actual, será executada em betão pré-esforçado, de acordo com um projecto variante apresentado no concurso pelo adjudicatário, a firma Somague, S.A.
Terá um comprimento de cerca de 2.250 metros, compreendendo 42 vãos intermédios de 50 metros e dois vãos extremos de 40 metros. Terá igualmente uma largura de cerca de 27,8 metros, correspondendo a um perfil transversal com a seguinte constituição: vias de circulação – 14 metros; separador – 2 metros; bermas interiores – 2 metros; bermas exteriores – 7 metros; passeios e guardas – 2,8 metros. Este perfil permite, se necessário, o estabelecimento de mais uma via em cada sentido, mediante a redução das dimensões das bermas e separador.
A estrutura da nova ponte é constituída por um tabuleiro contínuo apoiado em pilares circulares com fuste ligeiramente jorrado, e em encontros de tipo perdido. Como características invulgares, em obras deste tipo, salientam-se o seu comprimento, a existência de apenas duas vias longitudinais e ausência de carlingas. O custo total da construção da nova ponte sobre o rio Lima ascende a 2.800 mil contos.
O prazo de execução é de 780 dias, tendo-se iniciado os trabalhos preparatórios e a construção do estaleiro em 31 de Outubro do ano findo, devendo a obra assim ficar concluída em Dezembro de 1990.
(In jornal “Comércio do Porto”, sábado, 1 de Abril de 1989)
Trata-se do primeiro navio de uma encomenda de cinco, cujo contrato foi assinado em 15 de Dezembro de 1987, elevando-se o preço de cada construção a mais de seiscentos mil contos.
O início da construção teve lugar em Maio do ano findo, e em Julho do mesmo ano ocorreu o assentamento do primeiro bloco. Está prevista a entrega de outro navio da referida encomenda para o mês de Maio.
Usando da palavra, o ministro Oliveira Martins salientou a necessidade de os armadores nacionais renovarem as suas frotas em estaleiros igualmente nacionais, apelando ainda para o uso das «bandeiras de conveniência» com conta, peso e medida.
Oliveira Martins anunciou também que dentro em breve irá entrar em funcionamento um centro internacional de registo de navios na cidade do Funchal, alvitrando ao conselho de administração da Portline o registo do “Port Lima” naquela cidade.
Usaria também da palavra o presidente do conselho de administração dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, engº Duarte Silva, o qual, manifestando o seu regozijo, e referindo-se ao acto, afirmou: «Trata-se de uma unidade para uma empresa de um armador nacional, que foi integralmente projectada e concebida nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo e entregue dentro do prazo contratual».
Logo de seguida, afirmaria o engº Duarte Silva; «Com a construção deste navio e dos outros em carteira, foi possível uma boa taxa de ocupação da mão-de-obra do estaleiro, no exercício de 1988, cerca de 70 por cento, ocupação essa que em 1989 está praticamente preenchida com a entrega de nove navios até Dezembro, dos quais mais dois são também para a Portline».
Acrescentou que este programa de entregas é um grande desafio que se põe ao estaleiro e a todo o seu pessoal, constituindo um facto inédito na história dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo.
O presidente do conselho de administração dos Estaleiros Navais agradeceria ainda ao ministro Oliveira Martins os esforços do Governo para conseguir a aprovação do decreto-lei Nº 11/89, que determina o novo regime da concessão dos terrenos do Estado utilizados pelo estaleiro, problema que tanto preocupava esta empresa e as autoridades portuárias locais.
Com este novo regime, os Estaleiros Navais de Viana do Castelo passam a poder utilizar uma área de terrenos públicos, com a extensão de 270 mil metros quadrados, até ao ano de 2031, o que permitirá instalar algumas infra-estruturas e redimensionar outras, que, sem aumentarem a capacidade do estaleiro, a tornam, no entanto, mais viável e melhor preparada para a concorrência que cada vez mais terá de enfrentar.
Entretanto, durante a parte da tarde, e prosseguindo a sua visita de trabalho, o ministro das Obras Públicas deslocou-se ao local da nova doca de recreio de Viana do Castelo, situada na margem direita do rio Lima, cujo concurso será lançado pela Direcção-Geral de Portos até final de Maio.
O custo desta obra está estimado em cerca de 300 mil contos e o prazo de execução previsto é de cerca de dois anos. O projecto prevê a capacidade de estacionamento para 250 barcos e ainda um núcleo de apoio com restaurante e outras infra-estruturas.
Aquele representante do Governo fez ainda o ponto da situação sobre o núcleo portuário de pesca, cuja definição e projecto estão a ser desenvolvidos pela Direcção-Geral de Portos, em colaboração com o Serviço de Lotas e Vendagens, esperando-se que o concurso seja lançado até finais de Julho do corrente ano. Está igualmente prevista a construção do edifício da lota, de armazéns de comerciantes e de aprestos. O custo desta obra é de cerca de 110 mil contos e o prazo previsto para a sua entrada em funcionamento é finais de 1990.
Mais tarde, e a culminar a sua visita de trabalho, o ministro Oliveira Martins assistiu à betonagem da primeira estaca para a construção da nova ponte sobre o rio Lima, que se insere no lanço variante à EN-13, entre Anha e Vila Praia de Âncora. A nova ponte, que se situa a três quilómetros a montante a actual, será executada em betão pré-esforçado, de acordo com um projecto variante apresentado no concurso pelo adjudicatário, a firma Somague, S.A.
Terá um comprimento de cerca de 2.250 metros, compreendendo 42 vãos intermédios de 50 metros e dois vãos extremos de 40 metros. Terá igualmente uma largura de cerca de 27,8 metros, correspondendo a um perfil transversal com a seguinte constituição: vias de circulação – 14 metros; separador – 2 metros; bermas interiores – 2 metros; bermas exteriores – 7 metros; passeios e guardas – 2,8 metros. Este perfil permite, se necessário, o estabelecimento de mais uma via em cada sentido, mediante a redução das dimensões das bermas e separador.
A estrutura da nova ponte é constituída por um tabuleiro contínuo apoiado em pilares circulares com fuste ligeiramente jorrado, e em encontros de tipo perdido. Como características invulgares, em obras deste tipo, salientam-se o seu comprimento, a existência de apenas duas vias longitudinais e ausência de carlingas. O custo total da construção da nova ponte sobre o rio Lima ascende a 2.800 mil contos.
O prazo de execução é de 780 dias, tendo-se iniciado os trabalhos preparatórios e a construção do estaleiro em 31 de Outubro do ano findo, devendo a obra assim ficar concluída em Dezembro de 1990.
(In jornal “Comércio do Porto”, sábado, 1 de Abril de 1989)
Sem comentários:
Enviar um comentário