Ecos da Iª Grande Guerra
O afundamento do vapor “Lilly”
Na tarde de Domingo, a umas três milhas do farol de Montedor, adiante de Viana do Castelo, o submarino alemão UC-53, sob o comando do capitão Kurt Albrecht, afundou o vapor dinamarquês “Lilly”, por meio de carga explosiva, na posição 41º40’05”N 9º45’W.
A tripulação, constituída por 19 homens, salvou-se, vindo desembarcar neste porto. O vapor procedia da Gâmbia e navegava com destino a Aarhus, na Dinamarca.
Características do vapor dinamarquês “Lilly”
1904 - 1917
Armador; D/S Dania (Chr. Andresen), Esbjerg
Construtor: Flensburger Schiffsbau Ges., 27.02.1890
ex “Hektos”, Flensburger Dampschiffahrt Ges., 1890-1904
Arqueação: Tab 1.774,00 tons - Tal 1.404,00 tons
Dimensões: Pp 69,90 mts - Boca 10,50 mts
Propulsão: 1 tripla expansão do construtor - 9 m/h
Equipagem: 19 tripulantes
Construtor: Flensburger Schiffsbau Ges., 27.02.1890
ex “Hektos”, Flensburger Dampschiffahrt Ges., 1890-1904
Arqueação: Tab 1.774,00 tons - Tal 1.404,00 tons
Dimensões: Pp 69,90 mts - Boca 10,50 mts
Propulsão: 1 tripla expansão do construtor - 9 m/h
Equipagem: 19 tripulantes
Viana do Castelo, 10 - Ontem, pelas 4 horas da tarde, foi avistado um submarino alemão em frente do farol de Montedor, perseguindo dois vapores que seguiam para o norte.
O submarino, a certa altura, abordou um deles, enquanto o outro fugiu. Entretanto, passados breves momentos permitiu que o navio abordado pudesse continuar a viagem.
Pouco tempo depois, foi visto a navegar para o norte o vapor dinamarquês “Lilly”, logo atacado pelo submarino, que o rodeou durante duas horas, fazendo evoluções e dando apenas cinco minutos à tripulação para abandonar o navio. Depois alguns tripulantes do submarino foram a bordo do “Lilly”, onde colocaram duas cargas explosivas, indo o navio ao fundo em onze minutos. Eram 7 horas e 40 minutos.
Do afundamento foi expedida comunicação telegráfica de Montedor para a Capitania do porto, que, por sua vez, deu conhecimento as respectivas estações oficiais.
O ataque deu-se a 10 milhas a noroeste da barra de Viana e a 5 milhas a oeste do cabo Montedor, tão perto da costa que, se houvesse artilharia, poderia ter sido bombardeado o submarino.
O capitão Bang e os demais 18 homens da tripulação entraram hoje a barra, em escaleres de bordo, guiados por barcos de pesca, indo todos hospedar-se no Hotel Aliança.
O vapor “Lilly” transportava um carregamento de cacau e procedia do Senegal, enquanto que o submarino inimigo, depois do afundamento, seguiu o rumo sudoeste.
Ontem, às 9 horas da noite, foram ouvidas 12 detonações a sudoeste, e hoje, às 10 horas, ouviram-se mais duas. Um vapor que passava muito ao largo, perseguido, abriu fogo contra o submarino, que desapareceu. À uma hora da tarde foi ouvida uma nova detonação.
Viana do Castelo, 11 - Confirmam-se as informações da véspera sobre o afundamento do vapor “Lilly”. O carregamento não é cacau, mas sim óleo de amendoim.
O vapor vinha da Gâmbia com destino à Dinamarca. A sua arqueação era de 1.774 toneladas brutas e 1.404 toneladas líquidas, tendo sido construído em 1890, em Flensburg, na Alemanha.
Os tripulantes de um barco que pescava a 3 milhas a oeste da barra viram ontem, às 2 horas da tarde, um submarino que navegava para o norte.
(In jornal “Comércio do Porto”, terça, 12 de Junho de 1917)
O submarino, a certa altura, abordou um deles, enquanto o outro fugiu. Entretanto, passados breves momentos permitiu que o navio abordado pudesse continuar a viagem.
Pouco tempo depois, foi visto a navegar para o norte o vapor dinamarquês “Lilly”, logo atacado pelo submarino, que o rodeou durante duas horas, fazendo evoluções e dando apenas cinco minutos à tripulação para abandonar o navio. Depois alguns tripulantes do submarino foram a bordo do “Lilly”, onde colocaram duas cargas explosivas, indo o navio ao fundo em onze minutos. Eram 7 horas e 40 minutos.
Do afundamento foi expedida comunicação telegráfica de Montedor para a Capitania do porto, que, por sua vez, deu conhecimento as respectivas estações oficiais.
O ataque deu-se a 10 milhas a noroeste da barra de Viana e a 5 milhas a oeste do cabo Montedor, tão perto da costa que, se houvesse artilharia, poderia ter sido bombardeado o submarino.
O capitão Bang e os demais 18 homens da tripulação entraram hoje a barra, em escaleres de bordo, guiados por barcos de pesca, indo todos hospedar-se no Hotel Aliança.
O vapor “Lilly” transportava um carregamento de cacau e procedia do Senegal, enquanto que o submarino inimigo, depois do afundamento, seguiu o rumo sudoeste.
Ontem, às 9 horas da noite, foram ouvidas 12 detonações a sudoeste, e hoje, às 10 horas, ouviram-se mais duas. Um vapor que passava muito ao largo, perseguido, abriu fogo contra o submarino, que desapareceu. À uma hora da tarde foi ouvida uma nova detonação.
Viana do Castelo, 11 - Confirmam-se as informações da véspera sobre o afundamento do vapor “Lilly”. O carregamento não é cacau, mas sim óleo de amendoim.
O vapor vinha da Gâmbia com destino à Dinamarca. A sua arqueação era de 1.774 toneladas brutas e 1.404 toneladas líquidas, tendo sido construído em 1890, em Flensburg, na Alemanha.
Os tripulantes de um barco que pescava a 3 milhas a oeste da barra viram ontem, às 2 horas da tarde, um submarino que navegava para o norte.
(In jornal “Comércio do Porto”, terça, 12 de Junho de 1917)
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