O vice-Almirante Carlos Cândido dos Reis
Evocação sobre o 1º Centenário da implantação da República
Evocação sobre o 1º Centenário da implantação da República
Carlos Cândido dos Reis, conhecido historicamente como Almirante Reis, nasceu em Lisboa a 16 de Janeiro de 1852 e faleceu também em Lisboa, a 4 de Outubro de 1910. Cumprem-se hoje exactamente cem anos sobre a data em que, angustiado pelo eventual fracasso da revolução republicana, que mandara avançar no dia anterior, decide suicidar-se, perdendo a oportunidade de conferir o sucesso da conspiração por si preparada, enquanto principal chefe militar.
Deu início à sua carreira na Armada como voluntário, aos dezassete anos, sendo sucessivamente promovido até ao posto de Vice-Almirante. Em 1 de Outubro de 1870 é Guarda Marinha e reforma-se em Julho de 1909.
Apesar de ter sido agraciado com o grau de oficial da Ordem de Avis e a de Cavaleiro da Torre e Espada pelos seus feitos na Marinha, foi desde muito novo um adepto republicano de firmes convicções, tendo participado activamente na luta antimonárquica.
Deu início à sua carreira na Armada como voluntário, aos dezassete anos, sendo sucessivamente promovido até ao posto de Vice-Almirante. Em 1 de Outubro de 1870 é Guarda Marinha e reforma-se em Julho de 1909.
Apesar de ter sido agraciado com o grau de oficial da Ordem de Avis e a de Cavaleiro da Torre e Espada pelos seus feitos na Marinha, foi desde muito novo um adepto republicano de firmes convicções, tendo participado activamente na luta antimonárquica.
A bordo do cruzador "Almirante Reis" em Dezembro de 1910
Imagem da Ilustração Portuguesa com legenda explicativa
Imagem da Ilustração Portuguesa com legenda explicativa
Não se lhe reconhecendo grande capacidade como político propagandistico, colhe muita simpatia e admiração destacando-se como conspirador. Eleito deputado pelas listas republicanas de 1910, já havia participado activamente no golpe fracassado de 28 de Janeiro de 1908, que devia ter começado com a prisão de João Franco, então chefe do governo. Após um pequeno período de desânimo voltou à luta e rapidamente se transformou no organizador militar da revolta de 5 de Outubro de 1910.
Na tarde do dia 3 de Outubro, ao saber-se que o então chefe do governo, Teixeira de Sousa, tinha sido avisado do golpe republicano e pusera de prevenção as tropas leais à causa monárquica, a maioria dos chefes republicanos propôs um adiamento do golpe, ao que se opôs o Vice-Almirante. Dado que era o chefe militar e principal dinamizador da revolta, a sua posição levou à persecução do movimento, conforme planeado.
Nos primeiros momentos da revolta de 5 de Outubro de 1910, o Dr. Miguel Bombarda, um dos chefes civis do golpe e conhecedor de muitos dos seus segredos, foi atingido a tiro por um doente mental do Hospital de Rilhafoles. Como a maioria das unidades militares comprometidas no movimento não chegou a revoltar-se e muitos oficiais do exército, julgando tudo perdido, abandonaram o entrincheiramento na Rotunda, levou Cândido dos Reis, a supor que o golpe estava frustrado. Por esse motivo, evitou seguir para bordo de um dos navios implicados no movimento, despedindo-se dos oficiais da Marinha mais próximos. Algumas horas depois foi encontrado morto na Azinhaga das Freiras, vitima da incerteza do resultado e muito principalmente devido ao seu temperamento hipocondríaco, que lhe provocava alternadamente crises de entusiasmo e de depressão frequentes.
Na tarde do dia 3 de Outubro, ao saber-se que o então chefe do governo, Teixeira de Sousa, tinha sido avisado do golpe republicano e pusera de prevenção as tropas leais à causa monárquica, a maioria dos chefes republicanos propôs um adiamento do golpe, ao que se opôs o Vice-Almirante. Dado que era o chefe militar e principal dinamizador da revolta, a sua posição levou à persecução do movimento, conforme planeado.
Nos primeiros momentos da revolta de 5 de Outubro de 1910, o Dr. Miguel Bombarda, um dos chefes civis do golpe e conhecedor de muitos dos seus segredos, foi atingido a tiro por um doente mental do Hospital de Rilhafoles. Como a maioria das unidades militares comprometidas no movimento não chegou a revoltar-se e muitos oficiais do exército, julgando tudo perdido, abandonaram o entrincheiramento na Rotunda, levou Cândido dos Reis, a supor que o golpe estava frustrado. Por esse motivo, evitou seguir para bordo de um dos navios implicados no movimento, despedindo-se dos oficiais da Marinha mais próximos. Algumas horas depois foi encontrado morto na Azinhaga das Freiras, vitima da incerteza do resultado e muito principalmente devido ao seu temperamento hipocondríaco, que lhe provocava alternadamente crises de entusiasmo e de depressão frequentes.
A bordo do cruzador "Almirante Reis" em Dezembro de 1910
Imagem da Ilustração Portuguesa com legenda explicativa
Imagem da Ilustração Portuguesa com legenda explicativa
A revolta triunfante é aclamada pela multidão na manhã do dia seguinte, sendo proclamada solenemente a nova República do alto da varanda do edifício da Câmara Municipal de Lisboa.
O nome do Vice-Almirante Carlos Cândido dos Reis permanece utilizado na toponímia de muitas cidades e vilas, embora muito raramente o seu nome espelhe ou traduza a importância dos altos serviços prestados ao ideal republicano e ao país. Na Armada, o seu nome foi somente usado para substituir o nome de "D. Carlos I”, no principal cruzador da esquadra portuguesa de então, entrando posteriormente no rol dos heróis ignorados e esquecidos.
Apoio bibliográfico: Wikipédia (Internet)
O nome do Vice-Almirante Carlos Cândido dos Reis permanece utilizado na toponímia de muitas cidades e vilas, embora muito raramente o seu nome espelhe ou traduza a importância dos altos serviços prestados ao ideal republicano e ao país. Na Armada, o seu nome foi somente usado para substituir o nome de "D. Carlos I”, no principal cruzador da esquadra portuguesa de então, entrando posteriormente no rol dos heróis ignorados e esquecidos.
Apoio bibliográfico: Wikipédia (Internet)
Sem comentários:
Enviar um comentário