David Melgueiro
Nascido e falecido no Porto, século XVII
Nascido e falecido no Porto, século XVII
O nome deste navegador de origem nortenha, é possivelmente dos menos conhecidos, quando comparado com o imenso leque de personagens, cujos relatos de viagens e descobertas, preenchem os nossos compêndios de história. Os dois principais motivos dessa grave omissão, poderão, em primeiro lugar, estar relacionados com o facto de ter navegado ao serviço dos monarcas holandeses e o segundo, de vital importância, foi certamente por comandar um navio estrangeiro, o “Pater Noster”, com rumo ao Japão, numa época em que esse trafego marítimo era dominado pelos portugueses, empenhados em controlar a rota das especiarias.
Todavia, não desmerece a virtude de na viagem de regresso, ter partido do porto de Kagoshima, em Março de 1660, navegando para norte, através do Círculo Polar Árctico, atravessando o Estreito de Aniam (actualmente identificado por Estreito de Bering), sendo o primeiro navegador a vencer a Passagem do Nordeste, deixando Spitzbergen (Svalbard) e a Islândia por bombordo e a Gronelândia por estibordo, até chegar ao rio Douro, onde aportou dois anos depois.
Esta viagem visava a descoberta dum corredor marítimo alternativo, para os holandeses conseguirem transportar um autentico manancial de riquezas orientais para a Europa, num mais rápido espaço de tempo. Apesar da viagem ter sido mantida ao abrigo dum forte sigilo, o súbdito francês Seigneur de la Madeleine, tentou apresentar um relatório dessa proeza ao Rei de França, sem sucesso, por ter sido neutralizado e assassinado, em 1701, quando tentava sair de Portugal.
Se a viagem é ainda questionada por alguns reconhecidos historiadores nacionais, pela exiguidade de documentação disponível (um único documento da viagem encontrado em 1853), outros há, que mais abertamente aceitam como perfeitamente possível, a veracidade desta aventura. Para aclarar definitivamente este notável episódio marítimo, falta tão somente encontrar as datas de nascimento e da morte (supostamente em 1673), deste nosso ilustre conterrâneo, confirmando a dita passagem dois séculos antes da data reconhecida oficialmente.
As dúvidas, se é que existem, não foram razão impeditiva a ser utilizada por algumas Autarquias na toponímia das Cidades, bem como pela Sociedade Nacional dos Armadores de Bacalhau ao baptizar um dos seus principais arrastões, de construção holandesa, com o nome do navegador, durante o ano de 1951.
Está para breve a chegada a Portugal dum novo navio, para integrar a frota bacalhoeira
Todavia, não desmerece a virtude de na viagem de regresso, ter partido do porto de Kagoshima, em Março de 1660, navegando para norte, através do Círculo Polar Árctico, atravessando o Estreito de Aniam (actualmente identificado por Estreito de Bering), sendo o primeiro navegador a vencer a Passagem do Nordeste, deixando Spitzbergen (Svalbard) e a Islândia por bombordo e a Gronelândia por estibordo, até chegar ao rio Douro, onde aportou dois anos depois.
Esta viagem visava a descoberta dum corredor marítimo alternativo, para os holandeses conseguirem transportar um autentico manancial de riquezas orientais para a Europa, num mais rápido espaço de tempo. Apesar da viagem ter sido mantida ao abrigo dum forte sigilo, o súbdito francês Seigneur de la Madeleine, tentou apresentar um relatório dessa proeza ao Rei de França, sem sucesso, por ter sido neutralizado e assassinado, em 1701, quando tentava sair de Portugal.
Se a viagem é ainda questionada por alguns reconhecidos historiadores nacionais, pela exiguidade de documentação disponível (um único documento da viagem encontrado em 1853), outros há, que mais abertamente aceitam como perfeitamente possível, a veracidade desta aventura. Para aclarar definitivamente este notável episódio marítimo, falta tão somente encontrar as datas de nascimento e da morte (supostamente em 1673), deste nosso ilustre conterrâneo, confirmando a dita passagem dois séculos antes da data reconhecida oficialmente.
As dúvidas, se é que existem, não foram razão impeditiva a ser utilizada por algumas Autarquias na toponímia das Cidades, bem como pela Sociedade Nacional dos Armadores de Bacalhau ao baptizar um dos seus principais arrastões, de construção holandesa, com o nome do navegador, durante o ano de 1951.
Está para breve a chegada a Portugal dum novo navio, para integrar a frota bacalhoeira
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Com a presença do perito português Sr. Engenheiro construtor naval Valente de Almeida, realizaram-se em águas holandesas as experiências do novo arrastão “David Melgueiro”, construído na Holanda, para a Sociedade Nacional dos Armadores de Bacalhau.
Este navio que ficará a ser o maior arrastão português, pois carregará 30.000 quintais de bacalhau, vem provido de uma fabrica de farinha de peixe e deve chegar ao Tejo, por toda a próxima semana.
Este navio que ficará a ser o maior arrastão português, pois carregará 30.000 quintais de bacalhau, vem provido de uma fabrica de farinha de peixe e deve chegar ao Tejo, por toda a próxima semana.
(In “ O Comércio do Porto”, de 7 de Novembro de 1950)
Este navio que apresentava como principal característica, tratar-se da maior embarcação do mundo a pescar por arrasto lateral, por atrasos cujo motivo desconheço, só entrou ao serviço na sua primeira campanha ao bacalhau, durante o mês de Abril de 1951.
Este navio que apresentava como principal característica, tratar-se da maior embarcação do mundo a pescar por arrasto lateral, por atrasos cujo motivo desconheço, só entrou ao serviço na sua primeira campanha ao bacalhau, durante o mês de Abril de 1951.
O arrastão “ David Melgueiro”
1951 - 1992
SNAB – Soc. Nacional dos Armadores de Bacalhau,
Lisboa
1951 - 1992
SNAB – Soc. Nacional dos Armadores de Bacalhau,
Lisboa
O arrastão bacalhoeiro "David Melgueiro" em Lisboa
Imagem de autor desconhecido - colecção capt. J.D. Marques
Imagem de autor desconhecido - colecção capt. J.D. Marques
Nº Oficial : LX-35-N > Iic.: C.S.P.H. > Registo : Lisboa
Cttor.: T. van Duijvendijk’s Scheepwerft, Lekkerkerk, Holanda
Arqueação : Tab 1.710,09 to > Tal 1.087,18 to > Porte 2.210 to
Cpmts.: Ff 80,14 mt > Pp 73,89 mt > Bc 11,84 mt > Ptl 5,62 mt
Máq.: Werkspoor B.v., 1950 > 1:Di > 1.185 Bhp > 11,3 m/h
Equipagem : 73 tripulantes e pescadores
Alterações verificadas em 1958
Arqueação : Tab 1.698,28 to > Tal 1.002,47 to > Porte 2.225 to
Máq.: Fairbanks, E.Unidos, 1957 > 1:Di > 1.600 Bhp > 11 m/h
Alterações verificadas em 1977
Arqueação : Tab 1.845,61 to > Tal 1.160,62 to > Porte 2.225 to
Cttor.: T. van Duijvendijk’s Scheepwerft, Lekkerkerk, Holanda
Arqueação : Tab 1.710,09 to > Tal 1.087,18 to > Porte 2.210 to
Cpmts.: Ff 80,14 mt > Pp 73,89 mt > Bc 11,84 mt > Ptl 5,62 mt
Máq.: Werkspoor B.v., 1950 > 1:Di > 1.185 Bhp > 11,3 m/h
Equipagem : 73 tripulantes e pescadores
Alterações verificadas em 1958
Arqueação : Tab 1.698,28 to > Tal 1.002,47 to > Porte 2.225 to
Máq.: Fairbanks, E.Unidos, 1957 > 1:Di > 1.600 Bhp > 11 m/h
Alterações verificadas em 1977
Arqueação : Tab 1.845,61 to > Tal 1.160,62 to > Porte 2.225 to
Vendido para demolir à empresa Viguesa de Chattarra, em Vigo, Espanha, a 16 de Fevereiro de 1992.
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