Trata-se do último navio adquirido pelo armador portuense Júlio Ribeiro de Campos, decisão de compra errada, tal como antes acontecera com o lugre “Cidade do Porto”, cuja existência lembramos recentemente. Se tivermos presente os custos de manutenção da barca “Foz do Douro”, mais o agravamento económico provocado pela tentativa de recuperação dos outros navios, é fácil prever o descalabro financeiro e a correspondente falência, quer da empresa de navegação, quer das empresas ligadas à área têxtil exploradas pelo empresário nortenho, que obviamente se lamenta. Durante os anos em que esteve ao seu serviço, o navio foi baptizado “Ultramarino” e esta é a sua história:
1943 – 1951
Detalhes conforme a lista de navios portugueses de 1949
Cttor.: A.G. Vulkan Werke, Stettin, Alemanha, Outubro, 1921
Tlgns.: Tab 4.323,02 to > Tal 2.592,69 to > Porte 6.480 to
Cmpts.: Ff 118,40 mt > Pp 109,94 mt > Bc 15,55 mt > Ptl 7,92 mt
Máq.: D.S.M. AG. Weser, 1921 > 1:Tv > 1.068 Ihp > Vlc. 13 m/h
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Antes das reparações efectuadas durante o ano de 1939
Tab 4.177,00 to > Cpp 109,50 mt > Máq. 1:Te > Veloc. 10,5 m/h
ex “Alda” - Roland Linie, Bremen, 1921-1925
ex “Alda” – Norddeutscher Lloyd, Bremen, 1925-1936
ex “Eisenach” (3) – Norddeutscher Lloyd, Bremen, 1936-1942
ex “Oceania” – Compañia. Oceanica, Costa Rica, 1942-1943
dp “Traunstein” – Roland Linie, Bremen, 1951-1960
Vendido para demolição em Wilhelmshaven a 29.09.1960
Amarrado no Tejo para efectuar reparações, já que Lisboa foi o único porto nacional tocado pelo navio, sai a barra em 4 de Setembro, com destino a Bremen, a fim de prosseguir as reparações, rebocado pelos salvadegos alemães “Gulosenfjord” e “Kurefjord”. Por força da grave e deficitária situação financeira, Júlio Ribeiro de Campos vê-se obrigado a pôr o navio à venda, sendo comprado pela renovada Roland Linie, que lhe muda o nome para “Traunstein”.
O “Traunstein” em Leixões – imagem © FotomarNavega então sob bandeira Alemã, tanto pelo armador como em fretamentos pela companhia Woermann Linie, durante a década de 50, com escalas em Lisboa e Leixões, mas agora com destino a portos Africanos. A 29 de Setembro de 1960 sai pela última vez de Bremerhaven para Wilhelmshaven, sendo vendido à empresa Eisen und Metal AG., que procedeu à respectiva demolição.