SOCIEDADE DE GEOGRAFIA DE LISBOA
sexta-feira, 15 de janeiro de 2021
sábado, 9 de janeiro de 2021
Emigração açoriana para o Brasil
Da leitura do texto publicado anteriormente ressalta a informação de navios naufragados, devido às más condições de tempo e mar revolto, nas ilhas do grupo central açoriano, que seguidamente se relatam para resgate da memória histórica, relacionados com o intenso movimento marítimo dessa época, e ainda em função do importante tráfego de passageiros e comércio existente no arquipélago.
Termo de protesto do naufrágio da barca brasileira “Providência”, de 279 toneladas, do porto do Rio de Janeiro, sendo capitão e proprietário João Lopes da Costa, ocorrido no porto de Angra do Heroísmo, em 15 de Novembro de 1851, e conta da venda dos salvados da dita barca.
Conforme consta deste protesto por virtude do temporal que originou este naufrágio, sabe-se que naufragaram no porto de Angra do Heroísmo no dia deste sinistro e nos anteriores, além da dita barca “Providência”, mais 7 navios de nacionalidade inglesa.
Conforme consta deste protesto por virtude do temporal que originou este naufrágio, sabe-se que naufragaram no porto de Angra do Heroísmo no dia deste sinistro e nos anteriores, além da dita barca “Providência”, mais 7 navios de nacionalidade inglesa.
(Termo de protesto e conta exarada a fls.31 e seguintes
do livro de «Registo dos diferentes actos praticados no
Vice-Consulado do Império do Brasil na ilha Terceira»).
do livro de «Registo dos diferentes actos praticados no
Vice-Consulado do Império do Brasil na ilha Terceira»).
Por este público instrumento de protesto se faz saber a todos que o presente virem, que perante mim, pessoalmente, compareceram neste Vice-Consulado do Império do Brasil na ilha Terceira, João Lopes da Costa, capitão e proprietário da barca brasileira “Providência”, de duzentas e setenta e nove toneladas, conforme o registo Nº 1641, procedente do Rio de Janeiro por Pernambuco e ilha de S. Miguel, e bem assim o primeiro piloto da dita barca e os respectivos marinheiros, todos abaixo assinados, os quais declararam ter o navio entrado no porto de Angra de Heroísmo em 14 de Setembro do corrente ano, com carga de géneros do Brasil, em cujo dia foi a mencionada barca ancorada como é costume neste dito porto, por ordem do Patrão-mor, com quatro amarras de ferro e ferros correspondentes, onde procedeu à descarga até ao dia 22 do mesmo mês de Setembro, ocasião em que foi visitada pela Repartição da Alfândega; e como a mencionada barca “Providência” estivesse destinada a regressar ao Rio de Janeiro, com passageiros colonos, tornou-se por isso indispensável ter pelo menos dois meses de demora, fundeada no porto, para a prontificação de mantimentos e aprestos necessários, passaportes de passageiros, etc.
Acrescentou o sobredito capitão haver solicitado ao Capitão do Porto desta cidade de Angra do Heroísmo, mandar-lhe um prático do serviço do porto, para novamente ancorar o navio em ancoradouro onde ficasse menos exposto à força do mar e ventos, que costumam reinar nesta estação, o que efectivamente se verificou sem inconveniente, até ao dia 28 de Outubro do corrente ano, em que aparecendo a atmosfera carregada, mandara reforçar a amarração de proa da barca com mais uma amarra de ferro, ficando desta forma muito bem ancorada com três boas amarras de ferro e ferros pela proa, e dois pela popa; não obstante, principiando no dia 5 do corrente mês de Novembro a refrescar com ventos de Leste e Sueste, que se mantiveram pelo espaço de 10 dias, e de dia em dia aumentando de velocidade, com o mar cada vez mais agitado e encapelado, ficando os navios incomunicaveis de terra para o mar e deste para terra; aconteceu que no dia 14 deste mês de Novembro, crescendo fortemente o temporal, deu este motivo ao funesto acontecimento de se verem naufragar três chalupas inglesas, denomidadas “Pearl”, “Speedy” e “Adelaide”, salvando-se a maior parte das suas tripulações e de outras embarcações inglesas que haviam abandonado os seus navios, permanecendo a bordo da mencionada barca “Providência”, até às 9 horas da manhã do dia 15, porque tendo sido reconhecido o eminente perigo de vida das pessoas que estavam a bordo, por razão de haverem rebentado na noite de 14 as duas amarras de ferro da popa, devido à escuna inglesa “Susan”, que garrando-lhe as suas âncoras, foi aguentar-se aos ferros das correntes da popa da “Providência”, partindo-as, pelo que veio a naufragar à meia-noite desse dia; e em seguida, já na madrugada do dia 15, às 3 horas da manhã naufragou a escuna inglesa “Miranda”.
À vista de tão tristíssimos incidentes, foi forçoso e de extrema necessidade lançar-se mão do feliz meio de se salvarem as vidas das muitas pessoas, que se achavam a bordo da “Providência”, sendo sete tripulantes da referida barca, e quatorze ingleses pertencentes às tripulações das chalupas naufragadas na véspera; conseguido o fim de se salvarem as vidas de todos à referida hora, realizado por meio dos cabos que se passaram de um dos mastros para a muralha do Castelo de S. João Baptista, no Monte Brasil, assim como a mais 16 ingleses, que à vista daquele benéfico socorro se passaram dos seus navios a ameaçar naufrágio, para bordo da “Providência”, o que felizmente conseguiram, cerca das 10 horas da manhã, continuando ainda à mesma hora fundeadas na baía do porto seis embarcações inglesas abandonadas, a barca “Providência” e o patacho português “Respeito”, unico navio que conservou a bordo, não só parte da tripulação, como a de três navios ingleses; todavia, sendo meio-dia, deitou o mesmo patacho bandeira a pedir socorro para terra, para que fosse salva a vida das pessoas embarcadas, o que foi conseguido por meio dos cabos de salvação, ficando igualmente abandonado.
Sensívelmente à mesma hora naufragaram mais duas escunas inglesas, das seis que permaneciam ancoradas às 9 horas da manhã; a “Spratley” e a “Ellen-Tane”. À 1 hora e meia da tarde foi visto de terra, haver-se rebentado uma das amarras da proa da barca “Providência”, perdendo de seguida o leme, ao colidir com a cortina do Monte Brasil, e próximo das 2 horas, o cadaste da popa ameaçava dentro em pouco ficar destruido, presumindo-se acharem-se os mastros seguros pelas amarras, tal como estavam antes de se dar o naufrágio.
Por este sinistro protesta o capitão e proprietário contra quem direito tiver, podendo ratificar o protesto, onde e perante qualquer autoridade se necessário, para que possa haver dos seguradores a importância respectiva. Em consequência do dito acontecimento, os comparecentes requereram um Auto, que servisse para eles e outros interessados, onde e quando seja necessário; por isso em virtude do seu requerimento lhes tomei o protesto, que ele capitão e todos comigo assinaram, em Angra do Heroísmo - Ilha Terceira, 17 de Novembro de 1851.
Acrescentou o sobredito capitão haver solicitado ao Capitão do Porto desta cidade de Angra do Heroísmo, mandar-lhe um prático do serviço do porto, para novamente ancorar o navio em ancoradouro onde ficasse menos exposto à força do mar e ventos, que costumam reinar nesta estação, o que efectivamente se verificou sem inconveniente, até ao dia 28 de Outubro do corrente ano, em que aparecendo a atmosfera carregada, mandara reforçar a amarração de proa da barca com mais uma amarra de ferro, ficando desta forma muito bem ancorada com três boas amarras de ferro e ferros pela proa, e dois pela popa; não obstante, principiando no dia 5 do corrente mês de Novembro a refrescar com ventos de Leste e Sueste, que se mantiveram pelo espaço de 10 dias, e de dia em dia aumentando de velocidade, com o mar cada vez mais agitado e encapelado, ficando os navios incomunicaveis de terra para o mar e deste para terra; aconteceu que no dia 14 deste mês de Novembro, crescendo fortemente o temporal, deu este motivo ao funesto acontecimento de se verem naufragar três chalupas inglesas, denomidadas “Pearl”, “Speedy” e “Adelaide”, salvando-se a maior parte das suas tripulações e de outras embarcações inglesas que haviam abandonado os seus navios, permanecendo a bordo da mencionada barca “Providência”, até às 9 horas da manhã do dia 15, porque tendo sido reconhecido o eminente perigo de vida das pessoas que estavam a bordo, por razão de haverem rebentado na noite de 14 as duas amarras de ferro da popa, devido à escuna inglesa “Susan”, que garrando-lhe as suas âncoras, foi aguentar-se aos ferros das correntes da popa da “Providência”, partindo-as, pelo que veio a naufragar à meia-noite desse dia; e em seguida, já na madrugada do dia 15, às 3 horas da manhã naufragou a escuna inglesa “Miranda”.
À vista de tão tristíssimos incidentes, foi forçoso e de extrema necessidade lançar-se mão do feliz meio de se salvarem as vidas das muitas pessoas, que se achavam a bordo da “Providência”, sendo sete tripulantes da referida barca, e quatorze ingleses pertencentes às tripulações das chalupas naufragadas na véspera; conseguido o fim de se salvarem as vidas de todos à referida hora, realizado por meio dos cabos que se passaram de um dos mastros para a muralha do Castelo de S. João Baptista, no Monte Brasil, assim como a mais 16 ingleses, que à vista daquele benéfico socorro se passaram dos seus navios a ameaçar naufrágio, para bordo da “Providência”, o que felizmente conseguiram, cerca das 10 horas da manhã, continuando ainda à mesma hora fundeadas na baía do porto seis embarcações inglesas abandonadas, a barca “Providência” e o patacho português “Respeito”, unico navio que conservou a bordo, não só parte da tripulação, como a de três navios ingleses; todavia, sendo meio-dia, deitou o mesmo patacho bandeira a pedir socorro para terra, para que fosse salva a vida das pessoas embarcadas, o que foi conseguido por meio dos cabos de salvação, ficando igualmente abandonado.
Sensívelmente à mesma hora naufragaram mais duas escunas inglesas, das seis que permaneciam ancoradas às 9 horas da manhã; a “Spratley” e a “Ellen-Tane”. À 1 hora e meia da tarde foi visto de terra, haver-se rebentado uma das amarras da proa da barca “Providência”, perdendo de seguida o leme, ao colidir com a cortina do Monte Brasil, e próximo das 2 horas, o cadaste da popa ameaçava dentro em pouco ficar destruido, presumindo-se acharem-se os mastros seguros pelas amarras, tal como estavam antes de se dar o naufrágio.
Por este sinistro protesta o capitão e proprietário contra quem direito tiver, podendo ratificar o protesto, onde e perante qualquer autoridade se necessário, para que possa haver dos seguradores a importância respectiva. Em consequência do dito acontecimento, os comparecentes requereram um Auto, que servisse para eles e outros interessados, onde e quando seja necessário; por isso em virtude do seu requerimento lhes tomei o protesto, que ele capitão e todos comigo assinaram, em Angra do Heroísmo - Ilha Terceira, 17 de Novembro de 1851.
Conta da venda dos salvados da barca brasileira
“Providência”, capitão e proprietário João Lopes da
Costa, naufragada na baía do porto de Angra do
Heroísmo, ilha Terceira, no dia 15 de Novembro de
1851, e arrematados em hasta pública na Alfândega
da mesma cidade no dia 27 do dito mês.
“Providência”, capitão e proprietário João Lopes da
Costa, naufragada na baía do porto de Angra do
Heroísmo, ilha Terceira, no dia 15 de Novembro de
1851, e arrematados em hasta pública na Alfândega
da mesma cidade no dia 27 do dito mês.
Lote 1º - Resto do casco, mastros, vergas, pano, três correntes e duas ancoras, e todos os mais fragmentos pertencentes ao navio, avaliados em 480 mil reis. Foi arrematado por Júlio Teófilo de Noronha por 513 mil reis.
Lote 2º - Uma porção de madeira salva no Porto-novo avaliada em 50 mil reis. Foi arrematada por João Lopes da Costa por 80 mil reis.
Lote 3º - Mastro da gata, dois cadernais, uma jarra vazia, uma pequena porção de cabos e outra de cobre, e madeira no cais, avaliada em 20 mil reis. Foi arrematado por António Carlos Xilberg, por 25 mil e cem reis.
Da venda dos salvados resultou um produto liquido orçado em quinhentos e dezasseis mil, cento e cinquenta reis, entregues ao capitão e proprietário da barca, sr. João Lopes da Costa. Angra do Heroísmo, 2 de Dezembro de 1851
Fonte consultada
Martins, Francisco Ernesto de Oliveira, Dos Açores e do Brasil, nos 500 anos, pp. 95/98, SerSilito – Empresa Gráfica, Lda., Maia, ISBN 972-96922-2-x
Também por força do temporal verificado nas ilhas do grupo central, registaram-se igualmente no dia 14, o naufrágio do iate brasileiro “Amizade”, sendo que a tripulação estava em terra, e no dia 15, deu-se o encalhe e subsequente destruição do brigue português “Cruz”, ambos os sinistros ocorridos na ilha do Faial.
Lote 2º - Uma porção de madeira salva no Porto-novo avaliada em 50 mil reis. Foi arrematada por João Lopes da Costa por 80 mil reis.
Lote 3º - Mastro da gata, dois cadernais, uma jarra vazia, uma pequena porção de cabos e outra de cobre, e madeira no cais, avaliada em 20 mil reis. Foi arrematado por António Carlos Xilberg, por 25 mil e cem reis.
Da venda dos salvados resultou um produto liquido orçado em quinhentos e dezasseis mil, cento e cinquenta reis, entregues ao capitão e proprietário da barca, sr. João Lopes da Costa. Angra do Heroísmo, 2 de Dezembro de 1851
Fonte consultada
Martins, Francisco Ernesto de Oliveira, Dos Açores e do Brasil, nos 500 anos, pp. 95/98, SerSilito – Empresa Gráfica, Lda., Maia, ISBN 972-96922-2-x
Também por força do temporal verificado nas ilhas do grupo central, registaram-se igualmente no dia 14, o naufrágio do iate brasileiro “Amizade”, sendo que a tripulação estava em terra, e no dia 15, deu-se o encalhe e subsequente destruição do brigue português “Cruz”, ambos os sinistros ocorridos na ilha do Faial.
terça-feira, 5 de janeiro de 2021
Emigração açoriana para o Brasil
Movimento de navios portugueses e brasileiros com destino ou procedentes do Brasil, de que há notícia no porto de Angra do Heroísmo, até ao naufrágio do vapor “Lidador”.
O êxodo descontrolado de emigração para o Brasil, provocou junto das autoridades locais um violento mal estar, como segue:
«O Administrador Geral do Distrito de Angra do Heroísmo, faz público o que seguinte:
Tendo-se tornado um objecto grave, e da mais séria ponderação, o extraordinário embarque dos moradores desta ilha, e das de S. Jorge e Graciosa para o Império do Brasil, tal como o que ultimamente se realizou a bordo do bergantim brasileiro “Nova Sociedade”:
E tendo mostrado a experiência que não há conselhos que tendo asas de força para demoverem qualquer pessoa do intento uma vez formado de ir visitar as praias do novo mundo; pois que nem os incómodos e perigos duma viagem longa, nem o receio da privação da liberdade, nem a apreensão duma sorte desgraçada, nem a perda da Pátria, nem a separação da família, dos parentes e dos amigos, nem os rigores dum clima abrasador – nada pode desvanecer as ilusões de fortuna e de bens sem conta que a imaginação mais exaltada oferece em perspectiva aqueles infelizes...
E sendo do dever dos Magistrados Administrativos considerar com o maior escrúpulo e circunspecção tudo quanto directa ou indirectamente pode diminuir a população, prejudicar a agricultura, as artes, o comércio, atenuar as rendas do Estado, e tornar mais pesados e onerosos os encargos públicos – inconvenientes estes que além de outros se verificam na funestíssima Emigração Açoriana:
Por todos estes motivos, e outros, consultou o Governo de Sua Majestade, pedindo instruções, as mais terminantes, sobre um assunto tão melindroso, a fim de proceder a semelhante respeito com toda a segurança, e bons termos – decidido a negar passaportes para o referido Império do Brasil, enquanto não baixarem a esta Administração Geral as solicitadas instruções.
E para que a todos os moradores do Distrito de Angra do Heroísmo, ou a quem convier, conste que não se dão passaportes para o Brasil até serem recebidas as ordens de Sua Majestade a Rainha – se mandou fazer este Alvará, que será publicado em todos os Concelhos e Freguesias – bem como se farão mais tarde publicar as ordens de Sua Majestade logo que chegarem.
Palácio da Administração em Angra, 23 de Outubro de 1840
O Administrador Geral, José Silvestre Ribeiro»
Quanto ao pedido de instruções para ajudar à resolução do problema, parto do pressuposto que após implantada a “Lei da Rolha”, anulando a possibilidade dos locais continuarem a emigrar para o Brasil, volvidos dez anos, o tráfego marítimo pode ter inclusivamente aumentado, como a seguir se explica:
Janeiro de 1851
- Barca “Maria 2ª”, de nacionalidade brasileira, arqueando 246 toneladas, chegou procedente do Rio de Janeiro, tendo saído de regresso ao porto de origem, conduzindo a bordo 21 tripulantes. Embarcaram em Angra 62 colonos, mantimentos e mercadoria diversa.
Maio de 1851
- Brigue-escuna “Rival”, de nacionalidade portuguesa, arqueando 169 toneladas, chegou procedente do Rio de Janeiro, tendo saído de regresso ao porto de origem, conduzindo a bordo 28 tripulantes. Embarcaram 48 colonos, mantimentos e mercadoria diversa.
- Brigue “Visconde de Bruges”, de nacionalidade portuguesa, arqueando 120 toneladas, chegou procedente da ilha Terceira, tendo saído com destino ao Rio de Janeiro, conduzindo a bordo 18 tripulantes.
Julho de 1851
- Brigue “Prenda”, de nacionalidade portuguesa, arqueando 177 toneladas, chegou procedente do Rio de Janeiro, tendo saído de regresso ao porto de origem, conduzindo a bordo 28 tripulantes. Embarcaram 8 colonos, mantimentos e mercadoria diversa.
Setembro de 1851
- Galera “Sophia”, de nacionalidade brasileira, arqueando 380 toneladas, chegou procedente do Rio de Janeiro, tendo efectuado escala no Faial. Na viagem de regresso ao Brasil passou por S. Miguel seguindo depois com destino à Bahia.
Outubro de 1851
- Brigue-escuna “Rival”, de nacionalidade portuguesa, arqueando 169 toneladas, chegou procedente do Rio de Janeiro, tendo saído de regresso ao Rio. Embarcaram 41 colonos, e mercadoria diversa.
Dezembro de 1851
- Barca “Providência”, de nacionalidade brasileira, arqueando 298 toneladas, chegou procedente do Rio de Janeiro, por Pernambuco e S. Miguel. Naufragou em Angra do Heroísmo.
Março de 1852
- Brigue “Athelante”, de nacionalidade brasileira, arqueando 313 toneladas, chegou procedente de Lisboa, tendo saído com destino ao Rio de Janeiro. Embarcaram 45 colonos, e mercadoria diversa.
Abril de 1852
- Brigue “Prenda”, de nacionalidade portuguesa, arqueando 177 toneladas, chegou procedente do Rio de Janeiro, tendo saído de regresso ao porto de origem. Embarcaram em Angra 25 colonos, mantimentos e mercadoria diversa.
Agosto de 1852
- Galera “Sophia”, de nacionalidade brasileira, arqueando 380 toneladas, chegou a Angra procedente do Rio de Janeiro, tendo efectuado escalas em Lisboa e no Faial.
Março de 1853
- Patacho “Desengano”, de nacionalidade portuguesa, arqueando 161 toneladas, chegou procedente do Rio de Janeiro, tendo saído de regresso ao porto de origem. Embarcaram em Angra 36 colonos, mantimentos e mercadoria diversa.
Maio de 1853
- Brigue “Amizade”, de nacionalidade brasileira, arqueando 251 toneladas, chegou procedente dos portos do Rio de Janeiro e Pernambuco. Saiu apenas em Junho devido a eventuais condições de mau tempo. Transportou 25 colonos.
Outubro de 1853
- Galera “Sophia”, de nacionalidade brasileira, arqueando 380 toneladas, chegou a Angra procedente de Ponta Delgada, e do Faial.
Novembro de 1853
- Barca “Novo Rival”, de nacionalidade portuguesa, arqueando 257 toneladas, partiu com destino ao Rio de Janeiro. Embarcaram em Angra 70 colonos, mantimentos e mercadoria diversa.
Junho de 1854
- Brigue “Prenda”, de nacionalidade portuguesa, arqueando 177 toneladas, saiu para o Rio de Janeiro, transportando 63 colonos.
- Barca “Novo Rival”, de nacionalidade portuguesa, arqueando 257 toneladas, saiu para o Rio de Janeiro. Embarcaram 139 colonos.
- Barca “Novo Rival”, de nacionalidade portuguesa, arqueando 257 toneladas, saiu para o Rio de Janeiro. Embarcaram 139 colonos.
Dezembro de 1854
- Brigue “Prenda”, de nacionalidade portuguesa, arqueando 177 toneladas, saiu para o Rio de Janeiro, transportando 88 colonos.
Março de 1855
- Barca “Novo Rival”, de nacionalidade portuguesa, arqueando 257 toneladas, partiu para o Rio de Janeiro. Embarcaram 110 colonos.
Agosto de 1855
- Brigue “Prenda”, de nacionalidade portuguesa, arqueando 177 toneladas, saiu para o Rio de Janeiro, transportando 177 colonos.
Setembro de 1855
- Barca “Novo Rival”, de nacionalidade portuguesa, arqueando 257 toneladas, partiu para o Rio de Janeiro. Embarcaram 126 colonos.
Outubro de 1855
- Patacho “D. Pedro V”, de nacionalidade brasileira, arqueando 228 toneladas, saiu para o Rio de Janeiro. Transportou 132 colonos.
Maio de 1856
- Patacho “D. Pedro V”, de nacionalidade brasileira, arqueando 228 toneladas, chegou procedente do Faial. Saiu com destino ao Rio de Janeiro. Transportou 250 colonos.
Junho de 1856
- Barca “Novo Rival”, de nacionalidade portuguesa, arqueando 257 toneladas, partiu para o Rio de Janeiro. Embarcaram em 112 colonos.
Agosto de 1873
- Vapor “Lidador”, de nacionalidade brasileira, arqueando 892 toneladas, seguiu viagem no dia 2 deste mês com destino a Pernambuco, levando a bordo 180 casais.
Fevereiro de 1878
- Vapor “Lidador”, de nacionalidade brasileira, arqueando 892 toneladas, chegou à ilha Terceira no dia 7, procedente do Faial, tendo agendada a partida com destino ao Rio de Janeiro, com escala na ilha de S. Miguel. Porém, como depois explicaremos, por motivo de mau tempo, o vapor naufragou junto ao cais da Figueirinha, no dia seguinte, vindo por esse motivo a ser considerado perda total.
Fonte consultada
Martins, Francisco Ernesto de Oliveira, Dos Açores e do Brasil, nos 500 anos, pp. 86-103/104, SerSilito – Empresa Gráfica, Lda., Maia, ISBN 972-96922-2-x
Martins, Francisco Ernesto de Oliveira, Dos Açores e do Brasil, nos 500 anos, pp. 86-103/104, SerSilito – Empresa Gráfica, Lda., Maia, ISBN 972-96922-2-x
- Continua -
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