quarta-feira, 21 de junho de 2017

História trágico-marítima (CCXXI)


Ocorrências registadas em Junho de 1860

Em Caminha – Naufrágio
No dia 1 do corrente, pelas 7 horas da tarde, encalhou na barra de Caminha o caíque “Três Amigos”, que vinha de Aveiro com um carregamento de sal. Salvou-se a tripulação, mas muito poucos aparelhos. O barco pertencia à casa dos srs. Pereira & Filhos, de Aveiro.
(In jornal “Comércio do Porto”, quarta-feira, 6 de Junho de 1860)

No rio Douro – Sinistro
Achando-se ancorado no Ouro o palhabote “Heroísmo”, que viera dos Açores carregado de pozolana (terra avermelhada de origem vulcânica), para as obras da alfândega, na madrugada do dia 4, alguém mal intencionado cortou-lhe os cabos de terra, e em consequência disso o navio garrou e caiu nas pedras. Às 7 horas da manhã chegou ali o sr. director das obras públicas, que mandando vir as catraias e gente das obras da barra, tão acertadas providências deu, que foi possível salvar o navio, sem avaria nem perigo.
(In jornal “Comércio do Porto”, terça-feira, 5 de Junho de 1860)

Em Faro – Naufrágio
Por participação do director interino do círculo das alfândegas do Algarve, consta que no dia 15 do corrente mês naufragara na ilha, um pouco a oeste da barreta do porto de Faro, o bergantim napolitano “S. Miguel”, capitão Vicente Riccio, e carregador W.N. Mattos, pertencente ao porto de Procida, e procedente de Swansea com carvão de pedra, para a Serra Leoa. Toda a tripulação foi salva.
(In jornal “Comércio do Porto”, quinta-feira, 28 de Junho de 1860)

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