sábado, 5 de abril de 2014

História trágico-marítima (CXXXIV)


O encalhe da barca “Die Matrone”

Imagem sem correspondência ao texto

Sinistro marítimo
Ontem (17.07.1864), perto das 2 horas da tarde, vindo a entrar a barra uma barca russiana, encalhou na restinga de areia próxima das pedras de «Felgueiras», ficando em seco. A barca denomina-se “Die Matrone”, capitão Lopp, e vinha de Riga em 28 dias de viagem, com um carregamento de aduela consignado ao sr. Miguel de Souza Guedes.
Em consequência da maré estar na vazante, resolveram os pilotos que o navio fosse aliviado da carga para ver se poderia ser safo na maré da noite, e assim aconteceu.
Uma parte da aduela foi descarregada para catraias, e pela 1 hora da noite a barca pôde ser desencalhada com o auxílio do vapor de reboques “Foz do Douro”, achando-se já fundeada no rio Douro, sem ter sofrido avaria. Valeu de muito para o excelente resultado do desencalhe do navio o bom estado do mar.
(In jornal “Comércio do Porto”, segunda, 18 de Julho de 1864)

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