Incêndio
Nos porões do vapor alemão “Lisboa”, surto no rio Douro, em frente à Alfândega, manifestou-se há dias um violento incêndio, ardendo toda a carga, que constava de carvão, arroz e açúcar. Os prejuízos ascendem a 100 contos de reis.
In (Jornal “O Nauta”, Nº 442, de 9 de Outubro de 1913).
In (Jornal “O Nauta”, Nº 442, de 9 de Outubro de 1913).
“ Lisboa “ (2)
1911-1943
Armador: Oldenburg Portuguiesche Dampshiffsahrts Reederei,
Oldenburgo, Alemanha
e sensivelmente no mesmo local.
1911-1943
Armador: Oldenburg Portuguiesche Dampshiffsahrts Reederei,
Oldenburgo, Alemanha
O nm "Pasajes" cerca de 40 anos depois do incêndio do "Lisboa",
no rio Douro, também a descarregar em circunstâncias identicase sensivelmente no mesmo local.
Nº Oficial: -?- - Iic.: N.H.C.G. – Porto de registo: Oldenburgo
Construtor: Schiffsw. Henry Koch, Lubeca, Alemanha, 04.1911
Arqueação: Tab 1.799,00 tons - Tal 1.090,00 tons
Dimensões: Pp 84,64 mtrs - Boca 11,95 mtrs - Pontal 5,46 mtrs
Propulsão: Ottensener, 1911 - 1:Te - 3:Ci - 163 Nhp - 9,5 m/h
Construtor: Schiffsw. Henry Koch, Lubeca, Alemanha, 04.1911
Arqueação: Tab 1.799,00 tons - Tal 1.090,00 tons
Dimensões: Pp 84,64 mtrs - Boca 11,95 mtrs - Pontal 5,46 mtrs
Propulsão: Ottensener, 1911 - 1:Te - 3:Ci - 163 Nhp - 9,5 m/h
O navio foi capturado por The Shipping Controller, de Londres, em 1920, passando a navegar com registo inglês. Foi readquirido pela O.P.D.R. em 1921, regressando ao serviço comercial. Torpedeado pelo submarino inglês H.M.S. ”Unruffled”, ao largo de Sousse, Tunísia, em 31.01.1943
= Grande incêndio a bordo =
Cerca das dez horas da noite de ontem (19 de Setembro de 1914), manifestou-se um incêndio a bordo do vapor alemão “Lisboa”, entrado durante o dia no rio Douro, procedente de Hamburgo via Lisboa, encontrando-se ancorado em frente a Monchique. O vapor, de 1.090 toneladas, vinha consignado à firma H. Burmester & Cª., societária da respectiva companhia, trazendo diverso carregamento, entre os quais géneros, como açúcar, arroz, etc., tecidos e outras mercadorias.
O fogo, cuja causa se ignora, irrompeu com certa violência no porão nº 3, da popa, onde estavam procedendo à descarga, que devia prolongar-se por toda a noite, diversos trabalhadores, entre eles Alfredo Morais Carvalho, de cima do Muro dos Bacalhoeiros; Ramiro da Fonseca, da rua de Miragaia; José Espada, do Barredo; Nestor Ferreira, Joãoe Domingos , todos de Gaia. Esses homens, conseguiram fugir apressadamente, pelos porões nºs. 4 e 5, que felizmente estavam abertos, pois de contrário corriam perigo de perecer asfixiados.
No momento de se dar o incêndio houve grande borborinho e pânico a bordo, silvando as sirenes do navio e dos vapores ancorados no rio. Como constasse logo o sinistro, propalando-se ter sido ocasionado por explosão, afluíram a Monchique numerosíssimas pessoas, bem como piquetes de cavalaria e de infantaria da guarda republicana e policia civil. O Sr. Gerhard Burmester, que na ocasião estava na sua residência, à Foz, sendo prevenido por telefonema desde a Alfândega, pelo seu empregado Sr. Alvaro da Fonseca Rosa, compareceu pouco depois, indo e conservando-se a bordo toda a noite. Também esteve a bordo o vogal da comissão administrativa municipal de Gaia, Sr. Manoel Pereira Mathias, vereador do pelouro de incêndios.
Os trabalhos de ataque, iniciados com valentia pelos bombeiros municipais de Gaia e do Porto e voluntários da cidade, sob a direcção dos respectivos comandantes e inspectores, uns a bordo e outros em barcaças atracadas ao vapor incendiado, foram fatigantes, devido ao intenso calor produzido pelo fogo que lavrava no porão, de onde a princípio irromperam intensas chamas e espessos rolos de fumo e que depois foi fechado. As labaredas saíam então pela vigia do porão, sendo assestadas mangueiras para esse e outros pontos do navio. Uma das bombas a vapor foi colocada numa das aludidas barcaças, ficando outra na margem direita do rio. Por vezes foram dados sinais nas torres, chamando reforço dos bombeiros, por isso que, pelas duas horas da madrugada, o fogo continuava a lavrar com intensidade.
A fim de facilitar mais os trabalhos de extinção e pôr o vapor a coberto de maior perigo, foram requisitados os rebocadores “Águia” e “Minho”, para rebocar o “Lisboa” para a margem esquerda do rio, em Santo António do Vale da Piedade, para o vapor ficar mais próximo daquele local, do que podia conseguir na margem direita. Na ocasião em que trabalhavam a bordo ficaram feridos, no rosto e numa mão, o estivador Izauro e o barqueiro Virgílio da Costa Florim, no pé esquerdo, sendo esse pensado no hospital da Misericórdia. No local conservou-se, durante a noite, o pessoal e material da delegação da Cruz Vermelha, a fim de prestar os seus serviços.
O “Lisboa”, que devia seguir durante o dia de hoje para as ilhas Canárias, teve de adiar a viagem para dia indeterminado, dependendo isso das reparações que terá de sofrer por motivo do sinistro. Dizem-nos que o valor do casco do navio é superior a 130 contos de reis. A carga é também superior a 600 toneladas.
A estibordo do “Lisboa” fundeou, depois de já estarem a trabalhar os bombeiros, o vapor “Lusitânia”, que trabalhou com o estanca-rios metendo água no porão do navio incendiado. Às duas e meia da madrugada estava sendo colocada a bordo de uma barcaça mais uma bomba a vapor dos bombeiros municipais do Porto e no cais de Monchique estava de prevenção uma outra bomba a vapor, pronta a funcionar, se porventura a que estava em terra avariasse. O bombeiro municipal nº 68 foi atingido nos queixos com a junção metálica de uma mangueira, ficando bastante ferido. Os bombeiros municipais tinham montadas em terra sete agulhetas, havendo além destas as agulhetas dos bombeiros voluntários do Porto e municipais de Gaia. Às três horas e meia da madrugada ainda os trabalhos estavam muito demorados.
In (Jornal “O Comércio do Porto”, de 20 de Setembro de 1914)
O fogo, cuja causa se ignora, irrompeu com certa violência no porão nº 3, da popa, onde estavam procedendo à descarga, que devia prolongar-se por toda a noite, diversos trabalhadores, entre eles Alfredo Morais Carvalho, de cima do Muro dos Bacalhoeiros; Ramiro da Fonseca, da rua de Miragaia; José Espada, do Barredo; Nestor Ferreira, João
No momento de se dar o incêndio houve grande borborinho e pânico a bordo, silvando as sirenes do navio e dos vapores ancorados no rio. Como constasse logo o sinistro, propalando-se ter sido ocasionado por explosão, afluíram a Monchique numerosíssimas pessoas, bem como piquetes de cavalaria e de infantaria da guarda republicana e policia civil. O Sr. Gerhard Burmester, que na ocasião estava na sua residência, à Foz, sendo prevenido por telefonema desde a Alfândega, pelo seu empregado Sr. Alvaro da Fonseca Rosa, compareceu pouco depois, indo e conservando-se a bordo toda a noite. Também esteve a bordo o vogal da comissão administrativa municipal de Gaia, Sr. Manoel Pereira Mathias, vereador do pelouro de incêndios.
Os trabalhos de ataque, iniciados com valentia pelos bombeiros municipais de Gaia e do Porto e voluntários da cidade, sob a direcção dos respectivos comandantes e inspectores, uns a bordo e outros em barcaças atracadas ao vapor incendiado, foram fatigantes, devido ao intenso calor produzido pelo fogo que lavrava no porão, de onde a princípio irromperam intensas chamas e espessos rolos de fumo e que depois foi fechado. As labaredas saíam então pela vigia do porão, sendo assestadas mangueiras para esse e outros pontos do navio. Uma das bombas a vapor foi colocada numa das aludidas barcaças, ficando outra na margem direita do rio. Por vezes foram dados sinais nas torres, chamando reforço dos bombeiros, por isso que, pelas duas horas da madrugada, o fogo continuava a lavrar com intensidade.
A fim de facilitar mais os trabalhos de extinção e pôr o vapor a coberto de maior perigo, foram requisitados os rebocadores “Águia” e “Minho”, para rebocar o “Lisboa” para a margem esquerda do rio, em Santo António do Vale da Piedade, para o vapor ficar mais próximo daquele local, do que podia conseguir na margem direita. Na ocasião em que trabalhavam a bordo ficaram feridos, no rosto e numa mão, o estivador Izauro e o barqueiro Virgílio da Costa Florim, no pé esquerdo, sendo esse pensado no hospital da Misericórdia. No local conservou-se, durante a noite, o pessoal e material da delegação da Cruz Vermelha, a fim de prestar os seus serviços.
O “Lisboa”, que devia seguir durante o dia de hoje para as ilhas Canárias, teve de adiar a viagem para dia indeterminado, dependendo isso das reparações que terá de sofrer por motivo do sinistro. Dizem-nos que o valor do casco do navio é superior a 130 contos de reis. A carga é também superior a 600 toneladas.
A estibordo do “Lisboa” fundeou, depois de já estarem a trabalhar os bombeiros, o vapor “Lusitânia”, que trabalhou com o estanca-rios metendo água no porão do navio incendiado. Às duas e meia da madrugada estava sendo colocada a bordo de uma barcaça mais uma bomba a vapor dos bombeiros municipais do Porto e no cais de Monchique estava de prevenção uma outra bomba a vapor, pronta a funcionar, se porventura a que estava em terra avariasse. O bombeiro municipal nº 68 foi atingido nos queixos com a junção metálica de uma mangueira, ficando bastante ferido. Os bombeiros municipais tinham montadas em terra sete agulhetas, havendo além destas as agulhetas dos bombeiros voluntários do Porto e municipais de Gaia. Às três horas e meia da madrugada ainda os trabalhos estavam muito demorados.
In (Jornal “O Comércio do Porto”, de 20 de Setembro de 1914)
= O incêndio a bordo =
Ampliando a notícia acerca do grande incêndio ocorrido na noite de ante-ontem, no porão nº 3 do vapor alemão “Lisboa”, ancorado no rio Douro, em frente a Monchique, juntamos mais os seguintes pormenores:
O navio construído há dois anos na Alemanha, é uma embarcação magnifica, de tipo moderno, tendo importado em cerca de 180:000$000 e feito viagens para os portos portugueses e Marrocos, destinando-se ao transporte de mercadorias e de passageiros.
Antes de ancorar, pelas cinco horas da tarde, no rio Douro, o vapor havia descarregado em Lisboa carga diversa, no valor de uns 200:000$00 réis. O restante carregamento, na totalidade de 628 toneladas, constava, na maior parte, de arroz e açúcar (três mil e tantos sacos); fardos de papel, linho, seda, cânhamo, goma, tintas preparadas, salitre, produtos químicos, adubos químicos para a agricultura, maquinismos, quinquilharias, pianos, etc. Está averiguado que o sinistro ficou a dever-se ao arrombamento de uma caixa de verniz, derramando-se o liquido pelo pavimento do porão nº 3 e inflamando-se ao pretenderem com uma luz, verificar a causa do acidente. O fogo, alimentado pelo verniz de outras latas, que rebentaram na ocasião, produzindo pequenas detonações, comunicou-se rapidamente a todo o porão, tomando a breve trecho extraordinário incremento, danificando tudo quanto continha, bem como parte da carga acomodada no porão nº 4, que ficou deteriorada pelo excessivo calor e abundância de água. O carregamento dos porões nºs. 1 e 2, constante, em grande parte, de arroz, ficou intacto.
Pelo mesmo motivo, também a maquina do vapor carece de reparação, contando os engenheiros de bordo, auxiliados por oficiais técnicos de terra, faze-la a funcionar por toda a próxima semana. As caldeiras estão incólumes, mas o leme a vapor, o convés e a coberta sofreram grandes avarias, tendo ficado as chapas metálicas que revestem exteriormente o navio, bastante amolgadas, no sitio do foco do incêndio. Calculam-se os prejuízos no vapor e carregamento, em 50:000$000, cobertos por varias companhias estrangeiras. A carga estava segura em cerca de 80:000$000. Os oficiais de bordo ficaram sem os seus haveres, tendo-se perdido todos os mantimentos do vapor.
Os trabalhos de extinção, contínuos e fatigantes, terminaram pelas oito horas da manhã, tendo sido muito apreciados os serviços das corporações de bombeiros intervenientes. Também prestou excelente serviço o vapor “Lusitânia”, trabalhando com o possante estanca-rios, introduzindo enormíssima porção de água no porão incendiado. Este vapor, requisitado pelo capitão do “Lisboa”, Sr. M. Nissen, foi mantido de prevenção próximo ao navio. Além do Sr. Gerhard Burmester, que conforme foi dito se conservou toda a noite de ante-ontem a bordo, também ali compareceram o chefe do departamento marítimo, o Sr. Tenente Queiroz, da Marinha e diversos pilotos do serviço de pilotagem. Também esteve presente o Sr, Franz Burmester.
Pelas duas horas da tarde de ontem apareceu fogo no compartimento do carvão, originado por combustão espontânea, que foi prontamente extinto pelas mangueiras de bordo do vapor, cujas bombas estiveram, durante o dia, a trabalhar no esgotamento da água, devendo prosseguir hoje nesse serviço, com o auxílio de uma bomba dos bombeiros municipais, requisitada pelo Sr. Gerhard Burmester. Como medida de precaução, ficou a bordo do “Lisboa”, na noite passada, um piquete dos mesmos bombeiros.
Amanhã, de manhã, deve continuar a descarga das mercadorias, que ficarão arrecadadas num armazém especial da Alfândega as que estiverem em perfeito estado de conservação, até serem reclamadas pelos respectivos donos e removidas para as barcaças as que ficaram inutilizadas, a fim de se lhes dar o conveniente destino. Foi reforçada a fiscalização da marginal, com o pessoal disponível, a fim de evitar descaminho das mercadorias que, antes do incêndio, tinham sido recolhidas em barcaças. Logo que fiquem concluídos os trabalhos de reparação provisória, a que se vai proceder imediatamente, o vapor seguirá para a Alemanha, onde será devidamente reparado. O navio pertence à frota da companhia Oldenburg Portugiesiche Dampschiffs.
In (Jornal “O Comércio do Porto”, de 21 de Setembro de 1914)
Nota: Informação posterior confirma a saída do vapor do rio Douro, no dia 29 de Setembro com destino à Alemanha, via Setúbal.
O navio construído há dois anos na Alemanha, é uma embarcação magnifica, de tipo moderno, tendo importado em cerca de 180:000$000 e feito viagens para os portos portugueses e Marrocos, destinando-se ao transporte de mercadorias e de passageiros.
Antes de ancorar, pelas cinco horas da tarde, no rio Douro, o vapor havia descarregado em Lisboa carga diversa, no valor de uns 200:000$00 réis. O restante carregamento, na totalidade de 628 toneladas, constava, na maior parte, de arroz e açúcar (três mil e tantos sacos); fardos de papel, linho, seda, cânhamo, goma, tintas preparadas, salitre, produtos químicos, adubos químicos para a agricultura, maquinismos, quinquilharias, pianos, etc. Está averiguado que o sinistro ficou a dever-se ao arrombamento de uma caixa de verniz, derramando-se o liquido pelo pavimento do porão nº 3 e inflamando-se ao pretenderem com uma luz, verificar a causa do acidente. O fogo, alimentado pelo verniz de outras latas, que rebentaram na ocasião, produzindo pequenas detonações, comunicou-se rapidamente a todo o porão, tomando a breve trecho extraordinário incremento, danificando tudo quanto continha, bem como parte da carga acomodada no porão nº 4, que ficou deteriorada pelo excessivo calor e abundância de água. O carregamento dos porões nºs. 1 e 2, constante, em grande parte, de arroz, ficou intacto.
Pelo mesmo motivo, também a maquina do vapor carece de reparação, contando os engenheiros de bordo, auxiliados por oficiais técnicos de terra, faze-la a funcionar por toda a próxima semana. As caldeiras estão incólumes, mas o leme a vapor, o convés e a coberta sofreram grandes avarias, tendo ficado as chapas metálicas que revestem exteriormente o navio, bastante amolgadas, no sitio do foco do incêndio. Calculam-se os prejuízos no vapor e carregamento, em 50:000$000, cobertos por varias companhias estrangeiras. A carga estava segura em cerca de 80:000$000. Os oficiais de bordo ficaram sem os seus haveres, tendo-se perdido todos os mantimentos do vapor.
Os trabalhos de extinção, contínuos e fatigantes, terminaram pelas oito horas da manhã, tendo sido muito apreciados os serviços das corporações de bombeiros intervenientes. Também prestou excelente serviço o vapor “Lusitânia”, trabalhando com o possante estanca-rios, introduzindo enormíssima porção de água no porão incendiado. Este vapor, requisitado pelo capitão do “Lisboa”, Sr. M. Nissen, foi mantido de prevenção próximo ao navio. Além do Sr. Gerhard Burmester, que conforme foi dito se conservou toda a noite de ante-ontem a bordo, também ali compareceram o chefe do departamento marítimo, o Sr. Tenente Queiroz, da Marinha e diversos pilotos do serviço de pilotagem. Também esteve presente o Sr, Franz Burmester.
Pelas duas horas da tarde de ontem apareceu fogo no compartimento do carvão, originado por combustão espontânea, que foi prontamente extinto pelas mangueiras de bordo do vapor, cujas bombas estiveram, durante o dia, a trabalhar no esgotamento da água, devendo prosseguir hoje nesse serviço, com o auxílio de uma bomba dos bombeiros municipais, requisitada pelo Sr. Gerhard Burmester. Como medida de precaução, ficou a bordo do “Lisboa”, na noite passada, um piquete dos mesmos bombeiros.
Amanhã, de manhã, deve continuar a descarga das mercadorias, que ficarão arrecadadas num armazém especial da Alfândega as que estiverem em perfeito estado de conservação, até serem reclamadas pelos respectivos donos e removidas para as barcaças as que ficaram inutilizadas, a fim de se lhes dar o conveniente destino. Foi reforçada a fiscalização da marginal, com o pessoal disponível, a fim de evitar descaminho das mercadorias que, antes do incêndio, tinham sido recolhidas em barcaças. Logo que fiquem concluídos os trabalhos de reparação provisória, a que se vai proceder imediatamente, o vapor seguirá para a Alemanha, onde será devidamente reparado. O navio pertence à frota da companhia Oldenburg Portugiesiche Dampschiffs.
In (Jornal “O Comércio do Porto”, de 21 de Setembro de 1914)
Nota: Informação posterior confirma a saída do vapor do rio Douro, no dia 29 de Setembro com destino à Alemanha, via Setúbal.
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