segunda-feira, 29 de junho de 2015

Navios em Leixões, Janeiro de 1935


80 anos de história
(I)


Em tempo de efeméride, lembramos alguns dos navios de passageiros de diversas companhias de navegação, que por cá faziam escala, utilizados na ligação do porto a muitos dos portos na América do Sul.


A emigração provocada por insucessos conjunturais e o receio da perspectivada escalada bélica, que se desenvolveu na Europa a partir deste ano, estão entre alguns dos motivos que obrigaram à enorme transferência de continentes, colocando o porto de Leixões na hora da despedida, na repetida circunstância de continuar a ser uma das últimas fronteiras, para a grande travessia do Atlântico.

Navio de passageiros "Boniface" (a)

Navio de passageiros "Hilary"

Navio de passageiros "Aidan" (a)

Navio de passageiros "Clement" (a)
(a) Imagens e foto postais photoship.uk

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Barcos rabelos 2015


A regata de S. João no rio Douro


Em dia festivo no Porto, as margens do Douro encheram-se de gente para observar de perto o evoluir da regata de rabelos, que este ano teve a participação de 14 barcos, em representação das seguintes empresas; Barros, Calém, Cockburns, Cruz, Dalva, Dow’s, Ferreira, Fonseca, Graham’s, Kopke, Offley, Rozés, Sandeman e Warre’s.



A partida para a regata deste ano, foi dada quase em frente à marina da Afurada, portanto com o percurso ligeiramente encurtado relativamente aos anos anteriores. A largada, que teve início às 17 horas em ponto, permitiu perceber que o barco da Cockburns se distanciava dos demais, antecipando-se desde logo uma chegada tranquila à ponte D. Luís, sem competidores à altura. Durante o percurso destacaram-se ainda os barcos das caves Fonseca e Sandeman, que ocuparam os lugares seguintes, por esta ordem.


A grande surpresa da tarde vista na regata deste ano, foi uma réplica hibrida dum barco valboeiro armado com velame duplo do tipo outrora utilizado pelos barcos de Arnelas, formando apesar de tudo um conjunto gracioso e bem aproveitado para passeios fluviais, como foi o caso.

terça-feira, 23 de junho de 2015

Pesca do bacalhau


Lugre modelo!

Foto do "Brites" a navegar nos anos 60
Imagem de autor desconhecido

A firma da praça de Aveiro, srs. Brites, Vaz & Irmão, mandou construir nos estaleiros do sr. Manuel Maria Bolais Mónica, da Gafanha da Nazaré, um lugre modelo, de 700 toneladas de arqueação, que será movido com motor a óleos pesados. O desenho que é do sr. Júlio Marques Sobreiro, distinto aluno de arquitetura na Escola de Belas Artes, do Porto, foi já aprovado e com referências elogiosas pelas instâncias superiores.
O navio destina-se à pesca do bacalhau e deve ficar pronto em Março de 1936.
(In jornal “Comércio do Porto”, quarta, 28 de Novembro de 1934)

A notícia dada antecipadamente peca apenas por um erro de simpatia, no que concerne à tonelagem de arqueação, já que o valor mencionado de 700 toneladas seria o peso morto do navio, o que significa ser esse o valor aproximado da capacidade de carga, que o navio podia transportar. O custo total da construção orçou em 440 mil escudos.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Folheto da Econave


A boa lembrança dum passado recente!







Não deixa de ser curioso pensar, que no nosso país,
até a saudade morre afogada!...

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Leixões na rota do turismo!


Sequência de navios que escalaram o porto em Junho

Navio de passageiros "Nautica"
Dia 1, chegou procedente de Lisboa, tendo saído para a Corunha

Navio de passageiros "Saga Saphire" (a)
Dia 2, chegou procedente de Dover, saiu para Málaga

Navio de passageiros "Europa"
Dia 4, chegou procedente de Lisboa, saiu para a Corunha

Navio de passageiros "Minerva"
Dia 5, chegou procedente de Cadiz, saiu para Portsmouth

Navio de passageiros "Azamara Quest"
Dia 5, chegou procedente de Lisboa, saiu para a Corunha

Navio de passageiros "Oriana"
Dia 8, chegou procedente de Southampton, saiu para Barcelona

Navio de passageiros "Star Legend" (a)
Dia 9, chegou procedente de Barcelona, saiu para El Ferrol
(a) Fotos do distinto colega José Modesto

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Uma janela para o sal


Dias de sal, da ria, do mar e do sol…

Podemos viajar até Aveiro para procurá-lo, tentar reencontrá-lo como outrora plantado nas terras que ladeiam a planície molhada, resultado de inundações. Vê-lo florescer tal altar de diamante cristalizado, cuja existência dependia dum simples, mas sincopado mover das águas. Dele, desde os princípios do mundo, provinha benefício para quem o lavrava arduamente, de sol a sol, com sabores a pão que o diabo amassou.
O sol ainda se vislumbra por lá, o sal não!


Confesso o meu parco conhecimento sobre a produção de sal e nem tão pouco imaginei que pudesse haver tanta biografia sobre o assunto. A explicação para essa ausência de preocupação passa porventura pela capacidade de poder apreciá-lo, já diluído, apaladando as refeições desta vida.
Ao adquirir o livro “Uma janela para o sal”, melhorei substancialmente a informação necessária, para de entre outras situações, ficar a nutrir um imenso respeito por marnotos e pela actividade por eles desenvolvida, pela herança e memória de parte do povo no qual me incluo, e ainda pela descoberta de mais palavras que servem, também, para o enriquecimento de qualquer dicionário.
Deste trabalho recentemente dado a publicar por Ana Maria Lopes e Etelvina Almeida, com imagens de Paulo Godinho, retiro este pequeno excerto:

Ali, na eira, em cima do monte de sal, marnoto e moço agasalham e afagam o produto da safra, com fervor que o suor já se esfumou…
É com braçadas de bajunça, criada pela ria, que se cobre o monte.
Entrelaçadas e acamadas são chapeadas com lama, em forma de pé de galinha, como reforço.
Urde-se a capa de Inverno, que os tempos serão agrestes.
O sal ali aguardará, protegido, até que o leve o barqueiro no seu saleiro.
Esse sal novo, velho ficará e noutra safra se recolherá.

Obviamente, se lhe der interesse ou curiosidade perceber como acontece este milenar milagre da transformação, consulte o resto do texto e desfrute da coleção das imagens magníficas que o ilustram, através do sítio www.aletheia.pt

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Dia da Marinha em Leixões


Com velas ao vento!

Seguindo o exemplo de edições anteriores, o Dia da Marinha foi celebrado em Leixões pelo Sport Club do Porto, em colaboração com a Federação Portuguesa de Vela e a Associação Regional de Vela do Norte, tendo contado com os patrocínios da Armada e da Câmara Municipal de Matosinhos.


Neste ano, a já habitual regata de “optimists” foi participada por jovens velejadores de diversos clubes navais, desde Viana do Castelo até Ílhavo, durante dois dias, com tempo excelente e vento moderado muito propício à prática da modalidade.


Foram vários os jovens premiados, cada qual nas suas categorias, salientando-se como vencedores da regata a Carolina Campos, do Sport Clube do Porto, e João Ribeiro, representando o Clube de Vela da Costa Nova.


Foi mais uma vez muito apreciada a presença do Sr. Capitão-de-fragata Lourenço Afonso, Oficial Adjunto na Capitania do porto de Leixões, para participar na entrega dos prémios aos velejadores melhor classificados, numa cerimónia, que como sempre acontece, decorreu em clima festivo.


Por todos os motivos o Sport Club do Porto, e seus colaboradores, estão de parabéns pela iniciativa, fomentando o desporto e promovendo a vela nas classes mais jovens, apesar do trabalho e da muita canseira, que resulta da organização destes excelentes e salutares convívios.

terça-feira, 2 de junho de 2015

Leixões na rota do turismo!


Sequência de navios que escalaram o porto em Maio

No dia 20, o navio de passageiros "Horizon"
Chegado procedente de Lisboa, saiu com destino à Corunha

No dia 23, o navio de passageiros "Sea Cloud II"
Chegado procedente de Lisboa, saiu com destino a Vigo~

No dia 25, o navio de passageiros "Bremen"
Chegado procedente de Puerto Limon, saiu com destino à Corunha

No dia 28, o navio de passageiros "Costa Fortuna"
Registo de mais uma primeira visita ao porto

No dia 30, o navio de passageiros "Silver Cloud"
Chegado procedente de Lisboa, saiu com destino a Bilbao

E no dia 31, o navio de passageiros "Seven Seas Voyager"
Chegado procedente de Lisboa, saiu com destino à Corunha