segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Uma questão interessante!


O abalroamento entre os vapores “Esposende” e “Waiwera”

Londres, 25 - Depois do abalroamento que recentemente houve entre o “Esposende” e o navio “Waiwera”, os armadores ingleses tinham conseguido que fosse proferida sentença contra o vapor português.

Imagem do vapor “Villa Franca” ex “Esposende”
Foto de autor desconhecido - Colecção Francisco Cabral

Características do vapor “Esposende”
1916-1924
Armador: Transportes Marítimos do Estado, Lisboa
Nº Oficial: 387-E - Iic: H.E.S.P. - Porto de registo: Lisboa
Construtor: G. Seebek A.G., Geestemunde, Alemanha, 04.1906
ex "Arkadia" - Bremer Dampferlinie Atlas, Bremen, 1906-1916
dp "Vila Franca", Comp. Naveg. Carreg. Açoreanos, P. Delgada
Arqueação: Tab 1.781,32 tons - Tal 1.106,09 tons
Dimensões: Pp 79,48 mts - Boca 17,35 mts - Pontal 6,52 mts
Propulsão: Do construtor, 1906 - 1:Te - 1.350 Ihp - 10,5 m/h
Vendido, alterou o nome para "Octombrie Rosu", 1951-1960
Vendido para demolição na Roménia, em 1960.

Hoje, porém, o juiz do Tribunal do Almirantado anulou essa sentença, porque o “Esposende” pertence à república portuguesa. Esse facto levantou uma importante questão que tem de ser submetida ao exame dos governos aliados.

Imagem do vapor "Waiwera", de autor desconhecido
Foto de Scottish Build Ships - Old Ship Pictures Gallery

Características do vapor “Waiwera”
1898-1926
Armador: Shaw, Savil & Albion Co., Ltd., Southampton
Nº Oficial: 110243 - Iic: N/d - Porto de registo: Southampton
Construtor: William Denny & Bros., Dumbarton, Inglaterra, 12.1898
dp "City of Pretoria", Ellerman & Buchnall S.S. Co., Ltd., Londres
Arqueação: Tab 6.237,00 tons - Tal 4.025,00 tons
Dimensões: Pp 129,72 mts - Boca 16,48 mts - Pontal 9,04 mts
Propulsão: Do construtor, 1898 - 1:Te - 678 Nhp
Vendido para demolição em Barrow-in-Furness, em 1928

O juiz diz que, na sua humilde opinião, o governo britânico e os seus aliados deveriam averiguar bem se não haveria lugar para se entenderem, de forma que os assuntos relativos a navios do Estado dos diversos governos, fossem levados perante o Tribunal do Almirantado, se é do interesse e da segurança da navegação que as reivindicações das pessoas lesadas em consequência de negligências sejam reguladas rapidamente pelos tribunais, perante os quais essas pessoas têm costume de as levar.
(In jornal "Comércio do Porto", quarta-feira, 27 de Fevereiro de 1918)

domingo, 28 de janeiro de 2018

História trágico-marítima (CCXXXVIII)


O vapor “Zambézia” (Iº)
1903 - 1918

Desenho do vapor “Zambézia” por Luís Filipe Silva

Características do vapor “Zambézia”
Armador: Empresa Nacional de Navegação a Vapor, Lisboa
Nº Oficial: 415-B - Iic: H,K,M.W. - Porto de registo: Lisboa
Construtor: Sir Raylton Dixon & Co., Middlesbrough, Setembro 1903
Arqueação: Tab 1.281,44 tons - Tal 879,45 tons
Dimensões: Pp 67,25 mts - Boca 10,10 mts - Pontal 5,76 mts
Propulsão: Do construtor - 1:Te - Velocidade 12 m/h.
Equipagem: 42 tripulantes
Dp “Zambezia”, Thesen's Steamships Co. Ltd., Cape Town, 1920
Dp “Buzi”, Companhia Colonial de Navegação, Lisboa, 1931
Dp “Zambezia”, Colonial Steamships Co., Port Louis, Maurícia, 1934
Chegou a Karachi para demolir em 18 de Junho de 1951.
Após o sinistro que vai descrito abaixo o vapor foi reparado e vendido.

A explosão e incêndio a bordo do vapor Zambézia”
Por um telegrama recebido no Ministério da Marinha, sabe-se ter sido afundado, em consequência de uma explosão, o vapor “Zambézia”, que fazia o serviço de cabotagem na colónia de Moçambique.
O “Zambézia”, que pertencia à Empresa Nacional de Navegação, ia carregado no momento do sinistro, com 45.000 cascos de gasolina.
Consta que da tripulação há apenas a lamentar a morte de um preto.
(In jornal "Comércio do Porto", terça-feira, 15 de Maio de 1917)

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Parabéns!


À Aporvela - Associação Portuguesa de Treino de Vela

Desenho de caravela por Samuel & Filhos, Vila do Conde

Pela passagem do 38º aniversário.
Bons ventos e águas lisas...

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Divulgação!


Naufrágios na costa de Esposende
- Mar do Senhor -

No último sábado cumpriu-se a apresentação de novo livro sobre sinistros marítimos, que sabíamos estar em preparação. Nunca é demais salientar a preocupação do autor em dar a conhecer factos históricos ligados a Esposende, expondo com grande conhecimento os assuntos que o ligam à terra, ao mar e à fascinante comunidade piscatória que o rodeia.


O livro relata uma muito considerável quantidade de sinistros, tratando com igual preocupação e interesse os naufrágios de barcos de pesca, como os navios de maior porte, que situações de mau tempo ou os campos de nevoeiro atiraram para a costa. A apresentação do livro contou com a presença de largo número de convidados, entre os quais o director do Instituto de Socorros a Náufragos e o capitão do porto de Viana, respectivamente comandantes Velho Gouveia e Pato Risso, em representação do Exmo. Almirante CEMA e diversos elementos da autarquia esposendense.

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Divulgação!


Conferência do Seminário do Mar


segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

A primeira imagem de 2018


O N.R.P. "Sagres" II

Foto de autor desconhecido

A melhor forma para começar bem o novo ano, é recordar através desta imagem a velhinha "Sagres", à saída do porto de Nova York, tal como explica a legenda, no início de mais um regresso a casa.
Julgo não estar longe da verdade ao admitir, que esta belíssima foto tenha sido tirada no principio dos anos 30, do século passado.
Para todos em geral votos de bom ano e excelentes navegações.