O mira-mares de Leça da Palmeira
Imagem do mira-mares de Leça da Palmeira
Foto de autor desconhecido - minha colecção
O mira-mares de Leça da Palmeira, outrora situado onde actualmente se encontra a piscina de marés, como a seguir se constata, serviu inicialmente para dar apoio aos serviços de pilotagem, para com proximidade poderem averiguar das condições do estado do mar, possibilitando à navegação abeirar-se do litoral Matosinhense, naquela que era conhecida por praia d'Ela, junto à foz do rio Leça. Numa segunda fase serviu igualmente como mirante, para aqueles que com mais coragem se abeiravam do mar, até à sua destruição, que deve ter acontecido durante a década de 30 do século passado, revelando-se desnecessário e obsoleto face à construção dos molhes, que até à data resguardam o recinto portuário. O quando, como e porquê, explica-se no texto abaixo transcrito, como segue:
No dia 21 de Outubro de 1870, pelas 10 horas da manhã, foi inaugurado com toda a solenidade o mira-mares de Leça da Palmeira, a que assistiu a direcção da primeira comissão auxiliadora da Real Sociedade Humanitária local e várias pessoas consideradas, que para esse acto foram entretanto convidadas.
O melhoramento, que ficou a dever-se ao sr. João Pinto de Araújo e por ele custeado na integra, é uma obra verdadeiramente filantrópica, que honra aquele senhor e patenteia os seus generosos sentimentos.
O fim do mira-mares é servir de observatório para conhecer a criação dos mares na penedia de Leixões, os quais costumam afrontar todo o litoral, pondo em risco de serem viradas as embarcações, que vem procurar abrigo na foz do rio Leça.
É no espaço que decorre de uns a outros mares, que o prático observa a ocasião de chamar os bateis de pescaria para entrarem a salvamento, tornando-se assim esta obra de grande utilidade para a desventurada classe a quem o seu generoso autor acaba de oferece-la.
(In jornal "Comércio do Porto", de 21 de Outubro de 1870)
Foto de autor desconhecido - minha colecção
O mira-mares de Leça da Palmeira, outrora situado onde actualmente se encontra a piscina de marés, como a seguir se constata, serviu inicialmente para dar apoio aos serviços de pilotagem, para com proximidade poderem averiguar das condições do estado do mar, possibilitando à navegação abeirar-se do litoral Matosinhense, naquela que era conhecida por praia d'Ela, junto à foz do rio Leça. Numa segunda fase serviu igualmente como mirante, para aqueles que com mais coragem se abeiravam do mar, até à sua destruição, que deve ter acontecido durante a década de 30 do século passado, revelando-se desnecessário e obsoleto face à construção dos molhes, que até à data resguardam o recinto portuário. O quando, como e porquê, explica-se no texto abaixo transcrito, como segue:
No dia 21 de Outubro de 1870, pelas 10 horas da manhã, foi inaugurado com toda a solenidade o mira-mares de Leça da Palmeira, a que assistiu a direcção da primeira comissão auxiliadora da Real Sociedade Humanitária local e várias pessoas consideradas, que para esse acto foram entretanto convidadas.
O melhoramento, que ficou a dever-se ao sr. João Pinto de Araújo e por ele custeado na integra, é uma obra verdadeiramente filantrópica, que honra aquele senhor e patenteia os seus generosos sentimentos.
O fim do mira-mares é servir de observatório para conhecer a criação dos mares na penedia de Leixões, os quais costumam afrontar todo o litoral, pondo em risco de serem viradas as embarcações, que vem procurar abrigo na foz do rio Leça.
É no espaço que decorre de uns a outros mares, que o prático observa a ocasião de chamar os bateis de pescaria para entrarem a salvamento, tornando-se assim esta obra de grande utilidade para a desventurada classe a quem o seu generoso autor acaba de oferece-la.
(In jornal "Comércio do Porto", de 21 de Outubro de 1870)