O naufrágio da barca “ Lide “, na praia da Apúlia
Por telegrama expedido ontem para o Porto, soube-se que às 6 horas da manhã do dia 31 de Janeiro, naufragara na praia da Apúlia, próximo a Esposende, a barca “Lide”, pertencente à praça do Porto e propriedade do Sr. João José Ribeiro de Magalhães. A tripulação salvou-se; o casco considera-se perdido mas espera-se salvar alguma carga. A “Lide” procedia de Nova Iorque para o Porto, com carregamento de trigo consignado ao Sr. Joaquim Marques da Nova e alguma aduela; trazia 47 dias de viagem.
O casco estava seguro na companhia Confiança; a carga na Bonança e na Indemnizadora e o frete na Lealdade. Para o local do sinistro partiu ontem mesmo o sr. João J. Ribeiro de Magalhães.
(In jornal “O Comércio do Porto”, 1 de Fevereiro de 1883)
O casco estava seguro na companhia Confiança; a carga na Bonança e na Indemnizadora e o frete na Lealdade. Para o local do sinistro partiu ontem mesmo o sr. João J. Ribeiro de Magalhães.
(In jornal “O Comércio do Porto”, 1 de Fevereiro de 1883)
Imagem de uma barca, sem correspondência ao texto
Identificação do navio
Identificação do navio
Nº Oficial: n/t – Iic.: H.C.S.Q. – Registo: Porto, 1881/83
Armador: João José Ribeiro de Magalhães, Porto
Construtor: Não identificado, Lisboa, Maio de 1863
ex barca “Josephina 2ª”, Lisboa, 1863-1874
ex barca “Clotilde”, Lisboa, 1874-1881
Carena metálica aplicada no navio em 1881
Arqueação: Tab 256,00 tons - Cubicagem 310,682 m3
Dimensões: Pp 34,56 mt – Boca 6,89 mt – Pontal 4,18 mt
Propulsão: À vela
Capitão embarcado: Loureiro (?), 1882
Armador: João José Ribeiro de Magalhães, Porto
Construtor: Não identificado, Lisboa, Maio de 1863
ex barca “Josephina 2ª”, Lisboa, 1863-1874
ex barca “Clotilde”, Lisboa, 1874-1881
Carena metálica aplicada no navio em 1881
Arqueação: Tab 256,00 tons - Cubicagem 310,682 m3
Dimensões: Pp 34,56 mt – Boca 6,89 mt – Pontal 4,18 mt
Propulsão: À vela
Capitão embarcado: Loureiro (?), 1882
O naufrágio da barca “ Lide “
Com respeito ao naufrágio da barca "Lide", confirma-se que não era o casco que estava seguro na companhia Confiança Portuense, mas apenas parte da carga.
(In jornal “O Comércio do Porto”, de 2 de Fevereiro de 1883)
(In jornal “O Comércio do Porto”, de 2 de Fevereiro de 1883)
Ainda sobre o naufrágio da barca “Lide”
A barca "Lide" naufragada na praia da Apúlia, próximo a Esposende, ainda ante-ontem se conservava em bom estado, tendo sido possível salvar algum massame, velame, etc.
A carga consta de 3.000 e tantas sacas de farinha de trigo e uma porção de aduela. Receia-se que o muito mar que faz despedace o navio, no entanto empregam-se esforços a fim de se ver se será possível salvar alguma carga.
(In jornal “O Comércio do Porto”, de 3 de Fevereiro de 1883)
A carga consta de 3.000 e tantas sacas de farinha de trigo e uma porção de aduela. Receia-se que o muito mar que faz despedace o navio, no entanto empregam-se esforços a fim de se ver se será possível salvar alguma carga.
(In jornal “O Comércio do Porto”, de 3 de Fevereiro de 1883)
Arrematação de salvados
Foram ultimamente rematados na praia da Apúlia o casco e alguma madeira da barca “Lide”, que, como é sabido, naufragou ali em finais do mês passado. O casco foi arrematado por 170$000 réis e a madeira por 60$000 réis. Os arrematadores foram o sr. Ferreira de Faria e outros indivíduos de Barcelos.
(In jornal “O Comércio do Porto”, sábado, 17 de Fevereiro 1883)
(In jornal “O Comércio do Porto”, sábado, 17 de Fevereiro 1883)
Muito interessante. Não sabia que tinha naufragado na Apúlia.
ResponderEliminarUm abraço,
Martins