Histórico comercial do lugre “ América “
1915 – 1934
Armador: Parceria de Pescaria Portuense, Porto
1ª Parte
Este lugre em função do nome de baptismo que recebeu, encabeça a lista de novas construções, que tiveram lugar no primeiro semestre do ano de 1915, de acordo com o suplemento à lista de navios portugueses, onde constam as alterações ocorridas na frota nacional, publicada sensivelmente nesse mesmo período. Saído dos estaleiros de Vila do Conde, por um valor equivalente a 15.000$00 Escudos, sob encomenda de Francisco E. Soares, sobejamente conhecido armador portuense. O lugre teve a cerimónia de bota-abaixo no dia 31 de Março, equipado com 3 mastros, proa de beque, popa aberta com 1 pavimento e a carena forrada de cobre. Pensado para aumentar a frota da pesca longínqua, utilizava inicialmente para o efeito 30 canoas, correspondendo a igual número de pescadores. Paralelamente à pesca longínqua, combinava essa actividade com viagens de comércio.
Imagem sem correspondência ao texto
Nº Oficial: A-177 – Iic.: H.M.B.D. – Porto de registo: Porto
Construtor: Jeremias Martins Novais, Vila do Conde, 1915
= Detalhes do lugre conforme a lista de navios de 1916 =
Arqueação: Tab 272,93 tons - Tal 199,72 tons
Dimensões: Pp 44,80 mts - Boca 9,20 mts - Pontal 3,42 mts
Propulsão: À vela
Equipagem: 10 tripulantes
Capitães embarcados: Henrique Gonçalves Vilão (1915); Marcos Luís (1916); João da Silva Peixe Júnior (1917) e António Simões Paião (1918).
Após 1919, muito embora o navio permaneça na posse do mesmo proprietário, o sr. Francisco Estêvão Soares, a firma armadora muda a designação comercial para Empresa de Pesca e Navegação Portugal e América, Lda., também com sede no Porto. Por sua vez o navio conserva as mesmas características.
Capitães embarcados: António Fernandes Matias (1919 e 1920); Henrique Gonçalves Vilão (1922 até 1926) e José Gonçalves Vilão (1927 até 1929).
O lugre “América” de 199 toneladas de registo, entrou a barra do rio Douro no dia 12 de Setembro de 1924, procedente dos «bancos» da Terra Nova, capitão Vilão, em 10 dias de viagem, com bacalhau frescal consignado a Artur José Rebelo de Lima.
Construtor: Jeremias Martins Novais, Vila do Conde, 1915
= Detalhes do lugre conforme a lista de navios de 1916 =
Arqueação: Tab 272,93 tons - Tal 199,72 tons
Dimensões: Pp 44,80 mts - Boca 9,20 mts - Pontal 3,42 mts
Propulsão: À vela
Equipagem: 10 tripulantes
Capitães embarcados: Henrique Gonçalves Vilão (1915); Marcos Luís (1916); João da Silva Peixe Júnior (1917) e António Simões Paião (1918).
Após 1919, muito embora o navio permaneça na posse do mesmo proprietário, o sr. Francisco Estêvão Soares, a firma armadora muda a designação comercial para Empresa de Pesca e Navegação Portugal e América, Lda., também com sede no Porto. Por sua vez o navio conserva as mesmas características.
Capitães embarcados: António Fernandes Matias (1919 e 1920); Henrique Gonçalves Vilão (1922 até 1926) e José Gonçalves Vilão (1927 até 1929).
O lugre “América” de 199 toneladas de registo, entrou a barra do rio Douro no dia 12 de Setembro de 1924, procedente dos «bancos» da Terra Nova, capitão Vilão, em 10 dias de viagem, com bacalhau frescal consignado a Artur José Rebelo de Lima.
Lugre arribado – Tripulantes mortos
Entrou ontem, a barra do rio Douro vindo dos bancos da Terra Nova, da pesca do bacalhau, o lugre português “América”, consignado à empresa de Pesca e Navegação Portugal e América, Lda. O lugre, que veio arribado e com água aberta, traz cerca de 2.000 quintais de bacalhau.
Durante a viagem e a estada na Terra Nova, morreram dois tripulantes. O “América” é propriedade do sr. Francisco Estêvão Soares.
(In jornal “Comércio do Porto”, sábado, 13 de Setembro de 1924)
= Detalhes do lugre conforme a lista de navios de 1930 =
Nº Oficial: A-177 – Iic.: H.M.B.D. – Porto de registo: Porto
Arqueação: Tab 290,50 tons - Tal 213,68 tons
Dimensões: Pp 41,04 mts - Boca 9,48 mts - Pontal 3,80 mts
Propulsão: À vela
Equipagem: 9 tripulantes
No ano de 1928 o lugre e o conjunto de canoas disponíveis a bordo estavam avaliados em Escudos 275.000$00. Relativamente ao mapa do produto de pesca descarregado e participado às autoridades, durante os anos de 1928 até 1931, observam-se os seguintes valores:
O lugre navegou sempre com uma equipagem fixa de 42 tripulantes e pescadores, tendo ao seu dispor 36 canoas utilizadas na pesca. Em 1928, as capturas de bacalhau foram de 2.083 quintais e 1800 quilos de óleo de fígado que renderam Escudos 253.600$00. Em 1929, a quantidade de pescado foi de 1.945 quintais, que renderam Escudos 233.362$00. Já em 1930, o produto de peixe capturado revela o valor catastrófico de 300 quintais, cujo rendimento limitou-se a Escudos 36.000$00, daí que esta campanha pontua por um penoso prejuízo. Em 1931, o produto da pesca melhora consideravelmente para uns 3.594 quintais de bacalhau, aos quais se juntaram 7.000 quilos de óleo de fígado, cujo rendimento total foi de Escudos 445.240$00.
O lugre foi colocado à venda em 1934, tendo sido adquirido pela Companhia de Pesca Transatlântica, Lda., igualmente com sede no Porto. O novo proprietário renova a matrícula na capitania do Douro e rebaptiza o navio com o nome “Infante”, continuando a integrar a frota de navios da pesca longínqua.
Durante a viagem e a estada na Terra Nova, morreram dois tripulantes. O “América” é propriedade do sr. Francisco Estêvão Soares.
(In jornal “Comércio do Porto”, sábado, 13 de Setembro de 1924)
= Detalhes do lugre conforme a lista de navios de 1930 =
Nº Oficial: A-177 – Iic.: H.M.B.D. – Porto de registo: Porto
Arqueação: Tab 290,50 tons - Tal 213,68 tons
Dimensões: Pp 41,04 mts - Boca 9,48 mts - Pontal 3,80 mts
Propulsão: À vela
Equipagem: 9 tripulantes
No ano de 1928 o lugre e o conjunto de canoas disponíveis a bordo estavam avaliados em Escudos 275.000$00. Relativamente ao mapa do produto de pesca descarregado e participado às autoridades, durante os anos de 1928 até 1931, observam-se os seguintes valores:
O lugre navegou sempre com uma equipagem fixa de 42 tripulantes e pescadores, tendo ao seu dispor 36 canoas utilizadas na pesca. Em 1928, as capturas de bacalhau foram de 2.083 quintais e 1800 quilos de óleo de fígado que renderam Escudos 253.600$00. Em 1929, a quantidade de pescado foi de 1.945 quintais, que renderam Escudos 233.362$00. Já em 1930, o produto de peixe capturado revela o valor catastrófico de 300 quintais, cujo rendimento limitou-se a Escudos 36.000$00, daí que esta campanha pontua por um penoso prejuízo. Em 1931, o produto da pesca melhora consideravelmente para uns 3.594 quintais de bacalhau, aos quais se juntaram 7.000 quilos de óleo de fígado, cujo rendimento total foi de Escudos 445.240$00.
O lugre foi colocado à venda em 1934, tendo sido adquirido pela Companhia de Pesca Transatlântica, Lda., igualmente com sede no Porto. O novo proprietário renova a matrícula na capitania do Douro e rebaptiza o navio com o nome “Infante”, continuando a integrar a frota de navios da pesca longínqua.
Continua...
I´m searching informations about Bolama vessel sunken on 4 December 1991 at portuguese waters. Journalist Investigation. Please see the blog: naviobolama.blogspot.pt
ResponderEliminarProcuro informações sobre o naufrágio do navio Bolama ocorrido a 4 de Dezembro de 1991 em águas portuguesas. Investigação Jornalistica. Sigilo Absoluto. Ver blog: naviobolama.blogspot.pt