O naufrágio do iate “Valadares 4º”
Naufrágio e mortes
Caminha, 9 de Outubro – O iate “Valadares 4º”, procedente de Lisboa com carga da praça para este porto naufragou na noite passada nas alturas de Vigo, morrendo o mestre e mais quatro tripulantes. Salvaram-se apenas dois tripulantes, de nome Manuel Marques e João Salgado, naturais de Ílhavo.
(In jornal “Comércio do Porto”, terça, 10 de Outubro de 1893)
(In jornal “Comércio do Porto”, terça, 10 de Outubro de 1893)
Identificação do iate “Valadares 4º”
Armador: José Maria Valadares, Caminha
Nº Oficial: N/tem - Iic: H.F.S.J. - Porto de registo: Caminha
Construtor: António José Gonçalves, Caminha, 09.08.1876
Arqueação: Tal 59,01 tons – 167,24 m3
Dimensões: Ff 18,90 mts - Boca 5,90 mts - Pontal 2,40 mts
Propulsão: À vela
Equipagem: 7 tripulantes
Nº Oficial: N/tem - Iic: H.F.S.J. - Porto de registo: Caminha
Construtor: António José Gonçalves, Caminha, 09.08.1876
Arqueação: Tal 59,01 tons – 167,24 m3
Dimensões: Ff 18,90 mts - Boca 5,90 mts - Pontal 2,40 mts
Propulsão: À vela
Equipagem: 7 tripulantes
Nos jornais de Vigo vêm publicados diversos pormenores acerca do naufrágio deste navio, já referenciado na edição anterior do jornal, conforme notícias recebidas de Caminha.
O iate, arrastado pela corrente, e quando com mais fúria se desencadeava o temporal, foi de encontro às rochas das ilhas Cies, ficando despedaçado e desaparecendo imediatamente.
Eram 2 horas e meia da madrugada de Domingo. As ondas batiam com tremendo fragor nos penhascos da costa, e dos tripulantes do “Valadares 4º”, só dois restavam vivos. Um deles fôra lançado pelo mar sobre terra firme, mas o outro ficara metido entre os rochedos, com o corpo magoado, e sem poder fazer o mais insignificante movimento.
Quando amanheceu puderam dirigir-se para uma fábrica de conservas que há nas imediações onde se dera o naufrágio, sendo ali socorridos e fornecidos de roupas e depois conduzidos para Vigo.
A tripulação do iate compunha-se do mestre José Marques, de 54 anos de idade, do contra-mestre seu filho Manoel Marques, de 24 anos, e dos marinheiros Edmundo de Paula, António Brígido, António Teixeira e João da Cunha.
Salvou-se este último, que só tem 15 anos de idade, estando muito contundido. O outro que se salvou é o filho do mestre Manoel Marques, que ficou com o corpo muito ferido.
(In jornal “Comércio do Porto”, quarta, 11 de Outubro de 1893)
Na notícia do bota-abaixo deste iate em Caminha, sobre as águas do rio Minho, constata-se ter ocorrido no dia 9 de Agosto de 1876, pelas 5 horas da tarde, apresentando o novo navio 80 palmos de quilha. À sua queda na água, que se efectuou com felicidade, assistiram como sempre acontece em idênticas situações, bastantes espectadores. Esta informação está disponível no jornal “Comércio do Porto”, de Domingo, 13 de Agosto de 1876.
O iate, arrastado pela corrente, e quando com mais fúria se desencadeava o temporal, foi de encontro às rochas das ilhas Cies, ficando despedaçado e desaparecendo imediatamente.
Eram 2 horas e meia da madrugada de Domingo. As ondas batiam com tremendo fragor nos penhascos da costa, e dos tripulantes do “Valadares 4º”, só dois restavam vivos. Um deles fôra lançado pelo mar sobre terra firme, mas o outro ficara metido entre os rochedos, com o corpo magoado, e sem poder fazer o mais insignificante movimento.
Quando amanheceu puderam dirigir-se para uma fábrica de conservas que há nas imediações onde se dera o naufrágio, sendo ali socorridos e fornecidos de roupas e depois conduzidos para Vigo.
A tripulação do iate compunha-se do mestre José Marques, de 54 anos de idade, do contra-mestre seu filho Manoel Marques, de 24 anos, e dos marinheiros Edmundo de Paula, António Brígido, António Teixeira e João da Cunha.
Salvou-se este último, que só tem 15 anos de idade, estando muito contundido. O outro que se salvou é o filho do mestre Manoel Marques, que ficou com o corpo muito ferido.
(In jornal “Comércio do Porto”, quarta, 11 de Outubro de 1893)
Na notícia do bota-abaixo deste iate em Caminha, sobre as águas do rio Minho, constata-se ter ocorrido no dia 9 de Agosto de 1876, pelas 5 horas da tarde, apresentando o novo navio 80 palmos de quilha. À sua queda na água, que se efectuou com felicidade, assistiram como sempre acontece em idênticas situações, bastantes espectadores. Esta informação está disponível no jornal “Comércio do Porto”, de Domingo, 13 de Agosto de 1876.
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