A chegada do paquete “Pátria” a Lisboa
1ª Parte
Desenho parcial do paquete "Pátria" incluído no
livro «Vinte e cinco anos ao serviço da Nação»
livro «Vinte e cinco anos ao serviço da Nação»
Nos estaleiros de Glasgow, é hoje lançado à água o paquete
“Pátria”, nova unidade da Companhia Colonial de Navegação
“Pátria”, nova unidade da Companhia Colonial de Navegação
Hoje, pelas 12 horas, deve ser lançado à água, em Inglaterra, o primeiro navio de passageiros, destinado à renovação da marinha mercante. Trata-se do “Pátria”, encomendado pela Companhia Colonial de Navegação aos estaleiros de John Brown & Co., de Glasgow, para aumentar a sua frota e onde outro navio de características idênticas, o “Império”, está a ser aprontado numa carreira, também previsto para lançamento em breve.
A Companhia Colonial de Navegação cumpre assim, com a presteza possível, a parte que lhe foi atribuída no programa de renovação da marinha de comércio, delineado pelo sr. Ministro da Marinha, pois o acabamento da unidade permitirá que ela entre ainda este ano ao serviço da economia nacional.
Para assistir à cerimónia encontram-se na Escócia o presidente do Conselho de Administração, sr. Bernardino Correia, acompanhado de sua esposa (que será a madrinha do novo navio) e filha; dr. Bustorff Silva, engenheiro Barbosa Braga, respectivamente, presidente da Assembleia Geral e do Conselho Fiscal da Companhia; Inspector comandante Luís Armando Loura; engenheiro construtor naval Acúrcio de Araújo; Maurício de Oliveira, chefe dos serviços de propaganda da C.C.N.; e dos convidados, expressamente para o acto; Capitão-de-Fragata José Simões Vaz, Vice-presidente da Junta Nacional da Marinha Mercante, engenheiro Mário Borges, Presidente da Associação Industrial Portuense, representando os organismos económicos, e Seara Cardoso, pelo Grémio da Imprensa Diária.
O “Pátria”, que obedece ao tipo oficialmente fixado, tem o deslocamento total de 19.000 toneladas, arqueação bruta de 12.500 toneladas e capacidade para 6.500 toneladas de carga, com a velocidade prevista de 18 nós horários.
(In jornal “Comércio do Porto”, segunda, 30 de Junho de 1947)
O “Pátria” foi lançado, ontem, à água
A Companhia Colonial de Navegação cumpre assim, com a presteza possível, a parte que lhe foi atribuída no programa de renovação da marinha de comércio, delineado pelo sr. Ministro da Marinha, pois o acabamento da unidade permitirá que ela entre ainda este ano ao serviço da economia nacional.
Para assistir à cerimónia encontram-se na Escócia o presidente do Conselho de Administração, sr. Bernardino Correia, acompanhado de sua esposa (que será a madrinha do novo navio) e filha; dr. Bustorff Silva, engenheiro Barbosa Braga, respectivamente, presidente da Assembleia Geral e do Conselho Fiscal da Companhia; Inspector comandante Luís Armando Loura; engenheiro construtor naval Acúrcio de Araújo; Maurício de Oliveira, chefe dos serviços de propaganda da C.C.N.; e dos convidados, expressamente para o acto; Capitão-de-Fragata José Simões Vaz, Vice-presidente da Junta Nacional da Marinha Mercante, engenheiro Mário Borges, Presidente da Associação Industrial Portuense, representando os organismos económicos, e Seara Cardoso, pelo Grémio da Imprensa Diária.
O “Pátria”, que obedece ao tipo oficialmente fixado, tem o deslocamento total de 19.000 toneladas, arqueação bruta de 12.500 toneladas e capacidade para 6.500 toneladas de carga, com a velocidade prevista de 18 nós horários.
(In jornal “Comércio do Porto”, segunda, 30 de Junho de 1947)
O “Pátria” foi lançado, ontem, à água
Glasgow, 30 – Foi, hoje, lançado à água, nos estaleiros de John Brown, na margem do Clyde, o maior navio fabricado em Inglaterra para armadores estrangeiros, desde que terminou a guerra – o “Pátria”.
O “Pátria” é uma das duas unidades que estão a ser construídas para a Companhia Colonial de Navegação, de Lisboa, e presidiu ao lançamento a esposa de Bernardino Alves Correia, presidente do Conselho de Administração dessa companhia. Também assistiram à cerimónia outras altas individualidades portuguesas.
(In jornal “Comércio do Porto”, terça, 1 de Julho de 1947)
O “Pátria” é uma das duas unidades que estão a ser construídas para a Companhia Colonial de Navegação, de Lisboa, e presidiu ao lançamento a esposa de Bernardino Alves Correia, presidente do Conselho de Administração dessa companhia. Também assistiram à cerimónia outras altas individualidades portuguesas.
(In jornal “Comércio do Porto”, terça, 1 de Julho de 1947)
Revestiu-se de grande brilhantismo o
lançamento à água do paquete “Pátria”
lançamento à água do paquete “Pátria”
Glasgow, 30 – Disfrutando de tempo esplendido, resultou brilhante e bem-sucedida a cerimónia do lançamento à água do primeiro navio de passageiros para Portugal, construído nos estaleiros do Clyde. Assistiram milhares de pessoas à celebração deste acto, cujo significado, para o reforço da nossa frota mercante, merece ser acentuada.
O sr. Bernardino Correia, presidente do Conselho de Administração da Companhia, o sr. dr. Bustorff Silva, presidente da Assembleia Geral, o sr. Engº Eduardo Barbosa Braga, presidente do Conselho Fiscal, e os convidados da Companhia, foram recebidos nos estaleiros John Brown & Co., pelo presidente da sua Administração, Lord Aberconway e todos os directores e engenheiros, que nos mesmos prestam serviço, estando presentes diversas personalidades portuguesas, entre outros os srs. Comandantes Conceição Rocha, adido naval em Londres, representando o embaixador de Portugal, que retido por motivo de serviço na capital britânica, não pode comparecer; Liberal da Camara, chefe da missão naval portuguesa, em Inglaterra; Capitão-tenente Spínola, Comandante do contra-torpedeiro “Douro”, actualmente em Glasgow, e mais oficiais da missão; Comandante Owen, antigo adido naval inglês em Lisboa durante a guerra, e mais oficiais ingleses, representando o Almirantado britânico e outras destacadas personalidades dos meios financeiros e industriais.
Ao meio-dia e 30 minutos, subiram todos a uma tribuna, onde estavam hasteadas bandeiras portuguesas e britânicas, figurando ainda a da Companhia Colonial de Navegação.
A esposa do presidente do Conselho de Administração da empresa, Srª. Dª Joaquina Correia, que foi a madrinha do novo navio, depois de pronunciar uma breve alocução - «Dou a este navio o nome de “Pátria”, peço a Deus que proteja, sempre, quantos nele navegarem» - carregou no botão do manípulo de lançamento, e quebrou, no costado, uma garrafa de vinho do Porto.
O navio deslizou, então, majestosamente, na carreira, no meio de aplausos de numerosos assistentes e das aclamações de alguns milhares de operários que assistiram à cerimónia, enquanto numerosos navios surtos no rio faziam apitar as suas sereias. O sr. Bernardino Correia, era entretanto abraçado pelos assistentes que o rodeavam, na tribuna, recebendo as felicitações endereçadas à Companhia Colonial, pelo seu empreendimento.
O banquete comemorativo
O sr. Bernardino Correia, presidente do Conselho de Administração da Companhia, o sr. dr. Bustorff Silva, presidente da Assembleia Geral, o sr. Engº Eduardo Barbosa Braga, presidente do Conselho Fiscal, e os convidados da Companhia, foram recebidos nos estaleiros John Brown & Co., pelo presidente da sua Administração, Lord Aberconway e todos os directores e engenheiros, que nos mesmos prestam serviço, estando presentes diversas personalidades portuguesas, entre outros os srs. Comandantes Conceição Rocha, adido naval em Londres, representando o embaixador de Portugal, que retido por motivo de serviço na capital britânica, não pode comparecer; Liberal da Camara, chefe da missão naval portuguesa, em Inglaterra; Capitão-tenente Spínola, Comandante do contra-torpedeiro “Douro”, actualmente em Glasgow, e mais oficiais da missão; Comandante Owen, antigo adido naval inglês em Lisboa durante a guerra, e mais oficiais ingleses, representando o Almirantado britânico e outras destacadas personalidades dos meios financeiros e industriais.
Ao meio-dia e 30 minutos, subiram todos a uma tribuna, onde estavam hasteadas bandeiras portuguesas e britânicas, figurando ainda a da Companhia Colonial de Navegação.
A esposa do presidente do Conselho de Administração da empresa, Srª. Dª Joaquina Correia, que foi a madrinha do novo navio, depois de pronunciar uma breve alocução - «Dou a este navio o nome de “Pátria”, peço a Deus que proteja, sempre, quantos nele navegarem» - carregou no botão do manípulo de lançamento, e quebrou, no costado, uma garrafa de vinho do Porto.
O navio deslizou, então, majestosamente, na carreira, no meio de aplausos de numerosos assistentes e das aclamações de alguns milhares de operários que assistiram à cerimónia, enquanto numerosos navios surtos no rio faziam apitar as suas sereias. O sr. Bernardino Correia, era entretanto abraçado pelos assistentes que o rodeavam, na tribuna, recebendo as felicitações endereçadas à Companhia Colonial, pelo seu empreendimento.
O banquete comemorativo
Seguiu-se, uma visita às oficinas navais de John Brown & Co., onde trabalham 11 mil operários, passando os visitantes e convidados à sala de desenhos dos estaleiros, engalanada com bandeiras dos dois países, onde se realizou um almoço.
Ao repasto, presidiu Lord Aberconway, dando a sua direita à esposa do sr. Bernardino Correia. Aos brindes foram saudados o Rei de Inglaterra e o Presidente da República Portuguesa, tendo sido oferecido à madrinha do “Pátria”, pelo director dos estaleiros, sr. Rawson, uma linda joia tendo esta agradecido muito comovida, sendo aclamada pela assistência em número de 90 convivas.
Pronunciaram-se alguns discursos, tendo Lord Aberconway, aludido à história e tradições marítimas de Portugal, saudando a Companhia Colonial, à qual desejou prosperidade e felicidades, na exploração da sua nova unidade.
O sr. Bernardino Correia pronunciou um discurso, saudando a Inglaterra com alusão à história da Escócia. Referindo-se ao novo navio, disse:
- «Símbolo do renascimento da nossa marinha mercante, esta unidade fruto de anseios da nação – leva a palavra “Pátria” nas suas amuras. Aqueles que o mandaram construir trazem-no sempre no coração. Este facto eloquente do seu próprio enunciado bastaria para encher de júbilo o coração de quantos têm lutado pelo engrandecimento da nossa marinha de comércio, de quanto possam avaliar, em toda a sua extensão o verdadeiro apoio de uma frota mercante ao serviço de um povo, que tem terras e interesses pelas cinco partidas do Mundo. Para mim, porém, acrescem duas circunstâncias particulares e muito especiais: - a deste navio fazer parte do programa de renovação da frota da Companhia, a que presido, e de a nossa empresa completar agora – dentro de três dias – os seus primeiros 25 anos de vida laboriosa».
Elogiando a obra do Ministro da Marinha, sr. Comandante Américo Tomaz, o sr. Bernardino Correia felicitou a direcção e o pessoal dos estaleiros pelos seus trabalhos. O director destes, sr. Pigott agradeceu as referências feitas pelo presidente do Conselho de Administração da Companhia Colonial de Navegação, à indústria naval inglesa, com cumprimentos à Imprensa portuguesa.
De tarde procederam a um exame ao navio “Império”, de características iguais às do “Pátria”, que está a ser aprontado para breve lançamento, numa carreira ao lado daquela de onde tinha saído o primeiro navio. À noite, foi oferecido pela direcção dos estaleiros de John Brown & Co., um jantar íntimo às personalidades portuguesas, onde foram novamente proferidos afectuosos brindes.
Ao alto significado deste acontecimento há a juntar uma visita que anteriormente foi realizada pelo sr. Bernardino Correia e mais convidados, que se deslocaram a Inglaterra, aos estaleiros de Burntisland Shipbuilding Co. Ltd., onde estão em construção também adiantada, mais dois navios para a Companhia Colonial de Navegação, que se denominarão “Ganda” e “Amboim”, obedecendo às características fixadas no plano de renovação da frota mercante portuguesa.
(In jornal “Comércio do Porto”, quarta, 2 de Julho de 1947)
Ao repasto, presidiu Lord Aberconway, dando a sua direita à esposa do sr. Bernardino Correia. Aos brindes foram saudados o Rei de Inglaterra e o Presidente da República Portuguesa, tendo sido oferecido à madrinha do “Pátria”, pelo director dos estaleiros, sr. Rawson, uma linda joia tendo esta agradecido muito comovida, sendo aclamada pela assistência em número de 90 convivas.
Pronunciaram-se alguns discursos, tendo Lord Aberconway, aludido à história e tradições marítimas de Portugal, saudando a Companhia Colonial, à qual desejou prosperidade e felicidades, na exploração da sua nova unidade.
O sr. Bernardino Correia pronunciou um discurso, saudando a Inglaterra com alusão à história da Escócia. Referindo-se ao novo navio, disse:
- «Símbolo do renascimento da nossa marinha mercante, esta unidade fruto de anseios da nação – leva a palavra “Pátria” nas suas amuras. Aqueles que o mandaram construir trazem-no sempre no coração. Este facto eloquente do seu próprio enunciado bastaria para encher de júbilo o coração de quantos têm lutado pelo engrandecimento da nossa marinha de comércio, de quanto possam avaliar, em toda a sua extensão o verdadeiro apoio de uma frota mercante ao serviço de um povo, que tem terras e interesses pelas cinco partidas do Mundo. Para mim, porém, acrescem duas circunstâncias particulares e muito especiais: - a deste navio fazer parte do programa de renovação da frota da Companhia, a que presido, e de a nossa empresa completar agora – dentro de três dias – os seus primeiros 25 anos de vida laboriosa».
Elogiando a obra do Ministro da Marinha, sr. Comandante Américo Tomaz, o sr. Bernardino Correia felicitou a direcção e o pessoal dos estaleiros pelos seus trabalhos. O director destes, sr. Pigott agradeceu as referências feitas pelo presidente do Conselho de Administração da Companhia Colonial de Navegação, à indústria naval inglesa, com cumprimentos à Imprensa portuguesa.
De tarde procederam a um exame ao navio “Império”, de características iguais às do “Pátria”, que está a ser aprontado para breve lançamento, numa carreira ao lado daquela de onde tinha saído o primeiro navio. À noite, foi oferecido pela direcção dos estaleiros de John Brown & Co., um jantar íntimo às personalidades portuguesas, onde foram novamente proferidos afectuosos brindes.
Ao alto significado deste acontecimento há a juntar uma visita que anteriormente foi realizada pelo sr. Bernardino Correia e mais convidados, que se deslocaram a Inglaterra, aos estaleiros de Burntisland Shipbuilding Co. Ltd., onde estão em construção também adiantada, mais dois navios para a Companhia Colonial de Navegação, que se denominarão “Ganda” e “Amboim”, obedecendo às características fixadas no plano de renovação da frota mercante portuguesa.
(In jornal “Comércio do Porto”, quarta, 2 de Julho de 1947)
Paquete “Pátria”
Já seguiram para Glasgow vários funcionários da Companhia Colonial de Navegação, que vão assistir à recepção do paquete “Pátria”, nova unidade da Marinha Mercante portuguesa.
O novo navio, foi lançado à água em 30 de Junho último, nos estaleiros de Clyde Bank, com a presença do sr. Bernardino Alves Correia, presidente do Conselho de Administração da Companhia Colonial de Navegação.
(In jornal “Comércio do Porto”, quarta, 27 de Agosto de 1947)
O novo navio, foi lançado à água em 30 de Junho último, nos estaleiros de Clyde Bank, com a presença do sr. Bernardino Alves Correia, presidente do Conselho de Administração da Companhia Colonial de Navegação.
(In jornal “Comércio do Porto”, quarta, 27 de Agosto de 1947)
O paquete “Pátria”, foi, ontem, entregue, em Glasgow,
à Companhia Colonial de Navegação,
tendo sido, também, lançado à água o paquete “Império”
à Companhia Colonial de Navegação,
tendo sido, também, lançado à água o paquete “Império”
Segundo comunicação telegráfica recebida em Lisboa, sabe-se que foi, ontem, lançado à água o novo paquete “Império”, pertencente à nova frota da Companhia Colonial de Navegação. A cerimónia efectuou-se perante numerosa assistência, composta por personalidades britânicas e portuguesas.
O rev. Moreira das Neves, que, como representante do jornal «Novidades», viajou no navio “Guiné” para assistir à entrega do novo paquete “Pátria”, da mesma Companhia, lançou a bênção, no meio de um silêncio impressionante.
Seguidamente a senhora de Soares da Fonseca quebrou a tradicional garrafa de vinho do Porto, à proa do “Império”, deslizando o novo navio pela carreira, no meio de grandes aplausos.
Depois de uma rápida visita ao outro novo paquete – o “Pátria” – este foi entregue pelos directores dos estaleiros de John Brown, à direcção da C.C.N. Nessa ocasião foram trocadas breves saudações, entre as direcções dos estaleiros e da Companhia proprietária do novo navio. Todos colheram as melhores impressões do novo paquete, sendo visitadas as instalações e os magníficos salões e camarotes, que possuem os mais modernos requisitos.
Os representantes dos estaleiros ofereceram depois um almoço na sala de desenho daquela empresa britânica a que assistiram 150 convivas portugueses e ingleses, incluindo representantes do Almirantado britânico, o adido naval português, oficiais do “Vouga” e do “Dão” e os comandantes dos paquetes “Pátria”, “Império” e “Guiné”.
Aos brindes Lord Aberconway felicitou a C.C.N. pelo prosseguimento do grande programa de construções navais, agradecendo o sr. Dr. Soares da Fonseca, delegado do Governo junto da Companhia, num discurso de saudação aos proprietários, salientando o trabalho de engenheiros e operários. A cerimónia terminou com a entrega à senhora de Soares da Fonseca, por parte da firma proprietária dos estaleiros, de uma artística lembrança, por ter sido a madrinha do novo paquete.
O “Pátria”, com os convidados saiu, hoje, de Glasgow e deve chegar a Lisboa em 31 do corrente.
O rev. Moreira das Neves, que, como representante do jornal «Novidades», viajou no navio “Guiné” para assistir à entrega do novo paquete “Pátria”, da mesma Companhia, lançou a bênção, no meio de um silêncio impressionante.
Seguidamente a senhora de Soares da Fonseca quebrou a tradicional garrafa de vinho do Porto, à proa do “Império”, deslizando o novo navio pela carreira, no meio de grandes aplausos.
Depois de uma rápida visita ao outro novo paquete – o “Pátria” – este foi entregue pelos directores dos estaleiros de John Brown, à direcção da C.C.N. Nessa ocasião foram trocadas breves saudações, entre as direcções dos estaleiros e da Companhia proprietária do novo navio. Todos colheram as melhores impressões do novo paquete, sendo visitadas as instalações e os magníficos salões e camarotes, que possuem os mais modernos requisitos.
Os representantes dos estaleiros ofereceram depois um almoço na sala de desenho daquela empresa britânica a que assistiram 150 convivas portugueses e ingleses, incluindo representantes do Almirantado britânico, o adido naval português, oficiais do “Vouga” e do “Dão” e os comandantes dos paquetes “Pátria”, “Império” e “Guiné”.
Aos brindes Lord Aberconway felicitou a C.C.N. pelo prosseguimento do grande programa de construções navais, agradecendo o sr. Dr. Soares da Fonseca, delegado do Governo junto da Companhia, num discurso de saudação aos proprietários, salientando o trabalho de engenheiros e operários. A cerimónia terminou com a entrega à senhora de Soares da Fonseca, por parte da firma proprietária dos estaleiros, de uma artística lembrança, por ter sido a madrinha do novo paquete.
O “Pátria”, com os convidados saiu, hoje, de Glasgow e deve chegar a Lisboa em 31 do corrente.
Esteve prestes a registar-se um desastre,
no lançamento do paquete “Império” à água
no lançamento do paquete “Império” à água
Londres, 27 – Os fortes temporais que estão a assolar o Atlântico estiveram prestes a causar hoje uma desgraça, por ocasião do lançamento à água do novo paquete português “Império”, de 13 mil toneladas, pertencente à Companhia Colonial de Navegação, e que possui as maiores comodidades modernas, incluindo amplas acomodações para os passageiros de primeira classe, da classe turística e até para os de terceira classe.
Quando o “Império” entrou na água, depois de sair dos estaleiros de John Brown, em Clyde Bank, o vento, que soprava com grande fúria, atirou o navio na direcção da parte superior da corrente, antes que os rebocadores conseguissem ter o novo paquete português sob o seu controle.
Só quando o “Império” se encontrava, já, a menos de dez metros de distância do quebra-mar é que os rebocadores conseguiram finalmente fazer parar o navio e rebocá-lo para o fundeadouro que lhe estava destinado, o que fez com que todos os assistentes e convidados à cerimónia respirassem profundamente de alívio e satisfação.
(In jornal “Comércio do Porto”, Domingo, 28 de Dezembro 1947)
Quando o “Império” entrou na água, depois de sair dos estaleiros de John Brown, em Clyde Bank, o vento, que soprava com grande fúria, atirou o navio na direcção da parte superior da corrente, antes que os rebocadores conseguissem ter o novo paquete português sob o seu controle.
Só quando o “Império” se encontrava, já, a menos de dez metros de distância do quebra-mar é que os rebocadores conseguiram finalmente fazer parar o navio e rebocá-lo para o fundeadouro que lhe estava destinado, o que fez com que todos os assistentes e convidados à cerimónia respirassem profundamente de alívio e satisfação.
(In jornal “Comércio do Porto”, Domingo, 28 de Dezembro 1947)
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