quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

História trágico-marítima (CXXVII)


O naufrágio do arrastão “Serra d'Agrela”

Arrastão construído em Inglaterra, eventualmente encomendado por uma empresa de pesca local, tendo estado registado no porto de Swansea, foi comprado novo, ainda em 1910, por Manuel da Silva Cruz, do Porto, e matriculado na capitania do porto do Douro, nesse mesmo ano. Em 1911, após venda, foi adquirido pela Empresa de Pescarias “Serra”, mantendo o registo no Porto, com as mesmas características.

Imagem do arrastão "Serra d'Agrela", como "Celestino Soares",
em 1917, após requisição da Marinha, para operar na Madeira.
Desenho de Luís Filipe Silva

Identificação do arrastão (1946-1950)
Armador: Companhia Portuguesa de Pesca, Lisboa
Nº Oficial: LX-8-A - Iic.: C.S.I.D. - Registo: Lisboa
Cttor.: Smith’s Dock & Co., Ltd., Middleborough, 09.1910
Arqueação: Tab 253,65 tons - Tal 108,39 tons
Dimensões: Pp 38,00 mts - Boca 6,67 mts - Pontal 3,73 mts
Prop.: Shields Engineering - 1:Te - 3:Ci - 430 Ihp - 10 m/h

ex “Serra da Agrela” (1934-1946)
Armador: Companhia Portuguesa de Pesca, Lisboa
Nº Oficial: 497-D - Iic.: C.S.I.D. - Registo: Lisboa
Arqueação: Tab 253,65 tons - Tal 108,39 tons
Dimensões: Pp 38,00 mts - Boca 6,67 mts - Pontal 3,73 mts

ex “Serra d'Agrela” (1920-1933)
Armador: Companhia Portuguesa de Pesca, Lisboa
Nº Oficial: 497-D - Iic.: H.C.Q.G. - Registo: Lisboa
Arqueação: Tab 249,61 tons - Tal 95,15 tons
Dimensões: Pp 40,23 mts - Boca 6,71 mts - Pontal 3,63 mts

ex “Serra d'Agrela” (1915-1920)
Armador: Empresa de Pescarias «Serra», Lda., Lisboa
Nº Oficial: A-157 - Iic.: H.C.Q.G. - Registo: Lisboa
Arqueação: Tab 249,65 tons - Tal 95,10 tons
Dimensões: Pp 40,23 mts - Boca 6,71 mts - Pontal 3,63 mts

ex “Serra da Agrela” (1911-1915)
Armador: Empresa de Pescarias «Serra», Lda., Porto
Nº Oficial: A-157 - Iic.: H.C.Q.G. - Registo: Porto
Arqueação: Tab 249,65 tons - Tal 95,10 tons
Dimensões: Pp 40,23 mts - Boca 6,71 mts - Pontal 3,63 mts
Capitães embarcados: João da Cruz (1912); Sebastião Fontes Mascarenhas (1913); e José Marques (1914)

O navio de pesca português “Serra d'Agrela”
encalhou, no Gando, e está em posição difícil
Las Palmas, 23 – O navio de pesca português “Serra d'Agrela”, que encalhou na Baía do Gando, quando se dirigia para o porto de La Cruz, Ilhas Canárias, para meter combustível, continua em posição difícil. O rebocador “Fortunate”, que foi socorrer o navio, não conseguiu levar a cabo o desencalhe, apesar dos esforços empregados.
(In jornal “Comércio do Porto”, sexta, 24 de Fevereiro de 1950)

O encalhe do “Serra d'Agrela”
O navio de pesca português “Serra d'Agrela”, que encalhou ante-ontem na Baía do Gando, próximo de Las Palmas, segundo informações recebidas em Lisboa, encontra-se na mesma posição. A Companhia Portuguesa de Pesca, proprietária do navio, aguarda resposta do capitão sobre as possibilidades das condições de salvamento.
(In jornal “Comércio do Porto”, sábado, 25 de Fevereiro de 1950)

O encalhe do “Serra d'Agrela”
Continuam os trabalhos de salvamento do navio “Serra d'Agrela”, que está encalhado na Baía do Gando, próximo a Las Palmas, Ilha Canária. Uma parte da tripulação deve regressar a Lisboa, ficando a outra a bordo para coadjuvar nos trabalhos de salvamento do navio.
(In jornal “Comércio do Porto”, quarta, 1 de Março de 1950)

O encalhe do “Serra d'Agrela”
Os marinheiros e pescadores do vapor de pesca “Serra d'Agrela”, que há dias encalhou próximo a Las Palmas, devem regressar a Lisboa no pesqueiro “Albatroz”, que pertence à mesma firma armadora. O “Albatroz” encontra-se ainda em reparação naquele porto. A bordo do “Serra d'Agrela” ficarão, apenas, o comandante, o 1º maquinista e um moço de convés, para auxiliar os trabalhos de salvamento, que ainda prosseguem, embora sem qualquer resultado.
(In jornal “Comércio do Porto”, sábado, 14 de Março de 1950)

O naufrágio do “Serra d'Agrela”
Os tripulantes do “Serra d'Agrela”, que encalhou próximo das Canárias, vêm a caminho de Lisboa, a bordo do navio “Alverca”. Todos se encontram de saúde e devem chegar amanhã, pelas 6 horas.
(In jornal “Comércio do Porto”, Domingo, 15 de Março de 1950)

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