Outra vez?
A traineira "Trajano" encalhada na praia de Matosinhos
Vale a pena ler nas entrelinhas as diversas notícias publicadas, nos mais diversos órgãos de informação, para perceber que há qualquer coisa que não bate certo!
Tanto quanto foi possível apurar, nesta última quarta-feira, dia 25, pelas 7 horas e meia da manhã, logo ao raiar do dia e quase no final da viagem o motor da traineira entrou em sobreaquecimento e parou, deixando a embarcação à deriva.
Até pode ter sido isto o que aconteceu, mas é difícil explicar o silêncio, a total ausência de comunicação com as autoridades do porto, no sentido de ser prestada assistência, antes do barco ir à praia. Não vou por em causa a competência do mestre, ou de qualquer elemento da tripulação, encarregue de trazer a embarcação a bom porto. Mas a realidade aponta na direcção literalmente oposta.
E na praia da Aguda, em 12 de Dezembro de 2009, como foi?
Até pode ter sido isto o que aconteceu, mas é difícil explicar o silêncio, a total ausência de comunicação com as autoridades do porto, no sentido de ser prestada assistência, antes do barco ir à praia. Não vou por em causa a competência do mestre, ou de qualquer elemento da tripulação, encarregue de trazer a embarcação a bom porto. Mas a realidade aponta na direcção literalmente oposta.
E na praia da Aguda, em 12 de Dezembro de 2009, como foi?
A traineira "Trajano" encalhada na praia da Aguda
E antes disso, outra vez em Matosinhos e uma colisão, que felizmente não foi grave, mas podia ter sido. Valha ao menos que os sinistros ainda não provocaram vítimas, mas o excesso de fatalidades normalmente agilizam um mau presságio.
É verdade que ganhar a vida na pesca está cada vez mais difícil! Trabalhar na apanha do polvo, exige muito trabalho, canseira e sacrifício. Exige também um mínimo de descanso e poucos automatismos, se for esse o caso da traineira ter dado à praia, a quem se obriga a zelar pela vida e segurança da campanha. Afinal, após cada acidente vem dias de privação, sem o necessário rendimento, razão fulcral duma luta diária, quantas vezes inglória, que merecia ser melhor recompensada.
É verdade que ganhar a vida na pesca está cada vez mais difícil! Trabalhar na apanha do polvo, exige muito trabalho, canseira e sacrifício. Exige também um mínimo de descanso e poucos automatismos, se for esse o caso da traineira ter dado à praia, a quem se obriga a zelar pela vida e segurança da campanha. Afinal, após cada acidente vem dias de privação, sem o necessário rendimento, razão fulcral duma luta diária, quantas vezes inglória, que merecia ser melhor recompensada.
Será que nesta traineira não existia pelo menos um fateixa, se não duas, que pelo menos travasse a deriva?
ResponderEliminarIsto se o mar não estivesse demasiado bravo, evidentemente ...
Os meus cumprimentos
José Leite
Boa noite amigo José Leite,
ResponderEliminarGrato pela pergunta.
A explicação do motivo do encalhe que foi dada às autoridades, terá sido uma muito provável avaria no motor.
Mas, como deixo em aberto no texto publicado, por não ser relatada a ocorrência, em tempo oportuno no sentido de ser prestada assistência à traineira, já que as condições do mar estão à vista na foto, permite-nos especular que a embarcação navegava com piloto automático, encontrando-se os 4 tripulantes a dormir. Uma testemunha (há sempre alguém a ver!) comentou que a traineira chegou à praia a navegar em velocidade normal.
Muitos cumprimentos,
Reinaldo Delgado