A balsa insuflável
1ª Parte
Mais fácil de lançar à água e a rivalizar com a segurança dos botes salva-vidas, essa assombrosa embarcação, já deu múltiplas provas do seu valor em desastres marítimos
A garantia de sobrevivência no mar
Numa noite de tempestade, em Março de 1962, o barco de pesca “Marconia”, de 24 metros (115 toneladas de registo bruto), chocou com um recife, ao largo da ilha de Unga, nas Aleutas, começando a afundar-se instantaneamente. Um marinheiro atirou uma maleta de lona no convés e puxou por um cabo. A maleta abriu-se de repente e em 15 segundos uma balsa com toldo lá contida estava cheia de bióxido de carbono. Na escuridão total a balsa foi lançada ao mar por cima da amura da embarcação; ao chegar ao mar, baterias ativadas pela água acenderam luzes acima da entrada e no seu interior.
O “Marconia” foi a pique em seis minutos, entretanto nenhum dos dez tripulantes chegou sequer a molhar os pés. Um após outro, saltaram sobre o toldo da balsa, deram uma cambalhota para dentro dela, depois fecharam as abas para se protegerem contra a gélida noite ártica. O calor dos corpos em pouco tempo elevou a temperatura interna a um nível confortável de cerca de 21 graus. Um duplo piso, inflado por uma bomba manual, defendeu os pés contra o frio das águas boreais. A balsa foi encalhar no rochoso litoral de Unga, onde serviu como abrigo comodo contra o vento e a neve, até que os sobreviventes foram recolhidos.
A palamenta inclui até comprimidos
O “Marconia” foi a pique em seis minutos, entretanto nenhum dos dez tripulantes chegou sequer a molhar os pés. Um após outro, saltaram sobre o toldo da balsa, deram uma cambalhota para dentro dela, depois fecharam as abas para se protegerem contra a gélida noite ártica. O calor dos corpos em pouco tempo elevou a temperatura interna a um nível confortável de cerca de 21 graus. Um duplo piso, inflado por uma bomba manual, defendeu os pés contra o frio das águas boreais. A balsa foi encalhar no rochoso litoral de Unga, onde serviu como abrigo comodo contra o vento e a neve, até que os sobreviventes foram recolhidos.
A palamenta inclui até comprimidos
A balsa que salvou aquelas dez vidas é um conjunto notavelmente engenhoso. Mesmo que um navio afunde com as balsas ainda em seus lugares no convés, elas flutuarão livres das armações e com um puxão no cordão de desengate, cada uma se soltará insuflando-se de seguida. (Na eventualidade de um navio afundar mais de 30 metros, a própria balsa desprenderá o cordão e abrir-se-á automaticamente).
Para conservar uma balsa próximo da última posição do navio, transmitida pelo rádio, uma âncora flutuante ajuda a reduzir a flutuação à deriva por menos de uma milha, mesmo com ventos na ordem dos 40 nós.
A balsa é feita de uma tríplice camada de tecidos sintéticos – excecionalmente resistentes. Há dois compartimentos separados: caso um seja danificado, o outro suportará o total da carga. O fator de segurança de sobrecarga é de 100 por cento; uma balsa para 20 homens não danificada pode levar 40 – e mais até – em caso de necessidade. As calhas são feitas de modo que possam recolher água da chuva para beber e há a bordo biscoitos concentrados, bem como equipamento para pescar, comprimidos contra o enjoo e ainda outros recursos clássicos que possibilitem a sobrevivência dos ocupantes.
Que semelhança tem o escaler salva-vidas comum com esta espantosa embarcação? Os escaleres podem ser lentos e difíceis de lançar à água. Para arriá-los, os turcos que de se apresentar em perfeito funcionamento, precisam da presença dos tripulantes e convém que o navio esteja nivelado. Uma adornagem pronunciada do navio pode impedir ou dificultar a normal descida de um lado, porque os outros estarão a grande altura. Este facto, entre muitos outros, foi por demais evidente aquando da colisão ao largo da ilha de Nantucket, Massachusetts, entre os transatlânticos italiano “Andrea Doria” e sueco “Stockholm”, muito embora nesta situação outros navios tivessem providencialmente auxiliado no salvamento dos náufragos com os seus escaleres. Ou, o que acontece em raras eventualidades, o próprio escaler pode espatifar-se contra o casco ou emborcar.
Para conservar uma balsa próximo da última posição do navio, transmitida pelo rádio, uma âncora flutuante ajuda a reduzir a flutuação à deriva por menos de uma milha, mesmo com ventos na ordem dos 40 nós.
A balsa é feita de uma tríplice camada de tecidos sintéticos – excecionalmente resistentes. Há dois compartimentos separados: caso um seja danificado, o outro suportará o total da carga. O fator de segurança de sobrecarga é de 100 por cento; uma balsa para 20 homens não danificada pode levar 40 – e mais até – em caso de necessidade. As calhas são feitas de modo que possam recolher água da chuva para beber e há a bordo biscoitos concentrados, bem como equipamento para pescar, comprimidos contra o enjoo e ainda outros recursos clássicos que possibilitem a sobrevivência dos ocupantes.
Que semelhança tem o escaler salva-vidas comum com esta espantosa embarcação? Os escaleres podem ser lentos e difíceis de lançar à água. Para arriá-los, os turcos que de se apresentar em perfeito funcionamento, precisam da presença dos tripulantes e convém que o navio esteja nivelado. Uma adornagem pronunciada do navio pode impedir ou dificultar a normal descida de um lado, porque os outros estarão a grande altura. Este facto, entre muitos outros, foi por demais evidente aquando da colisão ao largo da ilha de Nantucket, Massachusetts, entre os transatlânticos italiano “Andrea Doria” e sueco “Stockholm”, muito embora nesta situação outros navios tivessem providencialmente auxiliado no salvamento dos náufragos com os seus escaleres. Ou, o que acontece em raras eventualidades, o próprio escaler pode espatifar-se contra o casco ou emborcar.
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